Uma janela para o multiverso
Publicado no Jornal do Commércio 29.11.2015
Através da ciência tomamos conhecimento da extensão dos mundos que hoje chamamos de “multiverso”. Nossa concepção ainda de pouco alcance nos revela que somos inscientes para entendermos a dimensão de tudo que a Divindade criou com a sua inesgotável Sabedoria.
Sendo a Doutrina Espírita embasada na trilogia Ciência, Filosofia e Religião, temos o entendimento abrangente de fatos que se elucidam à luz dessa Doutrina que esclarece, consola e nos impulsiona para a almejada redenção.
Com o estudo vamos a cada dia dissipando dúvidas e questionamentos que sempre nos assolaram durante toda a vida. O pilar de sustentação cientifica que tem sua base nas experiências inquestionáveis ao longo dos tempos dão espaço para que os preceitos filosóficos e religiosos, segundo a Palavra de Jesus, oportunizem o convencimento das Verdades absolutas anunciadas por Ele.
O ser humano nada mais é do que uma “janela” aberta para receber as influências do multiverso dando vez para que o Espírito interaja com os inúmeros fenômenos e vibrações que emanam do espaço infinito.
É por essa “janela” que ele viaja através das atmosferas externas libertando-se do corpo físico quando em repouso. As incursões empreendidas no espaço sem limites servem para que ele adquira novas experiências fora do cárcere corpóreo que o aprisiona.
Essa evolução é constante em respeito à lei do progresso que todos nós deveremos cumprir. A existência da vida terrena corresponde a um “estágio” na extensa caminhada que empreendemos e após cada período, deveremos refazer-nos do dédalo de sentimentos aflitivos buscando a correção de rumos e ajustes diante dos equívocos cometidos em vidas passadas.
A morte do corpo físico é o “passaporte” para a nova empreitada que após um tempo na intermissão, o Espírito retorna para novas experiências e consequente crescimento na escala evolutiva.
Em João 14:1-3, temos a palavra de Jesus:”...na casa do Pai tem muitas moradas” . Hoje a Ciência nos confirma a extraordinária quantidade de “mundos” que existe. Se assim não entendêssemos, estaríamos subestimando a Sabedoria Divina, já que teríamos um Cosmo imenso e ocioso... Para que então o Criador iria realizar um feito dessa magnitude? Onde estaria a lógica do custo/benefício? E como admitir a lei do progresso com algo tão expressivo na dimensão, mas sem utilidade alguma? E mais: por que nós teríamos que progredir com um exemplo dessa natureza partindo da Sabedoria Suprema?
Essa visão mais ampla e racional remove dúvidas e fortalece nossa Fé tudo que Ele fez, disse e deixou como exemplo. Cabe a nós como Espíritos em constante estado evolutivo concebermos essa Verdade e prosseguir a viagem que nos propusemos realizar pelo tempo que se fizer necessário para nossa purificação...
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalhador do Centro Espírita Caminhando Para Jesus