Cristãos igrejeiros e o bom samaritano
Lembra-se da parábola do bom samaritano? Consegue distinguir os personagens que são mencionados nela por Jesus? Com qual dele somos mais parecidos? Se dispuser de tempo leia Lucas 10.30. Semana passada conversando com alguns cristãos, todos com boa formação em "Teologia", veio à tona o dinheiro arrecadado nos cultos, o que proporcionou para alguns pastores uma vida luxuosa e até a inclusão na lista dos mais ricos do mundo.
Disse-lhes que se os cristãos se unissem e resolvessem colocar em prática os preceitos bíblicos em relação aos pobres, doentes, presidiários, estes problemas sociais teriam sido reduzidos. Então, um deles, impaciente e muito irritado me respondeu "Professor Acir, cuidar de pobre e doente não é obrigação de igrejas evangélicas. Para isso tem o governo. A nossa preocupação é a eternidade, o céu, livrar as pessoas do fogo do inferno".
Perdi minha paciência, olhei para a cara dele e respondi, "graças a Deus me livrei de gente assim. O senhor não lê, de propósito, estas passagens bíblicas - Mateus 25:31-46; Tiago 2:13-20; 1ª João 2:13-18.
Nas passagens acima encontramos palavras fortes sobre o amor como coisa prática e não sofismas decorados em missas e cultos. Vejamos: tendo bens e vendo seu irmão necessitado/ amar só de palavra/ fale e proceda/ falta de mantimento/ coisas necessárias para o corpo/ crer até o diabo crê.
Os cristãos deveriam ser mais práticos, mais verdadeiros, mais sinceros em sua fé:
- ajudar as pessoas em suas necessidades materiais como comida, roupa, repouso, conforto, trabalho;
- confortar pessoas com aconselhamento sadio, apoio moral, solidariedade, companheirismo, lembrar-se das viúvas e órfãos;
- oferecer bolsas de estudos a famílias carentes de suas próprias igrejas, vizinhos, conhecidos.
Não tem valor algum assistir ou fazer lindas pregações, cantar nos corais, cumprir religiosamente participações sabatinais ou dominicais nos templos suntuosos de nossas denominações. Se não tiver amor, caridade, nada seremos.
Um cristão não pode ser indiferente com o sofrimento e a dor alheia.
É nisto que conhecerão se somos ou não discípulos de Cristo. João 13.34-35. O resto é fantasia ou hipocrisia.
O médico e missionário Albert Scweitzer depois de conhecer a realidade da África deixou o trabalho de proselitismo fundamentalista para cuidar dos doentes, principalmente crianças e velhos, do continente africano. Enquanto que o cristianismo nominal, igrejeiro e fundamentalista cresce no Brasil, engana as pessoas mais símplices que acham mais importante ter a certeza de um lugarzinho no céu, se identificando com o sacerdote e o doutor da lei da parábola, não evangélicos entre ateus, católicos e espíritas estão fazendo o papel de bons samaritanos, conforme Jesus descreveu.
Meu abraço sincero.