O SEGREDO DA ORAÇÃO

1 Cantem hinos a Deus, o SENHOR, todos os moradores da terra!

2 Adorem o SENHOR com alegria e venham cantando até a sua presença.

3 Lembrem que o SENHOR é Deus. Ele nos fez, e nós somos dele; somos o seu povo, o seu rebanho.

4 Entrem pelos portões do Templo com ações de graças, entrem nos seus pátios com louvor. Louvem a Deus e sejam agradecidos a ele.

5 Pois o SENHOR é bom; o seu amor dura para sempre, e a sua fidelidade não tem fim.

Salmo 100.1-5

Eu estou ensinando a minha filha Elizabeth a fazer esboços bíblicos e pegamos inicialmente o Salmo 100 para esse trabalho. Fizemos três esboços. No primeiro nós tentamos resumir a idéia do versículo. No segundo esboço tentamos a interpretação do esboço 1 lendo novamente a Bíblia. No terceiro esboço, com a discussão e as idéias mais aclaradas chegamos a um consenso muito melhor do que o Salmo quer dizer.

Verso 1 - Num primeiro momento quando nós lemos, segundo a orientação do salmista, para cantarmos hinos a Deus, todos os moradores da Terra, o entendimento é que todos devemos cantar a Deus, ou todos devemos buscar a Deus. Numa melhor interpretação, num aprofundamento do que a longo prazo o versículo diz, acabamos descobrindo que é dever de todos os moradores da Terra buscar a Deus. E apesar de que a salvação está liberada a todos, devemos responder afirmativamente ao chamado.

Verso – 2 – E assim como todos os moradores da Terra são convidados a cantar hinos a Deus, todos são chamados também para adorar ao Senhor com alegria. “Venham cantando até sua presença”, diz o salmista. Quando pensamos de uma forma global em todos os moradores da Terra e de Deus chamando a todos para serem salvos, descobrimos que Deus entende o nosso sofrimento, originado no Pecado Original e nos convida a adorar o Senhor, ou a buscar o Senhor, apesar dos nossos sofrimentos e perseguições, provações e privações. Com alegria. É Deus quem nos convida a entrar na sua presença e nos convida a entrar alegres e não tristes ou depressivos, apesar dos nossos problemas que Ele sabe que existem. Apesar de tudo, adore ao Senhor com alegria.

Verso – 3 – O salmista nos ordena a lembrar que o Senhor é Deus. Ai ele nos dá apenas duas características de Deus: primeiro, Ele é o nosso Criador, e segundo Ele é o nosso Pastor.

Ao pensar no Deus Criador, nós lembramos de Deus criando os seres angelicais, os Céus, o Universo, os planetas, estrelas e constelações. Lembramos ainda de Deus criando o ser humano e somos lembrados que foi Deus quem nos criou. Ele criou você, Ele criou a mim. Lembra que foi Deus quem te fez, sendo assim ele sabe de que constituição você é feito. Deus sabe se você é feito de um bom ou mau material. Ele sabe a consistência do seu barro. Deus sabe até a pressão que você agüenta, e sabe até onde você agüenta.

A outra característica a lembrar é que Deus é o nosso Pastor. Essa idéia pastoril, de um pastor cuidando de suas ovelhas é uma maneira antiga de Israel entender o seu Deus. O salmista nos convida a lembrar que Deus é o nosso Pastor e que somos ovelhas suas. Assim sendo, como um pastor cuida de seu rebanho. Deus cuida de nós e tem cuidado de nós.

Verso – 4 – O salmista nos convida a entrar pelos portões do Templo com ações de graças e com louvor, assim como devemos ser também agradecidos a Deus. Para os leitores originais do Salmo, entrar pelos portões do Templo eram literais, mas para nós hoje o significado nos remete diretamente para a oração. Entramos espiritualmente nos portões do Templo Espiritual, andamos nos pátios em oração. Notamos então com esse versículo, sobretudo, como esse Salmo tem camadas. Numa primeira camada enxergamos uma poesia, numa segunda camada enxergamos uma literalidade, numa terceira camada entendemos um ensinamento e numa quarta camada enxergamos como devemos orar.

Verso – 5 – É incrível como há uma estrutura tão bem montada no Salmo: ele tem um inicio um meio e um fim, muito bem estruturados.

O versículo 5, final, nos lembra que o Senhor é bom, e que seu amor e sua fidelidade são eternas. O que nos faz notar como isso são uma resposta sobre se orarmos Deus nos responderá com bondade, amor e fidelidade.

Quando falamos sobre a bondade de Deus, devemos lembrar que a Bíblia nos mostra a bondade de Deus como sendo um resumo de todos os seus atributos. Parece-nos que tudo o que Deus é ou faz por nós é resumido em sua bondade. “Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti.” (Êxodo 33:19) Lembrar que Deus é bom, é lembrar de todas as suas características que Deus quer gastar conosco para nos abençoar.

Só duas pessoas na Bíblia tentaram explicar a Deus, uma delas foi Jesus, que disse eu Deus é Espírito e a outra foi o apóstolo João que disse que Deus é Amor. O amor que entendemos que Deus tem por nós é o amor voltado para a nossa salvação. É um amor de um Pai zeloso pelo seu filho amado. Deus nos ama apaixonadamente e deveríamos amar nessa intensidade também.

Por fim o salmista diz que a sua fidelidade não tem fim, o que nos faz pensar em tudo o que já vimos até aqui: Todos devemos cantar hinos a Deus, ou todos devemos responder afirmativamente ao chamado de Deus. Todos devemos adorar o Senhor com alegria, apesar das nossas mazelas e situações. Devemos lembrar que Ele é o nosso Criador e Pastor. Somos então convidados a orar com ações de Graças, porque o Senhor é bom, amoroso e fiel.

Pensar na fidelidade de Deus é pensar numa aliança entre Deus e o homem, e sempre, quando essa aliança é quebrada só o é da parte do homem e nunca da parte de Deus. Deus é fiel eternamente, Ele não quebra alianças, somos nós que o fazemos.

Tudo isso nos mostra o segredo da Oração. Deus nos chama para buscá-lo e devemos fazer isso com alegria, não importa o que estamos sofrendo. Devemos lembrar que Deus é o nosso Criador e o nosso Pastor. Ele conhece profundamente as nossas estruturas. Entramos na presença de Deus em oração com agradecimento nos lábios e não com reclamações, sabendo que Deus é bom, amoroso e fiel.

Amém!

pslarios
Enviado por pslarios em 04/12/2015
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