E se Jesus não tivesse nascido? Parte 3.

Compaixão e misericórdia.

“Quem é o meu próximo?“ Esta foi a pergunta que deu origem a tão conhecida parábola do bom samaritano, registrada pelo evangelista Lucas. Conhecida tanto no sentido de ser muito divulgada, pois muitos são os sermões e estudos sobre esta parábola, mas também no sentido prático da ação executada pelo samaritano na história, isto é, a compaixão e misericórdia exercidas por este homem que vinha em seu caminho e se dirigiu ao que estava moribundo.

Em nosso terceiro texto da série: E se Jesus não tivesse nascido?, quero trazer a memória o quanto o nascimento de Jesus contribuiu para que vivêssemos em um mundo melhor. Não que o propósito do nascimento de Jesus seja apenas isto, pois o apostolo Paulo disse aos cristãos da cidade de Corinto que “se nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15. 19). Mas, além de nos dar esperanças de um mundo vindouro, pois Ele nos redimiu de nossos pecados, Jesus nos ensinou a exercer a compaixão e misericórdia, sentimentos que antes de Jesus eram desconhecidos da humanidade, salvo alguns poucos que viviam a lei de Deus. Poderíamos elencar diversas organizações criadas e mantidas pela igreja de Jesus ao longo dos anos com o propósito de amenizar a dor daqueles que estão à beira do caminho desta “longa estrada da vida”. Quando Jesus diz ao mestre da lei: “Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10.37), ele estava lançando as bases para a caridade cristã, que não somente atende os irmãos da fé, como também todos quanto estiverem ao seu alcance. A igreja primitiva entendeu esta ordenança de Jesus, e continuou o trabalho de assistência ao menos favorecidos. No livro histórico de Atos dos Apóstolos, podemos ver com clareza como era vívido o Espirito de Cristo no meio da comunidade, de forma que “Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (At 2.45). Mas talvez você pense que isto tenha sido um fenômeno restrito aquele tempo. Engana-se, pois o mesmo espirito que operou naquele tempo, operou ao longo destes dois mil anos de história do cristianismo, construindo creches para crianças carentes; asilos para idosos desamparados; hospitais para atendimento aos pobres, entre muitas outras organizações não governamentais que atuam com o único propósito: “Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele” (Lc 10.33-34). E se Jesus não tivesse nascido?....... Quão tenebroso seria este mundo. Graças a Deus, que por amor a nós, enviou seu filho ao mundo, e nos ensinou a amar uns aos outros.

Pastor Marcelo Junio.

Referencia bibliográfica: Kennedy, D. James, 1930- E se Jesus não tivesse nascido? D. James Kennedy, Jerry Newcombe; tradução James Monteiro dos Reis, Maura Nassetti. - São Paulo: Editora Vida, 2003

Marcelo Junio Silva
Enviado por Marcelo Junio Silva em 29/01/2017
Reeditado em 30/07/2022
Código do texto: T5896239
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