Segundo os mestres cabalistas, para dar início ao universo, Deus se utilizou de processo que eles chamam de Tzimtsum.
Tzimtzum ou Zimzum (צמצום em hebraico) literalmente quer dizer "contração" ou "constrição". Esse teremo refere-se à noção que a Cabala tem sobre processo da Criação universal, tanto a do universo físico propiamente dito, quando á do universo espiritual, que ocorre concomitante a ele. De acordo com essa ideia Deus "contraiu" sua infinitude com a intenção de permitir a geração de um "espaço conceitual" dentro do qual um mundo finito e aparentemente independente pudesse existir. É como se Ele se contraísse dentro de si mesmo, concentrando toda sua potência em um espaço de pequenez infinita, que por conter tanta energia concentrada, em um dado momento teria que se manifestar. Por isso é que um iminente cabalist, ao ser inquirido por um aluno sobre o seu conceito de Deus, ele respondeu: Deus é pressão.
Esta contração da essência(ou energia) de Deus, conhecida como Tzimtzum, integra, como se pode perceber, o conceito do Big-Bang, defendido pela moderna ciencia físivca,segundo o qual o universo primacial estava contido em uma “região” ou átomo de extrema densidade energética, o qual, por estar assim tão densamente carregado, um dia explodiu. Dessa explosão nasceu o nosso mundo e, dentro dele, nós mesmos tivemos a nossqa oprotunidade surgir, como evento evolutivo dentro de um processo que já estava todo delineado dentroa mente de Deus. .
Isso quer dizer: Deus sempre existiu e ele é infinito. Mas sua existência não era algo que pudessemos chamar de real em termos de conhecimento humano. Ele era o que os cabalistas chamam de “Existência Negativa”, ou seja a energia imanifesta, que existia por si mesma. Então ela se contraiu, ou em termos científicos, se concentrou em um espaço limitado, para poder se manifestar positivamente.
Assim, a função do Tzimtzum é a de permitir a existência independente do mundo finito(o universo real) em relação ao infinito (Deus). Destarte, Deus, a Existência negativa, a energia latente, inconsumível, infindável, incorruptivel, imutável, tornou-se Existência positiva, dando a si mesmo o que se poderia chamar de um “corpo”, um organismo mutável, distinto de sua Essência primordial, sujeito á um nascimento, uma vida e uma morte, como a que se prevê para toda vida que medra no cosmo e para o próprio cosmo como unidade existencial (chalal panui חלל פנוי, chalal חלל0
)
Dessa forma o Tzimtzum corresponde ao "tempo-espaço" no qual o mundo existe como uma realidade criada por Deus. Nesse tempo-espaço Deus é usualmente referido como o "Ha-Makom" (המקום em hebraico) ou seja, "o lugar", "o onipresente", o que está em toda parte e por todo o tempo. Mas Ele não é esse espaço-tempo, ou seja, Deus está no universo, mas o universo não é Deus. Repete-se aqui a fórmula da Bagavhad Guita segundo a qual “ Deus está em nós, mas nós não estamos nele. Diferente, portanto, do conceito panteísta perante o qual o próprio universo é a divindade e nós, por sermos parte dela, também somos “parte de Deus.”[1]: Ou como ensina o sábio cabalista: Ele é o lugar do universo, embora o universo não seja seu lugar”[2]
Embora o conceito do Tzimtzum estabeleça a diferença de essência entre Deus e o universo, ele não chega á mesma ideia expressa na Bagavhad Guita, de que Deus não está no universo. Para a Cabala Deus está presente em todas as formas da sua criação, embora não se confunda com ela. Ele é, na verdade, o seu Supremo Arquiteto, ou seja, aquele que “pensa” e “dirige” o seu processo de construção. Ele é o centro de onde tudo emana, ou como diz o profeta Isaias, "A Glória de Deus preenche todo o mundo criado"[3]
Outra imagem que a Cabalá nos dá do Tzimtzum é aquela que explica a criação sendo feita em duas etapas: uma primeira, na qual Deus “diminui” e outra na qual Ele se concentra. Em hebraico, tzimtzum significa tanto “diminuir” quanto “se concentrar”. Assim, Deus começou o processo criativo diminuindo de tamanho para concentrar sua luz infinita, até o zero absoluto, que é igual ao total desaparecimento como valor positivo. Essa total redução de Si próprio era necessária para que o universo, em sua forma positiva, pudesse existir.
Como diz a Biblia ao historiar o início da criação, no princípio Deus criou o céu e a terra. Mas a terra era vazia e sem forma e havia escuridão sob a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Então Deus disse: haja luz e houve luz.[4]
Nessa fase, em que a Bíblia descreve o Criador em sua atividade preparatória para o inicio da Criação, os cabalistas ainda veem Deus em processo de Tzimtzum. Quer dizer, Ele ainda não se manifestou de forma positiva. É a partir desse ponto que Ele projeta para dentro do vazio inicial (a escuridão sobre a face do abismo) o seu raio de luz infinita ( chamado kav pelos cabalistas) e em torno dele o universo começou a existir. Esse raio de luz infinita(kav|) é como se fosse a alma do universo, pois constituí uma energia que percorre o nada cósmico, gerando as realidades tais quais as conhecemos. Mas como a nossa própria alma, essa energia também é oculta, não se revela aos nossos olhos, embora possamos saber que ela existe porque sua presença pode ser detectada em seus efeitos, tais como a eletricidade e a radiação, por exemplo. [5]
É esse raio de luz infinita que, projetando-se sobre o vazio cósmico formata os quatro mundos originais, conhecidos pelos nomes hebraicos de Atzilut,, Beriá, Yetzrá e Asyah ( Atziloth, Briah, Yetzirá e Assiáh em português).[6]
Esse raio (kav) se espalha pelos quatro mundos de emanação divina na forma de uma árvore ( a Árvore da Vida) desenvolvendo em cada um dos seus galhos ( séfiras ou séforas) uma etapa da criação universal.[7]
Tzimtzum ou Zimzum (צמצום em hebraico) literalmente quer dizer "contração" ou "constrição". Esse teremo refere-se à noção que a Cabala tem sobre processo da Criação universal, tanto a do universo físico propiamente dito, quando á do universo espiritual, que ocorre concomitante a ele. De acordo com essa ideia Deus "contraiu" sua infinitude com a intenção de permitir a geração de um "espaço conceitual" dentro do qual um mundo finito e aparentemente independente pudesse existir. É como se Ele se contraísse dentro de si mesmo, concentrando toda sua potência em um espaço de pequenez infinita, que por conter tanta energia concentrada, em um dado momento teria que se manifestar. Por isso é que um iminente cabalist, ao ser inquirido por um aluno sobre o seu conceito de Deus, ele respondeu: Deus é pressão.
Esta contração da essência(ou energia) de Deus, conhecida como Tzimtzum, integra, como se pode perceber, o conceito do Big-Bang, defendido pela moderna ciencia físivca,segundo o qual o universo primacial estava contido em uma “região” ou átomo de extrema densidade energética, o qual, por estar assim tão densamente carregado, um dia explodiu. Dessa explosão nasceu o nosso mundo e, dentro dele, nós mesmos tivemos a nossqa oprotunidade surgir, como evento evolutivo dentro de um processo que já estava todo delineado dentroa mente de Deus. .
Isso quer dizer: Deus sempre existiu e ele é infinito. Mas sua existência não era algo que pudessemos chamar de real em termos de conhecimento humano. Ele era o que os cabalistas chamam de “Existência Negativa”, ou seja a energia imanifesta, que existia por si mesma. Então ela se contraiu, ou em termos científicos, se concentrou em um espaço limitado, para poder se manifestar positivamente.
Assim, a função do Tzimtzum é a de permitir a existência independente do mundo finito(o universo real) em relação ao infinito (Deus). Destarte, Deus, a Existência negativa, a energia latente, inconsumível, infindável, incorruptivel, imutável, tornou-se Existência positiva, dando a si mesmo o que se poderia chamar de um “corpo”, um organismo mutável, distinto de sua Essência primordial, sujeito á um nascimento, uma vida e uma morte, como a que se prevê para toda vida que medra no cosmo e para o próprio cosmo como unidade existencial (chalal panui חלל פנוי, chalal חלל0
)
Dessa forma o Tzimtzum corresponde ao "tempo-espaço" no qual o mundo existe como uma realidade criada por Deus. Nesse tempo-espaço Deus é usualmente referido como o "Ha-Makom" (המקום em hebraico) ou seja, "o lugar", "o onipresente", o que está em toda parte e por todo o tempo. Mas Ele não é esse espaço-tempo, ou seja, Deus está no universo, mas o universo não é Deus. Repete-se aqui a fórmula da Bagavhad Guita segundo a qual “ Deus está em nós, mas nós não estamos nele. Diferente, portanto, do conceito panteísta perante o qual o próprio universo é a divindade e nós, por sermos parte dela, também somos “parte de Deus.”[1]: Ou como ensina o sábio cabalista: Ele é o lugar do universo, embora o universo não seja seu lugar”[2]
Embora o conceito do Tzimtzum estabeleça a diferença de essência entre Deus e o universo, ele não chega á mesma ideia expressa na Bagavhad Guita, de que Deus não está no universo. Para a Cabala Deus está presente em todas as formas da sua criação, embora não se confunda com ela. Ele é, na verdade, o seu Supremo Arquiteto, ou seja, aquele que “pensa” e “dirige” o seu processo de construção. Ele é o centro de onde tudo emana, ou como diz o profeta Isaias, "A Glória de Deus preenche todo o mundo criado"[3]
Outra imagem que a Cabalá nos dá do Tzimtzum é aquela que explica a criação sendo feita em duas etapas: uma primeira, na qual Deus “diminui” e outra na qual Ele se concentra. Em hebraico, tzimtzum significa tanto “diminuir” quanto “se concentrar”. Assim, Deus começou o processo criativo diminuindo de tamanho para concentrar sua luz infinita, até o zero absoluto, que é igual ao total desaparecimento como valor positivo. Essa total redução de Si próprio era necessária para que o universo, em sua forma positiva, pudesse existir.
Como diz a Biblia ao historiar o início da criação, no princípio Deus criou o céu e a terra. Mas a terra era vazia e sem forma e havia escuridão sob a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Então Deus disse: haja luz e houve luz.[4]
Nessa fase, em que a Bíblia descreve o Criador em sua atividade preparatória para o inicio da Criação, os cabalistas ainda veem Deus em processo de Tzimtzum. Quer dizer, Ele ainda não se manifestou de forma positiva. É a partir desse ponto que Ele projeta para dentro do vazio inicial (a escuridão sobre a face do abismo) o seu raio de luz infinita ( chamado kav pelos cabalistas) e em torno dele o universo começou a existir. Esse raio de luz infinita(kav|) é como se fosse a alma do universo, pois constituí uma energia que percorre o nada cósmico, gerando as realidades tais quais as conhecemos. Mas como a nossa própria alma, essa energia também é oculta, não se revela aos nossos olhos, embora possamos saber que ela existe porque sua presença pode ser detectada em seus efeitos, tais como a eletricidade e a radiação, por exemplo. [5]
É esse raio de luz infinita que, projetando-se sobre o vazio cósmico formata os quatro mundos originais, conhecidos pelos nomes hebraicos de Atzilut,, Beriá, Yetzrá e Asyah ( Atziloth, Briah, Yetzirá e Assiáh em português).[6]
Esse raio (kav) se espalha pelos quatro mundos de emanação divina na forma de uma árvore ( a Árvore da Vida) desenvolvendo em cada um dos seus galhos ( séfiras ou séforas) uma etapa da criação universal.[7]
(continua)
[1] O panteísmo é a doutrina que uma absoluta identidade entre Deus e a natureza, ou seja, Deus é a própria natureza e não existe como entidande independente dela.
[4] A Bíblia Hebraica- Sefer, São Paulo, 2006
[5] Ver Brachot 10a; Midrash Vayikrá Rabá, 4; Midrash Shocher Tov Tehilim, 103.
[6] Vide Capitulo ...Os Quatro mundos da Cabala
[7] Vide capítulo ...sobre a Árvore da Vida.