FRASES ATRIBUÍDAS A JESUS CRISTO
FRASES ATRIBUÍDAS A JESUS CRISTO
Uma das frases atribuídas ao Mestre Jesus, e que tem causado certa polêmica no meio religioso está explícito em Mateus 10:34, que diz o seguinte: “Não penseis que vim trazer paz a terra; não vim trazer paz, mas espada”. Indaga-se por qual motivo o Mestre teria dito essa frase, visto que quando de sua profetização, ele teria afirmado que não vim mudar a lei, mas dá-la cumprimento. Por se tratar de um Espírito Puro, o mais alto na escala evolutiva, o Mestre mostrou a sua sabedoria, mesmo sabendo que Moisés teria recebido os Dez Mandamentos no Monte Sinai das mãos de um espírito enviado pelo Deus de Israel, Jeová, Iavé ou Javé. Ele disse para que dez mandamentos seu posso transformá-lo em dois: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
O que seria paz e espada para Jesus? Todos nós podemos aquilatar que em se tratando de um grande mestre ele não estava pensando em revoluções armadas e nem em derramamento de sangue. Dizem alguns exegetas que o significado da frase epigrafada é uma mensagem do Evangelho que requer uma tomada de decisão e mudança de vida. E esta mudança causa uma reação por partes de outras pessoas. Por causa disso, surgem divisões e conflitos em famílias, no trabalho, na escola, nas universidades e mesmo nas religiões. Esses conflitos os estudiosos nominam de “espada”. Todos nós sabemos que Jesus falava através de parábolas, entretanto não podemos mudar a sinonímia da palavra.
Paz significa calma, estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade, sossego, em que silêncio representa descanso. Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas. Na psicologia significa calma interior, estado de espírito de que não se perturba. A paz armada é sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro. Acrescentemos ainda: calma, silêncio, sossego e tranquilidade como reforço de paz. A decisão do Evangelho é uma ruptura os padrões ditados pelo “mundo”, que é o sistema governado pelo diabo. Nova indagação: o que seria o diabo para o ser humano? Todo ser humano que pratica o mal pode ser considerado um diabo, visto que é simplesmente uma nomenclatura humana.
Se o homem pratica o mal é porque Deus deu a ele o livre-arbítrio. Está inerente em seu comportamento. Espada é uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço. O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar metais. As mais antigas são dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram curtas e de dois gumes, feitas de bronze. A espada romana uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda de dois gumes. É conhecida também como gládio e punhal. É bom frisar que milhões de seres humanos conforme consta no Antigo Testamento pereceram através da espada, do orgulho, da inveja e o desejo de dominação da humanidade.
Até o mestre Jesus foi vítima uma delas quando um soldado romano transpassou-lhe o peito direito durante a crucificação. Paz é paz, espada é espada. Essa sentença pode ter sido mal traduzida pelos homens que compilaram a Bíblia. “E é assim que o julgamento é feito: Deus mandou a luz ao mundo, mas as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o que é mau.” (João 3:19 NTLH). Não somos donos da verdade, mas nossa interpretação é outra. Lembre-se de que: “O que tem dividido nosso mundo é o pragmatismo bíblico pela interpretação mais conveniente. A hermenêutica bíblica não é um tribunal, mas as pessoas se comportam como juízes”.
Se dentro do cristianismo há dissidências, para fora a situação é mais complicada. Diz o texto, e parece unânime pelos comentários daqui e de outros grupos de discussão, que a vida do que crê é dura e cheia de conflitos. Ao mesmo tempo, cristão parecem incomodar-se com os descrentes, como se fossem deles diferentes e, apoiadas em Timóteo e Pedro, compelem-se à evangelização de ofício, dando origem ao conflito, invadindo o íntimo das pessoas e encravando a espada nas relações pessoais, de sua família, ou não. Se essa é a verdade, que não a queiramos! “A pacificação social só é possível se respeitarmos os demais com o respeito que esperamos para nós mesmos, não é”?(Bíblia.com). É o caso do explica, mais não justifica.
“Jesus foi chamado o príncipe da paz e no Sermão da Montanha enalteceu “os que são brandos e pacíficos, porque eles herdarão a Terra”, e os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. (Mateus 5:5 e 9). “Não penseis que eu tenha vindo trazer a paz a Terra; não vim trazer a paz e sim a espada;-porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha e o homem terá por inimigos os de sua própria casa” (Mateus 10:34 a 36). Essa sentença ameniza mais a situação drástica da paz e da espada, pois a tendência natural é que os filhos e filhas tomem seus caminhos depois de adultos. Achamos que existe um choque de opiniões sempre que nos referimos a essa passagem bíblica. No caso do Sermão da montanha Jesus foi bem explícito, pois vivência e harmonia fazem parte da Lei Divina. No segundo caso choques de opiniões que a Boa Nova fatalmente iria suscitar.
Se os estudiosos se referem à Boa Nova a palavra espada deveria ter sido substituída por compreensão, amor, fraternidade, caridade já que o mundo está carente de tais preceitos. É como dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. Pura bobagem, pois Deus escreve certo por linhas certas. Desculpe a nossa ignorância mas a Paz representa o bem e a espada o mal. Essas duas condições fazem parte do livre-arbítrio dada por Deus ao homem, que ainda o presenteou com a inteligência e o instinto que é inerente aos animais irracionais.
Quem pratica o bem colherá o bem, mas quem plantar o mal colherá o mal. Bem que as palavras supracitadas que tanta indiferença tem causado aos fiéis deveria ser o bem e o mal e assim teria dito o Mestre Jesus: “Eu não vim trazer o mal e sim o bem para felicidades de todos”. A espada tem sido usada pelo ser humano desde os primórdios humanos com o único intuito de matar, de força em cuja diretriz e azimute está o poder. Pensem nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE