EZEQUIEL E A MORTALIDADE DA ALMA

"A Alma que pecar, essa morrerá."

(Ezequiel 18:20)

O trecho Bíblico acima é frequentemente utilizado pelos adeptos do mortalismo da alma, para tentar demonstrar que a alma na verdade não é imortal, estando sujeita à morte assim como o corpo.

Todavia, essa interpretação é totalmente superficial, visto que a palavra alma exprimia uma variedade de significativos diferentes. Essa variação de sentidos leva a somente se poder identificar o significado correto do vocábulo por meio do contexto em que ele esta inserido.

No caso de Ezequiel 18:20 o contexto não trata da condição dos mortos nem de uma vida espiritual, pois todo o capitulo dezoito visava apenas a vida física. Tratando do cotidiano, da jurisprudência penal, da responsabilidade individual, para que os inocentes não fossem punidos no lugar dos culpados. Demonstrando que ninguém era responsável pelos descaminhos de outrem.

Naquela época, se acreditava que toda responsabilidade era coletiva, quando um indivíduo errava, toda a coletividade, seja familiar ou tribal, sofria as consequências juntamente com ele ou em seu lugar.

Os Espíritos do Senhor a fim de debelar esse costume, pregavam através dos profetas que a responsabilidade é apenas daquele que errou, não se estendendo aos familiares ou compatriotas.

Assim sendo, utilizar essa passagem para combater a doutrina da imortalidade da alma é no mínimo incoerência.