Proteção Espiritual Através da Respiração
 
Encontrando-me com meus mestres espirituais, neste último desdobramento, pude ver a fina, porém rígida, casca que ainda me prende à necessidade de encarnar na Terra.

Pude notar os medos, apegos e anseios que funcionam como âncoras atando o espírito ao mundo.

Ao passo que também pude ver terrenos do meu passado e perceber algumas das pegadas que já deixei para trás no curso do tempo.

Acreditava que minha casca ainda fosse muito grossa, porém, o que noto é que parecerá ser preciso um esforço hercúleo, redobrado, para me despojar daquilo que me ainda ata ao plano material.

Respirei fundo defrontando todos aqueles valores e vi, que no meu caso, o hábito de respirar funciona como uma onda de proteção.
Há muitas crenças, religiões, filosofias e dogmas que defendem longas orações e preces como mecanismos de proteção contra forças inferiores, ou para se auferir inspiração, coragem, esperança ou fé.

Não digo que esses mecanismos não sejam úteis, afinal, de acordo com a fase em que cada qual se encontra neste plano, alguns mecanismos tornam-se necessários devido ao condicionamento da psique. Como dizem: ¨Creia e assim se dará.¨ Ao passo que nos desfazemos desses condicionamentos, percebemos que não é preciso seguir um ritual exterior ou dogmático para adentrar em atmosferas superiores.

Quando em dificuldades no plano astral, percebi que basta um mergulhar em mim, praticando a respiração profunda e me livro de qualquer ataque, medo, pesadelo ou ofensa das forças mais densas do mundo.
Esse condicionamento libertador tem sido alcançado através de exercícios de respiração praticados diuturnamente, inclusive antes de me deitar.

O período de treino nesta prática já ocorre há algumas semanas e me senti magnífico ao perceber o poder da respiração no plano astral.
Respirando profundamente, mantendo a mente em estado de repouso, gratidão e alegria, consigo repelir ondas inferiores. Acrescenta-se que o sentimento de liberdade que se adquire supera qualquer outro.

Um exercício fácil para o iniciante consiste em inspirar por uma das narinas imaginando que o ar saia pela outra. Inverta a entrada e a saída após 3 inspirações seguidas. Outro consiste em inspirar canalizando todo o ar para uma parte do corpo que sinta necessidade e expire profundamente até esvaizar completamente os pulmões. Dê um intervalo entre cada inspiração de 2-3 expirações normais. Comece com 3-4 dessas por dia e prossiga até conseguir se exercitar, pelo menos, por uns 30 minutos.

Um dos nossos mestres já havia apontado o caminho para a libertação nesta fase do meu processo em duas únicas tarefas: respiração e exercício.

De tal forma que, diligentemente, unindo o hábito de meditar, a prática de respirar e atividades como caminhar, Tai Chi Chuan, alongamentos e flexões de braços, tenho conseguido esse condicionamento nos planos mais sutis da vida.

Ainda não é a iluminação, minha casca ainda precisa ser totalmente afinada até que não mais exista, porém, estou a caminho...