DUVIDO, LOGO PENSO (DESCARTE)!
Duvido, logo penso (Descarte)!
Minha infância foi de instantes inesquecíveis, que relembro com muita nostalgia a lição do aprendizado que ficou.
No Guarujá, frequentava as pedras do Morro do Maluf, o mesmo donatário que eu encontrava nas Missas das dez aos Domingos, na Igreja Imaculada Conceição (sito à Rua Brigadeiro Luiz Antônio), nossa Paróquia e de tantos outros da Bela Vista. Ocasião que o encontrava, acompanhado de sua mãe num Rolls Royce, carro de Rainhas e Reis dos anos 30!
Nessa pedra mineral, inicio de tudo pelo Principio Material, que o Big-Bang cumpriu sua causa primária da evolução. Pedra mina d’água que sacia toda a cadeia evolutiva, passando pela vegetal, animal e hominal.
Neste famoso morro, meu quintal de tantas brincadeiras, observava o musgo das pedras, os crustáceos impregnados e as ondas que no fluxo e refluxos da maré, traziam novidades para minha imaginação pesquisar e concluir o que era fauna, flora da oferenda do Iemanjá e o que era lixo, proveniente das embarcações de pescadores e das lanchas de recreação, que circundavam aquele morro que no seu cume apontava o Cruzeiro dos pagadores de promessas.
Ocasião que refletia sobre a vida animal, de tantas espécies de marinhos sem saber qual deles foi o primeiro, o segundo e que por fim deu a espécie definida por Darwin. Tudo isso embaraçava a minha cabeça com as lições de catecismo que recebi por ocasião da minha Primeira Comunhão, aos cinco anos de idade, autorizado pelo confessor da família, um Franciscano Capuchinho OSF, que por sinal era do Convento da Igreja dos meus encontros com o Maluf.
Seria o homem proveniente do barro como diz a Bíblia em Gêneses? A Eva da costela de Adão, o sabichão que deu o nome para todos os animais! Viemos do Princípio Material, inicialmente do mineral, depois pelo vegetal até o animal para aperfeiçoarmos no hominal. Portanto é verdade que viemos do barro espécie mineral com todos os nutrientes suficientes para a criação do vegetal e consequentemente do animal até que este fora dotado de sapiência pela razão, origem do Espirito obra do Princípio Inteligente, que é Deus; daí sermos humanos, pois viemos do húmus, isto é, do mineral.
Foi nesta Igreja que meus pais se casaram, me geraram e nesta me casei com a Myriam, cognome da esposa de Moises, patriarca e um dos autores bíblicos que fez nossa união tal qual o Velho e o Novo Testamento. Graças ao Credo que ora professamos, pudemos desenvolver a nossa religiosidade a ponto de vivermos um Ecumenismo sem rotulo, para podermos admirar a pregação de todos os lideres religiosos que resumem sua pratica no Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Admiro a fé nos que creem por si só, mas minha razão pede mais, pois é pela causa que eu chego ao efeito da Fé.
Desculpem-me os afetos das opiniões contrarias, e, pela citação de um corrupto politico, causador do inicio das minhas considerações refletidas e concluídas.
José Francisco Ferraz Luz