Sobre o mundo na Bíblia



“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes”. Ef 6:12

“Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo”. 1 Jo 2:15-16

“Não ameis o universo...” idem

“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. (Rom. 12:2)

“E não vos conformeis a esta Era/Eon” “mas transformai-vos (…) e perfeita finalidade de Deus” idem

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. (Gal 6:14)

“Já não é pela tua palavra que nós cremos; pois agora nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. (Jo 4:42)

“Salvador do universo” idem


 

Sempre que se ouve um cristão descontente com as coisas, ele faz o paralelo entre Deus e Mundo, ou entre Cristo e as coisas atuais. Mas a palavra mundo da Bíblia pode ser também traduzida como kosmos, que seria mais o que vemos por universo. Certamente não se refere a Criação perfeita de Deus, mas ao mundo da queda, ao verdadeiro exílio a que a humanidade teve para com seu Criador. Então julgar as pessoas sobre aquelas que são do mundo e as que não são, parece um tanto confuso. Devemos antes perdoar a julgar, à imitação de Cristo.

Outro sentido é de um mundo de ilusão, o mundo da concupiscência, da carne, etc. Pois a carne não herda o Reino. Em Romanos se fala de uma renovação da mente, a que já vimos se tratar da verdadeira conversão e arrependimento, não apenas um status exterior, de ser classificado como isso ou aquilo. Esse sentido se fala de uma outra Era, que é a verdadeira Nova Era, a Era de Cristo universal, da fraternidade e amor, da lei do amor. A velha Era está muito representada com a Babilônia, a porta do Sol, ou Lúcifer, que seria um símbolo de meretriz escrava da carne, ou nesse sentido, do mundo. Pois com a nova natureza, transformado, o homem já vê o mundo crucificado, como está na carta aos Gálatas, citada.

Para quem lembra da estátua de Daniel, Babilônia está localizada na cabeça. Assim o velho mundo ou Velha Era, era um tempo de divisão, de guerras, ladrões, nações, de uma razão egoísta. Esse egoísmo estava na cabeça. O caminho de Cristo é um caminho do coração, do amor. Ele vence assim os espíritos lucíferos, que apareceram a Adão sob a forma de serpente, bem como a Eva, e assim pelos desejos do mundo dividiram as coisas. Sob a voz do instinto, Caim assassinou Abel. Assim o mundo antigo, ou da carne, não havia recebido o Reparador dos Mundos, Yeshua, Jesus, e a Babilônia e suas sete colinas, orifícios da cabeça e da concupiscência, dominavam anteriormente. Com a Nova Jerusalém de Cristo as coisas se modificam, e um novo mundo/universo ou Nova Era vem, a fim de nos reservar uma nova natureza, espiritualizada e etérica.