OS MENTIROSOS

As sagradas Escrituras dizem que os mentirosos são abomináveis a Deus; que eles ficarão de fora da cidade santa; que a sua parte será no lago de fogo e enxofre. Ap. 21:8. Então vamos saber quem são esses mentirosos, os quais Deus aborrece.

Bem, para sabermos o que é a mentira, precisamos recorrer as Sagradas Escrituras, já que estamos tratando de coisas espirituais. Pois, segundo o conceito humano, mentira é o que alguém diz com engano, com fraude, sem sinceridade.

Para começar, vamos inquirir das Sagradas Escrituras de onde procede a mentira, e quem foi seu articulista. Disso falou o próprio Jesus, veja:

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Jo. 8:44.

Assim, os mentirosos têm pai, o qual também os inspira para satisfazerem o desejo dele.

Ora, a primeira ocorrência sobre engano registrado nas Sagradas Escrituras está nos registros da criação, no livro de Gênesis, e que envolveu nossos primeiros pais, Adão e Eva. Vamos transcrever o que houve naquela ocasião, a fim de termos idéia da sutileza do pai da mentira.

Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo "o bem" e "o mal". E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Gn. 3:1-6.

O pai da mentira não veio em pessoa, nem em seu próprio corpo. Pois devido ele já ter sido expulso do céu, e ter sido despojado da glória de Deus, ele seria reprovado caso se manifestasse como estava, pois que Eva por não ter ainda pecado tinha sua visão pura. Entretanto ele usou um ardil, se valeu do animal mais astuto que havia, a serpente. E assim, travou um diálogo com Eva, que possivelmente estava só, e que se deixou levar pela sutileza do Diabo, que disse:

É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?

E Eva, que havia recebido instrução de Adão, respondeu:

Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.

Então a serpente disse à mulher:

Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

Aqui reside o engano: “Certamente não morrereis”. Isso contraria o que Deus havia dito, e faz a Deus mentiroso.

É de admirar que o homem aceite o testemunho de outro ser que não Deus, como no caso de Eva. Se Deus falou não, é não. Quem isso contraria é mentiroso. E foi o que Satanás fez, disse que eles não morreriam.

E certamente morreram. Pois o homem deveria possuir dias milenares. Mas morreu antes de completar o seu primeiro dia milenar de vida.

E eles que conheciam “o bem”, a lei de Deus, também ficaram conhecendo ”o mal”, o pecado. Nisso Satanás estava certo, e falou de forma acertada.

E ele continuou a assediar os homens. Na outra vez foi Caim, que por não praticar o bem, ou seja não guardar os mandamentos de Deus, foi vítima de Satanás, que o induziu a matar ao seu irmão Abel. Se ele tivesse atentado para o que havia acontecido com os seus pais, e tivesse dado ouvidos à voz de Deus, certamente não teria sido a outra vítima. E vemos que nada obstante o delito dos primeiros pais, Deus não deixou de falar com eles, e até mesmo com aquele que não estava em integridade, como Caim. Abel era justo, guardava os mandamentos de Deus, razão porque o seu sacrifício fora aceito por Deus. Apesar disso Deus não impediu que Caim o matasse. Deus visita a maldade dos pais sobre os filhos, e Deus tem prazer na morte do justo, mas não na do ímpio. Porque o justo morrendo certamente ressuscitará para a vida eterna, suas obras de justiça o acompanham.

Diz o Espírito por João: Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? I Jo. 4:20.

Nisso há profundidade, pois muitos estão pretendendo amar um amor de sentimentos. Mas o Espírito, falando por Tiago, diz que se o irmão tiver falta do necessário para o corpo e outro disser: vai em paz que Deus te farte e te aqueça, e não lhe der o necessário para o corpo, que proveito há? Tg. 2:14-16. E por João: Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as entranhas, como estará nele o amor de Deus? I Jo. 3:17.

O que move o homem a ser beneficente, compassivo, longânimo, paciente, é a observância dos mandamentos de Deus. Quem isso não fizer pode ser possuído de sentimentos humanísticos e convenientes, ser tolerante segundo as circunstâncias, mas nunca com verdadeiro amor. Humanístico, por ter aprendido no meio humano, não de Deus, e conveniente, por estar condicionado a fatores e conveniências, mas que não resiste a grandes provas, como desamor e infidelidade. Pois amor verdadeiro está condicionado a observância dos mandamentos de Deus, que é o seu amor. Pois diz uma escritura:

Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. I Jo. 2:4. E porque o amor de Deus é este: Que guardemos os seus mandamentos. I Jo. 5:3, p.parte.

Por conseguinte diz ainda outra escritura:

Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho. I Jo. 2:22. Que isso significa?

Essa negação, do qual fala o Espírito por João, é mistério profundo, que já nos tem sido revelado.

Jesus é o verbo, ou a palavra de Deus, que se fez carne e habitou entre os homens, enquanto que Cristo é essa palavra. Assim, Jesus é a pessoa física de Deus, enquanto que Cristo é a pessoa jurídica de Deus. Ou seja, Jesus é a manifestação de Deus para os homens, enquanto que Cristo é a revelação da divindade de Deus para os homens. E quem nega que Jesus é o Cristo, ou a palavra de Deus, que em essência corresponde aos mandamentos de Deus, esse é mentiroso e anticristo.

Vamos mostrar com outro texto bíblico o que afirmamos.

Paulo, na sua epístola aos Romanos, diz:

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Rm. 1:18.

Que verdade é essa que os homens detêm em injustiça?

Vamos ver os textos a seguir para vermos a que o apóstolo refere-se.

Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Rm. 1:19-25.

O texto que sublinhamos fala de pessoas que tiveram o conhecimento de Deus, mas não o glorificaram como Deus. Que isso significa?

Diz o mesmo apóstolo, noutra epístola:

Eis que tu que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; e sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído por lei; e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na lei; tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Rm. 2:17-23.

Outra escritura diz:

Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e se não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e também já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração. Eis que reprovarei a vossa semente, e espalharei esterco sobre os vossos rostos, o esterco das vossas festas solenes; e para junto deste sereis levados. Então sabereis que eu vos enviei este mandamento, para que a minha aliança fosse com Levi, diz o Senhor dos Exércitos. Minha aliança com ele foi de vida e de paz, e eu lhas dei para que temesse; então temeu-me, e assombrou-se por causa do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a iniqüidade não se achou nos seus lábios; andou comigo na paz e na retidão, e da iniqüidade converteu a muitos. Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é um mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho; a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso também eu vos fiz desprezíveis, e indignos diante de todo o povo, visto que não guardastes os meus caminhos, mas fizestes acepção de pessoas na lei. Ml. 2:1-9.

Vejamos que é a aliança do Senhor:

Então vos anunciou ele a sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra. Dt. 4:13.

E o conhecimento de Deus reside nisto:

E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. I Jo. 2:3.

E o caminho ou os caminhos, que disse Jesus ser, é a lei, conforme o que sublinhamos atrás.

E aqueles que torcem a verdade de Deus, mudando-a em mentira, quando dizem que ela foi tansomente para o Israel da Palestina, são os ímpios, dos quais diz Paulo:

Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Rm. 1:18.

E esses que isso fazem, praticam o que diz o apóstolo nesse texto:

E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Rm. 1:23.

E não são só os considerados gentios pelos evangélicos que isso fazem, por fazerem imagens de homens para adorar. Mas os próprios evangélicos isso fazem, quando tomam a imagem de um pássaro e dizem ser do Espírito Santo, ou até adotam a mesma imagem adotada pelos malignos para representar a Jesus.

Não é sem razão que existe no meio deles o que fora previsto pelo Espírito, que disse:

Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. Rm. 1:24-27.

Além disso, e por não quererem o conhecimento de Deus, são entregues à seguinte situação:

E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. Rm. 1:28-32.

Há quem argumente que uma mentira seja justificável sendo para salvar a pele ou os negócios que envolvam valores. E há também os que buscam se justificar nas próprias escrituras para encontrar suporte para suas fraquezas. Como exemplo citam o episódio que envolveu Abraão, Sara e Faraó, e Abrão, Sara e Abimeleque, quando Faraó e Abimeleque tomaram a Sara para eles, ainda que ela fosse esposa de Abraão, devido este ter dito que ela era sua irmã. O fato de Abraão não ter manifesto que ela era sua mulher, não deve servir de argumento para afirmar que Abraão mentiu. Na verdade ela era sua irmã, filha do seu pai com outra mulher. Confira com os textos a seguir:

E aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista; e será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim, e a ti te guardarão em vida. Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti. E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios a mulher, que era mui formosa. E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó. E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve ovelhas, vacas, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos. Feriu, porém, o Senhor a Faraó e a sua casa, com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão. Então chamou Faraó a Abrão, e disse: Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher? Por que disseste: É minha irmã? Por isso a tomei por minha mulher; agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te. E Faraó deu ordens aos seus homens a respeito dele; e acompanharam-no, a ele, e a sua mulher, e a tudo o que tinha. Gn. 12:11-20.

E havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara. Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite, e disse-lhe: Eis que morto serás por causa da mulher que tomaste; porque ela tem marido. Mas Abimeleque ainda não se tinha chegado a ela; por isso disse: Senhor, matarás também uma nação justa? Não me disse ele mesmo: É minha irmã? E ela também disse: É meu irmão. Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos tenho feito isto. E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la. Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido, porque profeta é, e rogará por ti, para que vivas; porém se não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu. E levantou-se Abimeleque pela manhã de madrugada, chamou a todos os seus servos, e falou todas estas palavras em seus ouvidos; e temeram muito aqueles homens. Então chamou Abimeleque a Abraão e disse-lhe: Que nos fizeste? E em que pequei contra ti, para trazeres sobre o meu reino tamanho pecado? Tu me fizeste aquilo que não deverias ter feito. Disse mais Abimeleque a Abraão: Que tens visto, para fazer tal coisa? E disse Abraão: Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por causa da minha mulher. E, na verdade, é ela também minha irmã, filha de meu pai, mas não filha da minha mãe; e veio a ser minha mulher; e aconteceu que, fazendo-me Deus sair errante da casa de meu pai, eu lhe disse: Seja esta a graça que me farás em todo o lugar aonde chegarmos, dize de mim: É meu irmão. Gn. 20:2-13.

Não queremos aqui ser advogado de Abraão, mas ser defensor da verdade de Deus, o que forçosamente nos leva a defender os íntegros nos seus caminhos, como Abraão também foi, a ponto de ser chamado de amigo de Deus, além de pai de muitas nações.

Os textos citados atrás são elucidativos. Nem precisam de explicação. Abraão pediu a Sara que dissesse que ele era seu irmão, como graça. Também por causa daquele povo no meio do qual não sabia se existia o temor de Deus, usou desse expediente.

Outrossim, como diante da humildade vai a honra, por ele ter sido humilde, teve graça diante de Faraó, que lhe deu bens por causa de Sara, assim como Abimeleque deu a Sara mil moedas de prata.

Ora se Deus abomina os mentirosos, caso Abraão houvesse sido mentiroso, Deus não o quereria por seu amigo, muito menos como símbolo da universalidade do evangelho, porque diz a escritura:

Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte. Ap. 21:8.

Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. Ap. 22:15.

Quem ama e comete a mentira?

Muitos estão nessa condição ainda que não se dêem conta disso. Porque o príncipe deste mundo cegou-lhes o entendimento para que não lhes resplandeça a glória de Deus, o evangelho. Veja:

Vamos transcrever parte de um trabalho no qual mostrando erros que ocorrem nas versões das Sagradas Escrituras, na parte que convém no presente trabalho.

Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. I Jo. 1:6. Errado! O correto seria:

Se não praticamos a verdade e dissermos que temos comunhão com ele, mentimos e andamos em trevas. I Jo. 1:6.

Ora, só há comunhão com Deus, ou seja, Deus só está em união com aquele que está em união com ele, observando os seus mandamentos. Pois diz o Espírito:

E aquele que guarda os seus mandamentos está em Deus e Deus nele. E por isso sabemos que permanece em nós e que nos tem dado o seu espírito. I Jo. 3:24. Também diz o Espírito noutra passagem, lembrando o que disse Jesus: “Estai em mim e eu estarei em vós. Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu pai e permaneço no seu amor”. Jo. 15:10.

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. I Jo. 1:8. Errado! O correto seria:

Se não há verdade em nós e dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos. I Jo. 1:8.

Argumento:

Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu. I Jo. 3:6.

Porque quem comete pecado é do Diabo. I Jo. 3:8, p.parte.

Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus. I Jo. 3:9.

Assim, se não guardamos os mandamentos, que é a verdade, e ainda assim dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos.

“Se dissermos que não temos pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós”. I Jo. 1:10. Errado! O correto seria:

Se a sua palavra não está em nós e dissermos que não temos pecado, fazemo-lo mentiroso.

O texto de I Jo 1:8 está em estreita relação com o versículo 10, veja:

A verdade, a semente e a sua palavra, são a mesma coisa.

Assim, se a sua palavra, que corresponde aos seus mandamentos, não está em nós, e dissermos que não temos pecado, fazemo-lo mentiroso. Porque sendo o pecado a transgressão da lei de Deus, se não a praticarmos, e, ainda assim, dissermos que não temos pecado, mentimos e fazemos a Deus mentiroso. Porque aquele que não pratica a verdade ou a justiça não está em Deus, mas jaze no maligno. Outrossim, se quem pratica a justiça é justo assim como ele é justo, então os justos são aqueles que praticam a verdade e a justiça de Deus, nos quais o maligno não pode tocar.

Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Ef. 4:25.

Ou seja, deixai a mentira, a negação dos mandamentos de Deus, que corresponde a Cristo, e falai A Verdade, os mandamentos de Deus ou a sua Lei.

Oli Prestes

Missionário