Celibato!
Outro dia descendo do centro em direção ao bairro que mora, fulano ouviu uma voz, voz de homem chamando outro homem. A repetição de oi, oi, fulano, longa e fraca foi se tornando mais curta e mais alta a voz, fulano, oi fulano!
Desacelerou o passo lentamente até parar, levou a mão à nuca e coçou meio impaciente meio irritado, percebeu que havia uma espinha no couro cabeludo, por debaixo dos cabelos, um pouquinho acima da nuca, onde fica o cerebelo. Ao passar a unha, a espinha estourou. Uma dor chata surgiu de subido, uma sensação de umidade na ponta do dedo deduziu-se, sangue com aquela coisa amarelada. A irritação e a impaciência somada à dor e o sangue misturado com aquela coisa amarela, só poderia desembocar numa coisa, vontade de xingar, desabafar, aliviar toda aquela insatisfação. Olhou para traz e, era sicrano, tudo se resumiu em um suspiro, um suspiro de satisfação.
-- Rapaz-du-céu! Há quanto tempo não nos encontramos! Senti sua falta, estou curioso com umas oitivas[1] de você. Estão dizendo por ai a boca miúda que você odeia a igreja católica! É verdade?
-- Não, não é verdade, pelo contrário, meu amor pela igreja católica é passional. Você sabe sicrano que por amor as pessoas às vezes até mata, no tiro, na bala, pau, faca, facão até cadeirada, quando o amor é maior que a própria pessoa ela surta, mas surta por amor. – respondeu fulano.
-- Mas fulano, que maluquice é essa! Você bebeu gasolina estragada!
-- sicrano, como lhe disse, quem ama até mata, porque amor e ódio é a mesma coisa, um controlado e outro descontrolado. Matar é a essência humana surtada por desejar outro ser humano. Concluiu fulano.
-- Então tá bom, me diz aí, o que está acontecendo para todo mundo tá nesse zum zum zum todo! – perguntou sicrano.
-- sicrano, antes lhe relatarei algo que tu ficaras de queixo caído, embasbacado. Lembra-se do Mariovaldo, aquele que é ateu? Pois bem, outro dia encontrei-o. Sentamos num banco de cimento da praça dos capetas. Lembra-se daquela praça, aquela lá no bairro Martins, que tinha umas caretas feias pra chuchu?
Pois é, começamos a prosear e a certa hora, bem sério e permaneci sério, lasquei-lhe uma pergunta: Oh Mariovaldo, já pensou se acabassem com todas as religiões do planeta e banisse a ideia de Deus da face da terra?
Ele pensou, pensou; pensou, ficou de pé, colocou as duas mãos nos bolsos da calça de linho 120 de cor grená e aluiu do banco, porém antes de transpor a praça olhou para tras, olhou na direção dos meus pés, mantendo a cabeça baixa, retornou a cabeça em direção à avenida e vazou na braquiária.
Dois dias depois encontrei-o a tarde na praça Nicolau Feres. Você não vai acreditar! O colega tornou-se um psicopata dele mesmo! Dissimulei, todavia, observei-o minuciosamente. Com uma varinha na mão, ele às vezes passava a varinha na sombra do pescoço e dizia, cortei sua gargantinha, ora era num braço, ora era numa perna, simulou tirar até o pulmão direito. – falou fulano.
Putz perdi o amigo! O que uma pergunta a queima roupa pode fazer com um cidadão!
-- sicrano, agora lhe digo com a maior certeza do mundo, o mundo não tem o menor sentido se não existir Deus, inequivocamente para um ateu.
Outro dia assistindo a tv, vi uma matéria a respeito do celibato. Não me lembro exatamente quem questionava e quem era questionado, todavia, o assunto éra interessante, até mesmo para quem não é católico.
Acredito que o celibato deveria ser tratado pela Igreja com os olhos de hoje, não com os olhos do passado. Discordo quando alguém defende o celibato ou faz críticas lembrando datas históricas, como: Antes de existir a Igreja..., o cristianismo já exigia o celibato..., em determinado concílio tomaram a decisão por meio de votação....
Os fatos históricos têm e sempre terão suas relevâncias, mas acredito que, o tempo que vivemos é diferenciado em relação aos anteriores. As pessoas atualmente tem acesso a muitas, mas muitas informações diariamente, o mundo está cada dia menor, a globalização é um fato, a internet tem a capacidade de nos reunir com pessoas do mundo todo, e ninguém precisa sair de casa.
A ciência está muito além do que foi imaginada por qualquer pessoa que viveu no primeiro milênio, as relações humanas entre nações é inimagináveis. Atualmente é uma minoria de países que estão em guerra, a maioria esmagadora convivem harmoniosamente.
Uma das maiores mudanças que aconteceu com o homem, foi o entendimento que tem de Deus. O homem atual não vê Deus como um ser punitivo, mas um ser bom, que quer a felicidade e a prosperidade de todos aqueles que buscam o melhor para si e em grupos honestamente, independente de religiões.
Acredito que um padre casado pode desenvolver suas atividades religiosas sem prejudicar a missão da Igreja Católica. Afirmo que os casais que buscam ajuda dos padres seriam até melhor orientados por padres casados, pois os solteiros, podem ter a teoria, estudos e pesquisas sobre problemas conjugais, mas a prática é fundamental.
As Igrejas Protestantes e Evangélicas cumprem suas atividades religiosas de forma exemplar, e os pastores são casados. Geralmente suas esposas desenvolvem trabalhos paralelos ao do pastor (seu marido). Sustento isto, porque passei por algumas igrejas evangélicas e protestantes, para fazer cursos de interpretação da Bíblia. Os trabalhos das esposas dos pastores são muito bons. Às vezes pode haver problemas de relacionamento entre o pastor e sua esposa, mas é tratado no âmbito da família, como todo casal, afinal são humanos.
Faço aqui um paralelo da Igreja Católica com o homem primitivo. O homem primitivo teria a memória similar ao do homem atual, suponhamos um terabyte, o homem atual tem um processador i7, enquanto que o homem primitivo teria um processador Pentium 286. Com todo o respeito que tenho pela instituição católica, mas os tempos são outros, os homens são outros.
Penso que o Estado laico é muito melhor para a igreja do que um Estado secular. A igreja estando dentro apenas de seus domínios, suas ações serão mais justas, mais harmoniosas, pois todas as sua maneiras de ser, serão para os seus fiéis, para esses que estão ali por sua própria escolha.
A inseminação de proveta é coisa do passado, nem lembramos mais disso, mas quantas mulheres tornaram-se mães graças à inteligência humana, inteligência essa dada por Deus. A maconha é uma droga, devemos evitar, mas deixar de fazer remédios que beneficiaria doentes é desumano, as pesquisas em células troncos, podem ser usadas para fins escusos, mas quando usada para o bem, só tem a beneficiar o homem. A pesquisa no DNA pode trazer benefícios enormes à humanidade, incalculáveid, claro, se for usada para o bem.
As pesquisas nunca serão maléficas para os homens ou uma ofensa a Deus, seus fins que devem ser questionados severamente fiscalizados.
A Igreja Católica não é um patrimônio dos fiéis, a Igreja é parte essencial da cultura dos povos. O fato de muitas pessoas não serem católicas, não implica que essas pessoas não possam participerem de eventos católicos. Assevero que a Igreja deva repensar seu posicionamento diante do todo e não para um determinado grupo ou uma minoria.
Acredito que caso a Igreja Católica não comece a repensar o celibato, e vivenciar os tempos atuais, a possibilidade de muitos abandonarem-a tende a crescer, pois a religiosidade é inerente ao ser humano, ‘sine qua non[2]’, mas a religião não!
Desacelerou o passo lentamente até parar, levou a mão à nuca e coçou meio impaciente meio irritado, percebeu que havia uma espinha no couro cabeludo, por debaixo dos cabelos, um pouquinho acima da nuca, onde fica o cerebelo. Ao passar a unha, a espinha estourou. Uma dor chata surgiu de subido, uma sensação de umidade na ponta do dedo deduziu-se, sangue com aquela coisa amarelada. A irritação e a impaciência somada à dor e o sangue misturado com aquela coisa amarela, só poderia desembocar numa coisa, vontade de xingar, desabafar, aliviar toda aquela insatisfação. Olhou para traz e, era sicrano, tudo se resumiu em um suspiro, um suspiro de satisfação.
-- Rapaz-du-céu! Há quanto tempo não nos encontramos! Senti sua falta, estou curioso com umas oitivas[1] de você. Estão dizendo por ai a boca miúda que você odeia a igreja católica! É verdade?
-- Não, não é verdade, pelo contrário, meu amor pela igreja católica é passional. Você sabe sicrano que por amor as pessoas às vezes até mata, no tiro, na bala, pau, faca, facão até cadeirada, quando o amor é maior que a própria pessoa ela surta, mas surta por amor. – respondeu fulano.
-- Mas fulano, que maluquice é essa! Você bebeu gasolina estragada!
-- sicrano, como lhe disse, quem ama até mata, porque amor e ódio é a mesma coisa, um controlado e outro descontrolado. Matar é a essência humana surtada por desejar outro ser humano. Concluiu fulano.
-- Então tá bom, me diz aí, o que está acontecendo para todo mundo tá nesse zum zum zum todo! – perguntou sicrano.
-- sicrano, antes lhe relatarei algo que tu ficaras de queixo caído, embasbacado. Lembra-se do Mariovaldo, aquele que é ateu? Pois bem, outro dia encontrei-o. Sentamos num banco de cimento da praça dos capetas. Lembra-se daquela praça, aquela lá no bairro Martins, que tinha umas caretas feias pra chuchu?
Pois é, começamos a prosear e a certa hora, bem sério e permaneci sério, lasquei-lhe uma pergunta: Oh Mariovaldo, já pensou se acabassem com todas as religiões do planeta e banisse a ideia de Deus da face da terra?
Ele pensou, pensou; pensou, ficou de pé, colocou as duas mãos nos bolsos da calça de linho 120 de cor grená e aluiu do banco, porém antes de transpor a praça olhou para tras, olhou na direção dos meus pés, mantendo a cabeça baixa, retornou a cabeça em direção à avenida e vazou na braquiária.
Dois dias depois encontrei-o a tarde na praça Nicolau Feres. Você não vai acreditar! O colega tornou-se um psicopata dele mesmo! Dissimulei, todavia, observei-o minuciosamente. Com uma varinha na mão, ele às vezes passava a varinha na sombra do pescoço e dizia, cortei sua gargantinha, ora era num braço, ora era numa perna, simulou tirar até o pulmão direito. – falou fulano.
Putz perdi o amigo! O que uma pergunta a queima roupa pode fazer com um cidadão!
-- sicrano, agora lhe digo com a maior certeza do mundo, o mundo não tem o menor sentido se não existir Deus, inequivocamente para um ateu.
Outro dia assistindo a tv, vi uma matéria a respeito do celibato. Não me lembro exatamente quem questionava e quem era questionado, todavia, o assunto éra interessante, até mesmo para quem não é católico.
Acredito que o celibato deveria ser tratado pela Igreja com os olhos de hoje, não com os olhos do passado. Discordo quando alguém defende o celibato ou faz críticas lembrando datas históricas, como: Antes de existir a Igreja..., o cristianismo já exigia o celibato..., em determinado concílio tomaram a decisão por meio de votação....
Os fatos históricos têm e sempre terão suas relevâncias, mas acredito que, o tempo que vivemos é diferenciado em relação aos anteriores. As pessoas atualmente tem acesso a muitas, mas muitas informações diariamente, o mundo está cada dia menor, a globalização é um fato, a internet tem a capacidade de nos reunir com pessoas do mundo todo, e ninguém precisa sair de casa.
A ciência está muito além do que foi imaginada por qualquer pessoa que viveu no primeiro milênio, as relações humanas entre nações é inimagináveis. Atualmente é uma minoria de países que estão em guerra, a maioria esmagadora convivem harmoniosamente.
Uma das maiores mudanças que aconteceu com o homem, foi o entendimento que tem de Deus. O homem atual não vê Deus como um ser punitivo, mas um ser bom, que quer a felicidade e a prosperidade de todos aqueles que buscam o melhor para si e em grupos honestamente, independente de religiões.
Acredito que um padre casado pode desenvolver suas atividades religiosas sem prejudicar a missão da Igreja Católica. Afirmo que os casais que buscam ajuda dos padres seriam até melhor orientados por padres casados, pois os solteiros, podem ter a teoria, estudos e pesquisas sobre problemas conjugais, mas a prática é fundamental.
As Igrejas Protestantes e Evangélicas cumprem suas atividades religiosas de forma exemplar, e os pastores são casados. Geralmente suas esposas desenvolvem trabalhos paralelos ao do pastor (seu marido). Sustento isto, porque passei por algumas igrejas evangélicas e protestantes, para fazer cursos de interpretação da Bíblia. Os trabalhos das esposas dos pastores são muito bons. Às vezes pode haver problemas de relacionamento entre o pastor e sua esposa, mas é tratado no âmbito da família, como todo casal, afinal são humanos.
Faço aqui um paralelo da Igreja Católica com o homem primitivo. O homem primitivo teria a memória similar ao do homem atual, suponhamos um terabyte, o homem atual tem um processador i7, enquanto que o homem primitivo teria um processador Pentium 286. Com todo o respeito que tenho pela instituição católica, mas os tempos são outros, os homens são outros.
Penso que o Estado laico é muito melhor para a igreja do que um Estado secular. A igreja estando dentro apenas de seus domínios, suas ações serão mais justas, mais harmoniosas, pois todas as sua maneiras de ser, serão para os seus fiéis, para esses que estão ali por sua própria escolha.
A inseminação de proveta é coisa do passado, nem lembramos mais disso, mas quantas mulheres tornaram-se mães graças à inteligência humana, inteligência essa dada por Deus. A maconha é uma droga, devemos evitar, mas deixar de fazer remédios que beneficiaria doentes é desumano, as pesquisas em células troncos, podem ser usadas para fins escusos, mas quando usada para o bem, só tem a beneficiar o homem. A pesquisa no DNA pode trazer benefícios enormes à humanidade, incalculáveid, claro, se for usada para o bem.
As pesquisas nunca serão maléficas para os homens ou uma ofensa a Deus, seus fins que devem ser questionados severamente fiscalizados.
A Igreja Católica não é um patrimônio dos fiéis, a Igreja é parte essencial da cultura dos povos. O fato de muitas pessoas não serem católicas, não implica que essas pessoas não possam participerem de eventos católicos. Assevero que a Igreja deva repensar seu posicionamento diante do todo e não para um determinado grupo ou uma minoria.
Acredito que caso a Igreja Católica não comece a repensar o celibato, e vivenciar os tempos atuais, a possibilidade de muitos abandonarem-a tende a crescer, pois a religiosidade é inerente ao ser humano, ‘sine qua non[2]’, mas a religião não!