DEPRESSÃO NA VISÃO ESPIRITUAL

Depressão é o tipo de condição emocional que não podemos permitir que envolva-nos. O espírita tem conhecimento suficiente das belezas imortais para não se deixar entregar infantilmente a esse tipo de enfermidade. A depressão remonta a eras priscas da humanidade e naturalmente os fatores mais marcantes e propiciadores dela são algo divergente para cada época. Desde Hipócrates, a medicina estuda a depressão, chamada na antiguidade de melancolia. Os gregos supunham que uma disfunção hepática produzia os quadros de depressão: seria o acúmulo da bílis negra, resultando a melancolia.

As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como: estresse, estilo de vida e acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros. O Dr. Antônio R. Damásio define como “uma breve dor até sentimentos profundos de futilidade e desespero suicida”. A Doutrina Espírita nos explica sobre o atendimento depressivo. É necessário que o doente esteja em tratamento médico psiquiatra.

Os psicólogos são também muito úteis no tratamento com indivíduos depressivos. O tratamento espiritual, independente da fé professada pelos pacientes depressivos ou não, tem por norma conduzir todos os nomes para as atividades espirituais, seja o Socorro Espiritual ou o Intercâmbio Espiritual. Depressão em idosos atinge altas taxas estando entre 25% a 50% da população da população já estudada, e tem como matriz a baixa situação econômica, a perda de um dos cônjuges e de amigos próximos, doenças físicas, isolamento social e, em geral, esta Depressão está mascarada nas poliqueixas efetuadas.

Não devemos esquecer-nos de grandes paradigmas para buscar a cura, tais como: a crença em Deus, o alto amor, a fé invacilante, a resignação diante da justiça divina, a vontade determinada, a disciplina árdua, o autoconhecimento e a paciência assentada na certeza de resultados futuros. A causa da depressão vige na alma e não somente no corpo físico. O conflito do deprimido remonta a causas pretéritas, provavelmente longínquas, com repercussão no presente. O cerne da questão liga-se a não identificação do amor divino e da paternidade do Criador. Por isso a rebeldia tão comum no deprimido. Revolta-se contra as leis, desdenha a própria vida, não concordando em ter sido criado, vai com facilidade ao suicídio (10 a 15% dos deprimidos se suicidará).

Num ato de rebeldia extrema tentam devolver a própria vida ao Criador. (Fonte: Núcleo Espírita Nosso Lar). O deprimido nega-se a viver, dissipa suas energias vitais em ruminações negativas. Os órgãos mais afetados são os pulmões e intestinos. Passes fluídicos nos centros de forças genésico, esplênico e gástrico. Fazer exercícios físicos como caminhadas, natação e outros salutares. Finalizamos com o Senhor Jesus, o médico de nossas almas, quando nos convidou ao caminho de retorno ao seio do Pai com o: “Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei”. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.

“Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve”. (Mateus, 11:28 A 30). Há outro aspecto muito interessante, abordado pelo Espírito François de Genève, no capítulo V, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo": “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida”? É que o vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia e vos julgais infelizes.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE