O amor, o distintivo dos homens de boa vontade
Padre Joacir d’Abadia
Nos dias de hoje ouvimos que o amor é o distintivo do Cristão e que devemos amar uns aos outros, porque o amor vem do próprio Deus. A grande prova de Amor que Deus nos deixou foi enviar seu filho único como vítima de reparação dos nossos pecados.
Temos um convite que nos leva a conhecer o amor quando diz: “Quem não ama não conhece Deus, porque Deus é Amor” (1 Jo 4, 8). Então só conhecemos Deus através do Amor ao passo que não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou em seu Filho Jesus Cristo.
No evangelho vemos a compaixão de Jesus para com a multidão, ele nos mostra com este gesto de amor que é a nova aliança do Amor do Pai. Quando Jesus mata a fome e a sede dos povos, Ele ensina a todos os pecadores o projeto do Reino. Até porque, matar a fome, para nós não poder ser como um assistencialismo, antes uma ajuda aos irmãos necessitados tirando-os do comodismo que muitas das vezes deixa a pessoa ociosa, algo não desejado por Deus que quer que matemos a fome carnal e principalmente a fome espiritual, a fome do amor. Vamos saciar nossa fome com o amor que jorra alegria e paz ao nosso interior.
Sendo que a origem do amor é Deus, é somente pela Fé que sabemos que Deus nos ama, e, como amados, necessitamos amar, sobretudo, o nosso semelhante. “Se alguém disser: amo a Deus, no entanto, odeia seu irmão _ como diz a Escritura _ é um mentiroso” (cf. Jo 4,20).
Uma das grandes necessidades do nosso tempo é a de nos fazermos, através do Amor, próximos uns dos outros, sem medo, inseguranças, indiferença, sem esfriarmos nas nossas relações humanas. Diante disso, vem uma pergunta: o que é necessário para superar estas urgências de amor e aproximar os filhos do nosso Deus? A resposta está na nossa fé, pois é com fé na presença do Reino que temos a forca satisfatória para suprir a essas urgências de nossos dias.
Foi a fé que curou o Leproso. Jesus disse: “Eu quero: fica Curado” (Mc 1, 41). No mesmo instante a lepra desapareceu. Neste momento Jesus Cristo toma para si todas as dores daquele homem que vivia a rejeição pela comunidade que não o amava como ele era e diz: “vai” e não contes a ninguém. O que o leproso fez foi divulgar o que Deus fez em sua Vida, por isso que agradecer de uma forma diferente, preferiu divulgar o amor que Jesus teve por ele, foi verdadeiro em seus anúncio.
Ainda hoje não é diferente. Na medida em que falamos de Jesus e pregamos a verdade somos ameaçados e acusados de uma infinidade de episódios. Temos que amar a Jesus a tal ponto de anunciá-lo sem medo da perseguição e, se possível for, até dar nossa própria vida pelo amor que temos por Ele.
Como Cristãos que amamos uns aos outros temos que ter critérios do evangelho para identificar qual é o espírito do mundo e qual é o espírito de Deus. Do Evangelho jorra a direção a qual devemos seguir e nos faz discernir os sinais dos tempos, assim, jamais poderemos excluir o sagrado de nossas decisões diárias, senão estaremos tomando a direção do espírito do mundo.
Sabemos que o amor precisa chegar tanto aos que seguem o mundo como àqueles que seguem o caminho de luz. Todavia, Jesus quis precisar dos homens para que sua mensagem chegasse aos “confins da terra” por isso ele busca colaboradores, pescadores de homens que levem aos seus filhos que estão nas trevas, o caminho de luz libertadora de toda e qualquer escravidão.
Jesus precisa de homens e mulheres que, amando, queiram trilhar um itinerário do bem. Porque Deus com seu infinito amor deseja ao povo sofrido a sua libertação e promete a eles o fim da escravidão: “O povo que andava na escuridão viu uma grande Luz; para os que habitavam nas sobras da morte, uma luz resplandeceu” (Is 9,1).
Abramos, em síntese, com todo o amor de nossa vida, os nossos olhos para ver quanta recompensa existe para nós naquilo que o mundo despreza; quanta glória nos está reservada por causa da humilhação que passamos ao honrar o nome de Jesus! O nome de Jesus é uma doçura que nos sustenta no amor, esta doçura é incomparavelmente maior do que todo o mel que este mundo poderá produzir sem amor.
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