Esclarecendo pontos da doutrina católica, 2 - Missa

Esse ponto também faz lembrar o alerta do grande Papa Bento XVI sobre a ignorância religiosa. Infelizmente, até muitos católicos não sabem o que é uma missa. E ela é substancialmente diferente do culto protestante, por exemplo.
A Missa é a cerimônia eucarística. Para existir tem de ser presidida por um sacerdote. Nos locais onde falta padre, pode um leigo devidamente autorizado dirigir uma cerimônia com orações e as leituras do dia, e distribuição da comunhão com hóstias previamente consagradas - mas isso não é missa.
Ela só existe se houver, na hora, a consagração do pão e do vinho, e isso somente o padre pode fazer, com as palavras:
"Ele tomou o pão, deu graças e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai e comei: isto é o meu corpo, que é dado por vós."
Ergue a partícula; está feita a consagração da primeira espécie; depois acrescenta:
"Do mesmo modo, ao fim da ceia, Ele (Jesus) tomou o vinho, deu graças e deu a seus discípulos, dizendo: Tomai e bebei, este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna Aliança, que é derramado por vós."
E ergue o cálice.
As espécies, pelo milagre da transubstanciação, tornaram-se, sacramentalmente (notem bem: não é simples símbolo, pois a Presença é real) o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo.
E este é o mesmo sacrifício da Cruz, perpetuado misticamente através dos séculos.
Podemos então definir a Missa como "a perpetuação mística do sacrifício de Cristo na Cruz" - agora, de forma incruenta. Ou seja, este grande evento, que decidiu o destino da humanidade, prossegue diariamente pelos séculos até o fim do mundo.
Somente a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa celebram a Missa.