Carta aos Romanos

A Carta aos Romanos ao longo da história desencadeou reações fantásticas, como por exemplo:

A CONVERSÃO DE SANTO AGOSTINHO:

Após ter se decepcionado com Fausto, bispo maniqueísta, de quem ele esperava obter as respostas para todas as perguntas que o angustiavam, Agostinho começou a se desiludir com o maniqueísmo, seita a qual seguiu durante vários anos para desgosto de sua mãe. Depois de perceber que esta seita não possuía as verdades as quais ele buscou durante toda sua vida, começou a se distanciar dela aos poucos.

Não sabe Agostinho se por vontade divina, ou por outro motivo, ele escutou a voz de uma criança cantarolando "toma e lê, toma e lê”. Ele tomou isso como uma mensagem divina e foi para a Bíblia e leu o primeiro capítulo que viu.

"Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne (Romanos 13, 13)".

A DESCOBERTA DA JUSTIFICACÃO POR MEIO DA GRAÇA POR MARTINHO LUTERO:

A luz finalmente raiou para Lutero quando ele meditou sobre Romanos 1:17. Ele viu pela primeira vez que a justiça que Paulo tinha aqui em mente não era uma justiça punitiva que condena os pecadores, mas uma justiça que Deus livremente concede aos pecadores com base nos méritos de Cristo, e a qual os pecadores recebem pela fé.

"Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé. Rm. 1: 17"

A REVIRAVOLTA QUE A INTERPRETACAO DA CARTA AOS ROMANOS CAUSOU NA TEOLOGIA, DO LIBERALISMO A TEOLOGIA DIALÉTICA.

Ora como Teologia da Crise, por ser uma resposta à crise vivenciada pelo mundo ocidental pelo choque causado pela Primeira Guerra Mundial e seu cortejo de destruição e desorganização da vida social e pela total impossibilidade da Teologia Liberal de seu tempo, aos desafios levantados pelo colapso do otimismo liberal dos primeiros anos do século XX. Na verdade, como percebe a proposta teológica construída por Barth não contempla de forma alguma o fenômeno, mas exclusivamente a Teologia. Nenhum caminho vai do homem a Deus: nem a via da experiência religiosa, nem a da História e tampouco uma via metafísica; o único caminho praticável vai de Deus ao homem, se chama Jesus Cristo.

JOCÉLIO SALES.

JOCÉLIO SALES
Enviado por JOCÉLIO SALES em 21/12/2016
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