OS REIS MAGOS

OS REIS MAGOS

“Todos necessitamos de felicidade e paz: entretanto, felicidade e paz solicitam amor e renovação, tanto quanto o progresso e a vida pedem trabalho harmonioso e bênção do sol. Quanto mais amplitude em nossos conhecimentos mais responsabilidade em nossas ações. Através de nossos pensamentos palavras e atos {...} gastamos e transformarmos constantemente as energias do Senhor, em nossa viagem evolutiva, nos setores da experiência”. (Chico Xavier).

O Reino do filho do Homem é a Terra com a sua humanidade. Reino dos Céus é o lugar onde serão reparadas todas as injustiças do presente é a conquista dos fortes. O reino do Céu ainda é a mansão prometida aos simples e pobres da Terra, que vêm a mim (ao Senhor) isentos de soberba e de vaidade. A reflexão e a prudência, que são igualmente dons sublimes, subordinados ao ministério da vida espiritual. A reforma Íntima é individual e intransferível, não a podemos fazer para outrem e ninguém a poderá realizar por nós. Ora, reforma íntima nada mais é do que o desenvolvimento contínuo e progressivo das perfeições latentes que jazem em nosso espírito.

É indispensável requisito para a própria saúde. Sou assinante de uma mídia escrita bastante interessante, pois traz em seu bojo assuntos dos mais variados possíveis e comecei a ler ou a degustar como dizem alguns leitores o apreciadores de uma boa leitura. A superinteressante diz: “Os três reis magos não eram reis. Nem eram três e aí como fica a história da religião cristã”? Porém, um antigo documento conservado nos Arquivos do Vaticano lança certa luz, embora indireta e sujeita a caução, sobre a pessoa dos reis Magos que foram adorar o Menino Jesus na Gruta de Belém. A informação foi veiculada por muitos órgãos de imprensa e páginas da Internet.

Está no evangelho de Mateus (e se nele) “magos do Oriente” ficam sabendo do nascimento de Jesus e seguem uma estrada que os leva até Jerusalém. Lá eles vão até o palácio real e perguntam a Herodes onde é que vai nascer o “rei dos judeus”. O soberano consulta estudiosos das escrituras Sagradas, e informa aos magos que o nascimento deve acontecer na cidade de Belém. Então pede que eles voltem para confirmar o paradeiro de Jesus. Os homens mais uma vez seguem a estrela, agora até Belém (a 10 km de lá).

Então oferecem ouro, incenso e mirra ao recém-nascido. Depois, são alertados em um sonho que não devem contar a Herodes onde Jesus está, e voltam para casa por um caminho alternativo. Herodes, que era ele mesmo o “rei dos judeus”, não queria ser destronado, então mandou seus soldados matarem todos os meninos com menos de dois anos na região. Essa é uma história típica da mitologia em torno de Jesus-nenhum historiador busca evidencia de magos e estrelas-guias, claro.

O documento que dizem estar no Vaticano é conhecido como “A Revelação dos Magos”. Provavelmente seja algum “apócrifo”, nome dado aos livros não incluídos pela Igreja Católica na Bíblia. Portanto, não são “canônicos”, apesar de poderem ser de algum autor sagrado. “Canônico” deriva de “Cânon”, que é o catálogo de Livros Sagrados admitidos pela Igreja Católica e que constituem a Bíblia. Este catálogo está definitivamente encerrado e não sofrerá mais modificação. Há uma série de argumentos profundos que justifica esta sábia decisão da Igreja.

Entretanto, uma extrema ponderação em apurar a verdade faz com que a Igreja não recuse em bloco esses “apócrifos” e reconheça que pode haver neles elementos históricos ou outros que ajudem à Fé. Por isso mesmo, o Vaticano conserva a maior coleção mundial desses “apócrifos”, e os põe à disposição dos críticos de todas as religiões que queiram estudá-los. Segundo o site: cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/. A Igreja não tem medo de que possa sair qualquer coisa que desdoure a integridade e a santidade da Bíblia. Antes bem, deseja ardentemente encontrar qualquer dado que possa ajudar a melhor compreendê-la. O apócrifo “A Revelação dos Magos” aparenta ser um relato de primeira mão da viagem dos Reis do Oriente para homenagear o Filho de Deus. Reis Magos, Nicolás de Verdun (1130-1205). Urna dos Reis Magos na catedral de Colônia.

Só recentemente foi traduzido do siríaco antigo. O mérito é do Dr. Brent Landau, professor de Estudos Religiosos da Universidade de Oklahoma, EUA, que dedicou dois anos para decifrar o frágil manuscrito. Trata-se de uma cópia feita no século VIII a partir de algum original perdido que, por sua vez, fora transcrito meio milênio antes. Portanto, a fonte original desse apócrifo dos Reis Magos remonta a menos de um século depois do Evangelho de São Mateus. O documento levanta questões em extremo interessantes: quem foram ao certo, os Reis Magos? Foram três? Quais eram seus nomes? De onde vieram? Por quê? Vejamos primeiro o que nos diz a única fonte digna de fé religiosa, o Evangelho de São Mateus:

“1. Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém”.

“2. Perguntaram eles: Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer”?

“Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”.

“3. A esta notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele.

“4. Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo.

“5. Disseram-lhe: Em Belém, na Judéia, porque assim foi escrito pelo profeta:

“6. E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo (Miq 5,2)”.

“7. Herodes, então, chamou secretamente os magos e perguntou-lhes sobre a época exata em que o astro lhes tinha aparecido”.

“8. E, enviando-os a Belém, disse: Ide e informai-vos bem a respeito do menino”. Quando o tiverdes encontrado, comunicai-me, para que eu também vá adorá-lo.

“9. Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram”. E eis que e estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou.

“10. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria.

“11. Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.

“12. Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.” (São Mateus, cap. 2, 1ss).

Continuando com as observações da Super: Acreditar nela ou não é questão de fé. Mesmo assim, alguns elementos dessa fé distanciaram-se do que está na Bíblia. Por exemplo: não há menção a “reis”. “A tradição popular é que definiu isso, porque trouxeram presentes caros”, diz Irineu Rabuke. O Evangelho, aliás, nem diz que eles eram três, só se sabe que era mais de um, já que são mencionados no plural. Os nomes deles também não aparecem. As alcunhas “Gaspar”, “Melquior” e “Baltazar” são de textos do século 5. O mais provável, enfim, é que esses personagens de Mateus sejam inspirados em sacerdotes do zoroastrismo, uma religião persa ligada à astrologia- daí a “estrela de Belém” e os “vindos do Oriente”, onde ficava a Pérsia (que hoje se chama Irã).Bom, se eles foram imaginados como persas mesmo, essa história tem algo de inusitado do ponto de vista geopolítico, como lembra o americano Crossan: “Acho irônico que, no meu País, nós tenhamos três iranianos nos nossos presépios”. A possibilidade de Jesus ter nascido no dia 25 de dezembro é baixa: uma em 365.

Na realidade não devemos interferir na fé alheia. O nome “mago” era sinônimo de “sábio”. O tratamento dado a eles como grandes eruditos, prudentes e judiciosos, provinham do fato de os sacerdotes da Caldeia serem muito voltados para a consideração dos astros com uma sabedoria que surpreende até hoje. A eles devemos o início da ciência astronômica. Sem dúvida, seu caráter de “magos”, reconhecido pelo Evangelho de São Mateus, aponta para a área da civilização caldeia (cujo epicentro foi no atual Iraque, mas incluiu diversos países vizinhos, entre eles o Irã). Com a decadência moral, os “magos” caldeus viraram uma espécie de bruxos, divulgadores de toda espécie de superstições.

Os Três Reis Magos teriam sido os últimos sacerdotes honrados daquele mundo pagão que aspiravam sinceramente conhecer o Salvador. Relicário dos Três Reis Magos, catedral de Colônia. Neste caso, foram exemplos arquétipos do pagão de boa fé que deseja conhecer a verdadeira religião, e que assim que a encontra adere a ela sem demoras nem restrições. A festa da adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus recebeu o nome de Epifania do Senhor. Epifania vem do grego: πιφάνεια que significa “aparição; fenômeno miraculoso”. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 16/09/2015
Código do texto: T5384458
Classificação de conteúdo: seguro