FESTUM OMNIUM SANCTORUM

01 de novembro de 2016

Hoje o mundo comemora o dia de todos os Santos.

Aqui coloco uma boa pergunta: - É possível atingir este grau em nossos dias?

Impossível. Este grau de perfeição é impossível, a ausência de erros e ofensas é própria dos santos. Seria paranoia, presunção extrema afirmar não estar em dívida com Deus e ninguém em perfeito juízo pode afirmar estar livre das coisas do mundo.

Porque estamos sujeitos ao pecado, porque somos a ele conduzidos. A história do mundo nos revela a ação das forças ocultas. Como nas grandes guerras, nas ideologias, nas filosofias falsas e em falsas teologias. Somos presas fáceis para doutrinas que só trazem tristeza.

Por isso a necessidade de nos espelharmos ao procedimento dos santos. Em Colossenses 2:8, Paulo nos diz: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”.

Mesmo que justificado o comportamento do homem nunca o tornará livre de erros. Encontramos pessoas nobres de espírito, boas, que procuram manter-se em retidão e em comunhão com Deus e com os homens e nem por isso pretendem se firmar em pureza.

Teologicamente temos o dom da perfeição porque no batismo a justiça de Cristo nos foi atribuída.

Enfim, a paz não estará em nós por negarmos nossos erros, mas, em admiti-los e confessá-los, o que é próprio dos santos. Recebemos por herança de Adão a fragilidade de cedermos às tentações.

A própria bíblia nos mostra em Hebreus a fraqueza dos homens. Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sara, Isaque, Jacó, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi e Samuel. (Veja Hebreus, 11:4-32)

Todos cometeram erros aos olhos de Deus e dos homens. Assassinatos, vinganças, adultério e muitas outras coisas. No entanto na morte, foram levados ao convívio dos Santos.

Por que ? Esta é a essência da salvação dos homens – O amadurecimento do corpo e da mente, da moral e do espírito, O tempo passa célere, e esta plenitude de graça nos é dada na nossa velhice, como uma última oportunidade. Assim aprendemos. Fechando este texto, com Martinho Lutero:

-Ó Todo-Poderoso Deus, Pai misericordioso,eu, pecador miserável, confesso a vós todos os meus pecados e iniquidades com os quais eu vos ofendi e justamente tenho merecido o seu castigo agora e para sempre. Mas eu sinceramente me arrependo por eles e sinceramente me arrependo deles, peço a sua infinita misericórdia, por causa do santo, inocente, sofredor e morto, seu amado filho, Jesus Cristo,

para ser misericordioso e compassivo para mim, um pobre pecador.

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Paulo de Tarso
Enviado por Paulo de Tarso em 31/10/2016
Reeditado em 31/10/2016
Código do texto: T5808250
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