O réu (2)

O réu (2)

Exagerei? Talvez no meu primeiro artigo colocar o Papa Francisco na condição de réu. É que de um lado os conservadores, do outro os progressistas no Sínodo no Vaticano, estudando as diretrizes na igreja católica. Ah! Ainda o povo para apoiar, condenar todos os assuntos debatidos ali.

O renovador Papa Francisco está bem no meio. Há aqueles declarando que ele nas suas decisões erra muito, e os eruditos assessores vivem corrigindo seus erros. Eu muitos também que somos seus admiradores de carteirinha, achamos que não. Papa Francisco possui uma coerência excepcional. Ele abomina esta coisa de condenação, não é que tenha de ter uma liberação geral... o debate referente aos fiéis católicos divorciados que podem ou não comungar, receber certos sacramentos. O nosso Papa vê com olhos de compreensão neste assunto. Como condenar as pessoas que simplesmente não deu certo na primeira união ou até outras pessoas que tiveram procedimentos não devidos, apontar o dedo para elas e dizer:

--- Epa! Você não é digno de participar aqui!!!

Entre os tradicionalistas declararam: --- as nossas decisões são baseadas nos versículos tais, nos evangelhos tais...

Mas e Jesus? Ele foi um autêntico reformador, todos os seus apóstolos ele os escolheu porque já eram santos? É claro que não. Quem agradou mais ao Senhor, aquelas pessoas naquele templo que oravam sem parar ou aquele homem quase mendigo que chegou na porta do templo e arrependido dizia:

-- Senhor, eu não sou digno de entrar em vossa casa!

E em se tratando de brasileiro e argentino, vamos usar a linguagem do futebol: -- vamos torcer para que o carismático e corajoso Papa Francisco permaneça dirigindo uma parte dos cristãos, sim, porque os cristãos embora separados não tem obrigação de obedecê-lo. Mas esta parte dos cristão que ele lidera tem que fazer a diferença, praticar aquela citação:

--- Ainda que tiveres o dom das profecias, participar em tudo na tua igreja, se não tiveres o verdadeiro amor, nada valerá... (pode ter algumas palavras trocadas, mas o foco do amor tenho certeza que é verdadeiro) e assim espero que o debate chegou em algum consenso bom e dignamente cristão.