CONVERTAMO-NOS A DEUS QUE NOS CHAMOU
Penso não ter dado um conselho sem importância sobre a temperança; se alguém o seguir, não se arrependerá e salvará a si mesmo e a mim que dei o conselho. Não é pequena a recompensa de quem reconduzir à salvação o que se extraviara e se perdera. Podemos retribuir a Deus, nosso criador, se aquele que diz e o que escuta disser e escutar com fé e caridade.
Permaneçamos, pois, justos e santos em nossa fé e oremos com confiança a Deus que afirmou: Ainda estarás a falar e te responderei: Eis-me aqui (cf. Is 58,9).Esta palavra é sinal de grande promessa; porque o Senhor se mostra mais pronto a dar do que o suplicante a pedir. Participantes de tão grande benignidade, não invejemos um ao outro por ter recebido bens tão excelentes. Estas palavras enchem de tanto gozo aos que as realizam, quanto de reprovação aos rebeldes.
Irmãos, tendo assim uma boa ocasião de nos arrepender, enquanto temos tempo e há quem nos receba, convertamo-nos para o Senhor que nos chamou. Se renunciamos a nossas paixões desregradas, dominamos nossa alma. Negando-lhe seus desejos maus, participaremos da misericórdia de Jesus. Sabei, pois, já vem o dia do juízo qual fornalha ardente e parte dos céus se desfará (cf. Ml 3,19) e toda a terra será liquefeita como chumbo ao fogo. Neste momento, ficarão patentes as obras dos homens, as ocultas e as manifestas. Por isso, a esmola é boa como penitência pelo pecado. Melhor o jejum do que a oração; a esmola mais que estes dois: a caridade cobre uma multidão de pecados (1Pd 4,8).
Contudo, a oração, feita de consciência pura, livra da morte. Feliz quem for reconhecido perfeito nestas coisas; porque a esmola afasta o pecado. Façamos, portanto, penitência de todo o coração, para que nenhum de nós pereça. Se temos a obrigação de afastar os outros do culto dos ídolos e instruí-los, quanto mais devemos nos empenhar na salvação de todas as almas, que já gozam do verdadeiro conhecimento de Deus! Ajudemo-nos, então, um ao outro, de modo a reconduzir ao bem mesmo os fracos; para salvarmo-nos todos, não só cada um se converta, mas exortemo-nos mutuamente.[1]
Paz e Bem!
Penso não ter dado um conselho sem importância sobre a temperança; se alguém o seguir, não se arrependerá e salvará a si mesmo e a mim que dei o conselho. Não é pequena a recompensa de quem reconduzir à salvação o que se extraviara e se perdera. Podemos retribuir a Deus, nosso criador, se aquele que diz e o que escuta disser e escutar com fé e caridade.
Permaneçamos, pois, justos e santos em nossa fé e oremos com confiança a Deus que afirmou: Ainda estarás a falar e te responderei: Eis-me aqui (cf. Is 58,9).Esta palavra é sinal de grande promessa; porque o Senhor se mostra mais pronto a dar do que o suplicante a pedir. Participantes de tão grande benignidade, não invejemos um ao outro por ter recebido bens tão excelentes. Estas palavras enchem de tanto gozo aos que as realizam, quanto de reprovação aos rebeldes.
Irmãos, tendo assim uma boa ocasião de nos arrepender, enquanto temos tempo e há quem nos receba, convertamo-nos para o Senhor que nos chamou. Se renunciamos a nossas paixões desregradas, dominamos nossa alma. Negando-lhe seus desejos maus, participaremos da misericórdia de Jesus. Sabei, pois, já vem o dia do juízo qual fornalha ardente e parte dos céus se desfará (cf. Ml 3,19) e toda a terra será liquefeita como chumbo ao fogo. Neste momento, ficarão patentes as obras dos homens, as ocultas e as manifestas. Por isso, a esmola é boa como penitência pelo pecado. Melhor o jejum do que a oração; a esmola mais que estes dois: a caridade cobre uma multidão de pecados (1Pd 4,8).
Contudo, a oração, feita de consciência pura, livra da morte. Feliz quem for reconhecido perfeito nestas coisas; porque a esmola afasta o pecado. Façamos, portanto, penitência de todo o coração, para que nenhum de nós pereça. Se temos a obrigação de afastar os outros do culto dos ídolos e instruí-los, quanto mais devemos nos empenhar na salvação de todas as almas, que já gozam do verdadeiro conhecimento de Deus! Ajudemo-nos, então, um ao outro, de modo a reconduzir ao bem mesmo os fracos; para salvarmo-nos todos, não só cada um se converta, mas exortemo-nos mutuamente.[1]
Paz e Bem!
[1] Da Homilia de um Autor do século segundo (Cap.15,1-17,2: Funk 1,163-165)