ARGUMENTOS CONTRA A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA - 2º O plágio (segunda parte)
As histórias milagrosas narradas nos evangelhos são, para a maioria dos especialistas em estudos do Novo Testamento, irreais, cópias e adaptações de lendas egípcias, gregas e romanas, especialmente.
Acasalamento entre um deus e uma mulher da terra.
Na Bíblia, deus engravida Maria e tem um filho com ela: Jesus. A lenda de um deus que se interessa por uma mortal, bela, virgem e lhe faz um filho, fazia parte de diversas culturas pré-bíblicas. Os antigos costumavam atribuir a paternidade divina a certos indivíduos notáveis, tais como reis, imperadores, filósofos e profetas, não só como forma de homenageá-los, mas porque acreditavam mesmo que eles eram filhos de uma divindade.
São dezenas de casos parecidos ao nascimento de Jesus através da união de um deus com uma mulher. No Egito, o faraó era celebrado como filho de um deus, e às vezes, como o próprio deus na terra. Na Grécia, Platão e Pitágoras eram exaltados como filhos do deus Apolo. Índia (cerca de 3500 A.E.C.). A virgem Devaki engravida do deus hindu e gera o semi deus Krishna. Pérsia (atual Irã). A virgem Dughda (Dugdhova), uma adolescente de quinze anos, estava prometida em casamento a Pourushaspa, quando foi fecundada por um raio de luz emitido por Ahuramazda, um deus persa, e nela faz um filho que será chamado de Zaratustra (Zoroastro), o fundador do zoroastrismo. Grécia. Zeus engravida várias mortais e faz filhos com elas. Procure no google sobre Alcmena, Dânae, Leda e Perséfone; são algumas das mulheres que tiveram filho com o deus do Olimpo. O deus Apolo se uniu a Corônis e nasceu Asclépio, um semideus que segundo a crença dos gregos, realizava grandes milagres como ressuscitar mortos.
Devemos entender que a palavra “deus” para os antigos não significava necessariamente o “criador do universo”, epíteto ligado a Deus para a maioria das pessoas do mundo atual. Sabemos pelos estudiosos que os povos pré-cristãos davam diversas significações para o termo “deus”. Em seu excelente livro “Como Jesus se tornou Deus”, Bart Ehrman comenta: “No mundo antigo, era possível acreditar que um humano fosse divino de várias maneiras. Eis aqui duas maneiras principais de como isso podia acontecer, conforme atestado por fontes cristãs, judaicas e pagãs:
Por adoção ou por exaltação. Um ser humano (um grande governante, ou guerreiro, ou pessoa santa, digamos) podia ser feito divino por um ato de deus ou de um deus ao ser elevado a um nível de divindade que não possuía antes; por natureza ou por encarnação. Um ser divino (um anjo ou um dos deuses, digamos) podia tornar-se humano quer de modo permanente, ou, o mais comum, de modo temporário.”
Jesus ressuscita e sobe aos céus, onde julgará os mortos e separará os bons dos maus.
Os autores dos evangelhos tinham várias fontes para copiar a lenda do deus que vence a morte. Osíris, no Egito, foi morto pelo seu irmão Set. Mais tarde, ressuscita e sobe ao céu onde presidirá o julgamento das almas dos mortos. Os gregos realizavam cultos em honra à morte e ressurreição de Dionísio (Baco, em Roma). Tamuz, na mitologia babilônica, é o deus cujas características são as que mais se aproximam do Cristo dos evangelhos. Ele é um humano que se tornou deus, morreu em uma cruz, ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao céu.
Céu e inferno.
Na mitologia cristã, o céu é o lugar onde ficam os que creram em Jesus; o inferno é para onde vão os descrentes (ateus, agnósticos, judeus, muçulmanos, etc.). O conceito de prêmio e castigo para os mortos existia em diversas religiões pré-bíblicas.
No Egito, o deus Anúbis pesa o coração do morto em uma balança, para avaliar seu comportamento durante a vida. Depois, começa a cerimônia do julgamento, presidida por Osíris, que irá julgar as obras do defunto. Caso tenha mais virtudes que pecados, será premiado com a vida eterna. Se for condenado, será devorado pelo demônio Ammit (Amut), uma fera com cabeça de crocodilo e o corpo com partes de leão e hipopótamo.
Os gregos tinham os Campos Elíseos, lugar para onde iriam os bons depois da morte; os maus eram enviados para o Tártaro, o inferno de eterno sofrimento. Descrições de céu e inferno - cada uma mais criativa que a outra - podem ser encontradas em mitologias da Mesopotâmia, chinesa, japonesa, etc.
É incrível que todos esses mitos e fábulas da Bíblia são vistos pela maioria dos cristãos como eventos reais. Poucos param para refletir sobre o quão absurdas são essas histórias. Se hoje uma mulher aparecer afirmando estar grávida de um espírito, e um homem sair por aí dizendo que estava morto e ressuscitou, ninguém – com exceção dos crédulos – vai acreditar em tais fantasias. Os sábios já nos avisaram que, quanto mais distante um mito, mais ele consegue o respeito e credibilidade dos adeptos.
Deus não permitiria que em seu livro existissem plágios, portanto, a Bíblia não é a palavra de Deus.