Com o caralho na boca...
A frase não é minha. É da professora Juana Solís, argentina, embora exultante, mas quiçá exagerando um pouco, na sua satisfação diante da notícia de santificação de seu compatriota, El Cura Brochero, ou o Padre Brochero, que o Vaticano vem de anunciar.Tá na Folha de hoje.
Brochero, que viveu na região nortenha da Argentina, área de Córdoba já está entronizado na lembrança de seus conterrâneos por meio de uma estátua equestre, melhor asinina, pois aparece no lombo de uma mula, cujo nome é até evocado por seus biógrafos, Malacara.
Um desbravador, e um benemérito para seus próximos, além das virtudes que lhe são creditadas, San Brochero não se aperreava em fumar seu cigarrinho e em usar linguajar comum, como ressalta a professora Solís. E segundo consta, será o primeiro cidadão nascido e criado na Argentina a se santificar naquele país hermano. Maradona, ao que consta, ainda em vida e em gozo de boa saúde é santo mas para o napolitanos, graças à ressurreivolução que promoveu no futebol daquela apaixonada e apaixonante cidade.
Segundo a Santa Sé, fator importante no processo hagiológico de São Brochero, além dos dois milagres compulsórios que se lhe cobraram - e ele compareceu - deve-se ao fato de que seu cérebro teria sido encontrado intato quando da exumação.
Ícone máximo para todos os argentinos, Gardel, falecido em 1935, não estaria, ainda, na lista dos contempláveis com a santificação, e nem ao menos à beatificação pela igreja católica. E no entanto, continua a fazer milagres com sua voz cativante e personalidade mais que intrigante. Terá o Pai, de si, diante?