Pato Donald ou Donald Besta
Misticismo Não é Consciência Política
-Sobre desmistificar a cidadania
-Sobre politizar a igreja
Quanto a mim, sou uma educadora viciada em aprender e ensinar! Sou Pastora Progressista, sou Humanista (no sentido humanitário) e Teóloga adepta da Teologia da Libertação, proposta pelo Frei Leonardo Boff.
Minha vocação me inspira a propor reflexões como esta que agora proponho no texto que aqui se compõe. O cerne desta reflexão é decidirmos se vamos nos ocupar com o místico ou com a educação.
A religião se torna nociva quando ela é mais mística do que inteligente! Essa discussão sobre "quem é o anticristo" é burra, é inútil, é atrofiadora!
Que coisa mais tosca ficar rotulando pessoas sem qualquer base de conhecimento ou prova científica. Faz anos que a igreja se ocupa dessas questões místicas e mitológicas, desocupando-se da conscientização política. O "anticristo", para os que se auto denominam "cristãos", já foi Nero, Hitler, Fidel Castro, o Papa, o Bispo Macedo, a "bunda" da Gretchen, a Xuxa, a Angélica, o Sílvio Santos e atualmente é o Donald Trump! Affff...
Pior do que Donald Trump ser um suposto "anticristo" é a igreja ser "anti-educação"! Isto porque a igreja deve parar de mistificar e ocupar-se de estudar, aprender e ensinar.
O mais desmotivador quando pensamos nisto é percebermos que a não consientizaçao política nas comunidades religiosas ocorre porque a igreja recheia seu ativismo com um pensar místico, sincrético, mitológico e ignorante, em detrimento de qualquer prática educativa eficiente.
Tanto faz se o atual presidente dos Estados Unidos é mesmo o anticristo, ou não! Relevante mesmo, não é a identidade dele, mas a identidade de Cristo que a igreja perdeu no meio dessas burrologias e exacerbações religiosas.
E se o tal Donald for mesmo o tal anticristo? E se ele não for o anticristo mas for um besta absolutista, puritano, insano e perigoso? Os crentes não entendem que isso não é pra ser resolvido com "orações de guerra" e "atos mais patéticos do que proféticos". A alienação e a intoxicação política nos Estados Unidos, no Brasil e no mundo devem ser combatidas com educação e não com religiosidade cega.
A prática educativa eficiente gera um pensar não susceptível a ser escravizado por políticos como Donald Trump e seus modos insanos de impetrar governos absolutistas, fundamentados nessa "coisa hitreriana" que dissemina puritanismo.
Sinceramente? Não há como continuarmos nos ocupando com o fazer conexões entre o número "666" e o presidente americano. Vamos "estudar-aprender-ensinar" porque longe disto não há esperança alguma de conquistarmos uma vida melhor e menos opressora.
Mas, se querem um pouco de insanidade mística, eis a minha opinião: O Donald Trump devia usar o "333"! Isso lhe daria o título de "meio besta"! Até pra ser um besta completo, a pessoa precisa ser menos óbvio e mais competente! Acho que Donald Trump está menos para anticristo e mais pra Pato Donald!
E você, o que acha?