Profanação

Certas organizações religiosas radicais (católicas, evangélicas, muçulmanas, etc.) interessam-se em “banir casamentos homossexuais e lançar na ilegalidade tanto o aborto como a pesquisa com células-tronco”.

São procedimentos que implicam na implantação de uma conduta que todos deveriam seguir. Mas sem chances de ser bem sucedida, no caso das relações homossexuais, como sabemos desde a antiguidade. Algo como esperar que o casamento dure “até que a morte os separe”. O que pode acontecer, mas não tem necessariamente que ocorrer.

A medicina nos informa dos inúmeros casos em que o aborto é recomendável, assim como a utilização das células-tronco pode contribuir para a cura de várias enfermidades, dentre elas o câncer. Não que a medicina acerte em tudo, mas no que for comprovadamente incontestável...

Contudo, esses temas são considerados inegociáveis para tais organizações radicais que se empenham em profundidade, investindo grandes soma em dinheiro para que seus objetivos sejam alcançados.

O que nos leva a desconfiar, pelo menos, que quanto mais religioso o indivíduo, mais intolerante também ele é. Um problema específico do homem e do seu espírito. Correndo a religião, na sua aplicação extremada, o risco de ser a própria profanação do espírito, se não for entendida como um instrumento do bem, no qual a tolerância deve ser achar envolvida. Certamente, o bem e a tolerância, alguns dos verdadeiros ensinamentos de qualquer Deus.

Maricá, 24/01/2016

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 24/01/2016
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