Liga da Justiça Injusta
-Sobre Perder Para Ganhar
Faz tempo que não me permito ser parte da "Liga da Justiça Gospel"! Creio, prego e aponto para um D'us grandão, colorido e cheiroso que na plenitude da sua santidade , tem mais prazer em se relacionar com gente humana de verdade do que com semi deuses de mentira. Vejo líderes religiosos sendo criticados, inclusive nas redes sociais, por viverem o apostolado sem a pretensão e nem a estúpida vontade de serem divinizados por ninguém.
Quanto a mim, como pastora, apóstola, líder religiosa, apenas desejo continuar sendo, simplesmente mulher , graças a D'us! Como amo ser mulher!
Sobre críticas e expectativas ilusórias quanto ao meu apostolado ou de quem quer que seja, não sinto muito em comunicar, mais uma vez, que ninguém deixa de ser gente nem por um momento. Apóstolos continuam precisando tomar banho todo dia e nunca conseguem fazer xixi azul!
O mais lindo de tudo isso é que, enquanto a massa tenta purgar os próprios pecados e culpas divinizando o "Pastor - Guia - Protetor", D'us nos chama pelo nome e se move através de nós, mesmo conhecendo cada uma das nossas limitações! Esse amor divino faz valer a pena!
Pouco, muito pouco, me importa a cobrança dos que esperam que a figura do "apóstolo - pastor" tornem-se o "mascote santo" da congregação dos injustos! Particularmente, eu jamais deixarei que meu apostolado seja substituto da mulher criada por D'us e moldada por minhas próprias escolhas.
Por outro lado, ou pelo mesmo lado, afirmo que sou, sim, "pastora - guia - protetora", mas não sou perfeita e nem estou acima da natureza humana! Amo as ovelhas que pastoreio com toda a verdade que há em mim e tenho uma fé pra ser imitada, mas sou gente, sou humana, sou mulher e isso é bom demais!
Ser quem realmente somos, sem mascarar nossa identidade real, é a forma mais linda de andarmos de um modo digno, segundo a vocação que fomos chamados! Mas isso só é possível quando desenvolvemos esse pensamento libertário junto com a comunidade lá na suas origens para que depois as mudanças não fiquem complexas.
Por isso meu foco é ensinar, fundamentar, repetir, apontar para a verdade, mesmo que o conhecimento dessa verdade me torne menos mistificada, menos relevante, menos sobressalente diante da congregação. Trabalho, com tudo que posso, pela formação de um rebanho pensante!
O rebanho diminui em quantidade quando nos propomos a isso, mas cresce em qualidade. Nem todos têm coragem de abrir mão de números para priorizar caráter.
Mas, muitas vezes, é preciso perder para ganhar! Sim... Esse é o princípio do reino: perder pra ganhar!