Um nó meio difícil de desatar, na "seara religiosa", aqui em Salvador
Salvador, como é de conhecimento público, é a
África dentro do Brasil.
E, como tal, a baiana de acarajé - a grande maioria professando o Candomblé - é a figura mais genuinamente representa-
tiva da raça.
Ocorre que, por uma série de fatores (que não vêm
ao caso no momento) as igrejas evangélicas vêm conquistando gradativamente uma significativa fatia da população baiana.
E as relações entre evangélicos e seguidores do
Candomblé não são das mais afetuosas...
Não poucas das seguidoras dessas igrejas evangé-
licas, mesmo sabendo que acarajé é ingrediente indispensável para aqueles que professam o Candomblé, sustentam a si e as suas famílias com a produção / venda do acarajé, MAS SEM SE APRESENTAREM EM PÚBLICO OSTENTANDO AS VESTES CARACTERÍSTICAS DE BAIANAS DE ACARAJÉ - que são típicas do Candomblé -.
Um decreto municipal, há poucos dias promulga-
do, (tomara que não) parece que vai complicar a coisa :
Por esse Decreto, dentre outros enquadramentos a
que essas profissionais terão que se submeter (evangélicas ou do
Candomblé), um deles determina que A BAIANA DE ACARAJÉ DEVERÁ APRESENTAR-SE DEVIDAMENTE CARACTERIZADA, o que significa que essas baianas evangélicas terão de passar a usar além das vestes características da baiana outros utensílios (colares, etc, etc) que são típicos do Candomblé.
E a Prefeitura já avisou que vai cobrar o cumpri-
mento À RISCA do que o Decreto estabelece.
E é neste ponto que "a porca vai torcer o rabo"...