O QUE APRENDI COM GÊNESIS 3 - O MOTIVO DA TORRE DE BABEL

O DESEJO DE CAIM SER O MESSIAS

Deus permite que alguns equívocos nos aconteçam, como o de Caim, o primogênito de Adão e Eva, imaginar que poderia ser o Messias – O Salvador do Mundo. Deus não perde oportunidade e até nos equívocos nos ensina sobre o Plano da Salvação.

Em Gênesis 3:15, que é considerado como o proto-evangelho, ou o prenuncio e resumo do Evangelho, ou o pequeno Evangelho, na hora do julgamento da serpente, Deus diz que um homem pisaria na cabeça da serpente e a serpente lhe morderia o calcanhar.

Se perguntássemos para Adão e Eva no Jardim do Éden, se eles sabiam o que era pecado, eles poderiam responder que não sabiam o que era o pecado como explicado por Paulo, tão detalhadamente em Romanos, ou segundo a Teologia Sistemática, mas saberia ainda assim dizer que pecado era comer do fruto da árvore que estava no meio do Jardim, que Deus disse que não era para comer. O que não sabiam é que existia uma outra árvore e fora por essa outra árvore que foram expulsos.

Expulsos do Jardim, Adão e Eva tiveram um filho, Caim e com certeza os seus pais lhe falaram exaustivamente sobre como era o jardim, a presença de Deus, dos anjos e dos animais que vivem no Jardim, assim como a vida ali era mais fácil de se viver, e que ainda existia uma profecia que dizia que o filho de Eva, portanto Caim, não existia outro até então, pisaria na serpente, isto é, a derrotaria e a ordem seria restabelecida do caos.

Mas com certeza absoluta Caim cresceu imaginando que ele era o salvador do mundo, o que significa a palavra Messias. Algo iria acontecer que daria condições para Caim ser o salvador. Mas os anos passaram e Adão e Eva um dia tiveram outro filho: Abel. Uma pulga instala-se atrás da orelha de Caim, mas enquanto o jovem Abel era pequeno, não causava tanto perigo. Porém um dia Abel fez algo que chamou a atenção de Deus e Deus dá testemunho dele, dizendo que aceitou a sua pessoa e a sua oferta. Caim imediatamente também quis ofertar, mas nem a sua pessoa e nem a sua oferta foram aceitas.

Isso culminou que com inveja, raiva e frustração de não ser o Messias, ele acabasse matando o irmão Abel. E ai ele fugiu dos familiares e de Deus, quer dizer, ele agora não tinha mais que dar satisfações a ninguém e poderia expor completamente o pecado dentro de si.

O CULTO DE ABEL APONTAVA PARA A ERA DA GRAÇA

Todas as vezes em que formos ler, estudar ou ensinar o Antigo Testamento, nós devemos ter em mente o Novo Testamento e seus ensinos, mas além disso existem outras ciências que podem nos ajudar a entender melhor a Bíblia e o que Deus quer falar conosco. Existe uma maneira pouco usual de se observar a história de Caim e Abel, onde o irmão mais velho acabou matando o irmão mais novo. Eu não sei se você já ouviu aquela idéia que diz que existem dois lobos dentro da gente, um completamente bom e o outro completamente mau; pensar em Caim e Abel é pensar que o homem (a mulher também), o ser-humano, tem dentro de si dois homens, um bom e o outro mau. Temos dentro de nós vivendo em desarmonia, o nosso Caim e o nosso Abel. Um, por ter os motivos errados, peca e o outro por ter os motivos corretos, acerta. Na questão do lobo bom e o lobo mau, surge a pergunta: Quem é o mais forte e a resposta é: Aquele que você mais alimenta. Da mesma maneira quem estamos alimentando, o nosso Caim ou o nosso Abel?

E essa questão de termos um lobo bom e um lobo mau dentro de nós, o Novo Testamento resume dizendo que temos um Velho Homem do Pecado e um Novo Homem em Cristo; nós temos um velho Adão (o pecado) e um novo Adão (um santo). Portanto, Caim e Abel tipificam com exatidão o lobo mau e o lobo bom em nós; o pior e o melhor, a quem nós damos mais alimento, é o mais forte, o que predomina.

Abel, o segundo filho de Adão e Eva não tinha pretensões de ser o Messias e diferente do irmão que era lavrador da Terra, um agricultor, portanto um trabalho muito digno, ele cuidava de animais, um trabalho também muito bom. Num certo dia Abel fez um gesto que ecoa na eternidade até hoje: ele matou um bezerro e o ofertou a Deus. Abel realizou o primeiro culto do mundo.

A partir de agora vemos uma nova ordem surgir, pois a antiga ordem passara. Enquanto que Caim vivia do passado, onde com certeza seus pais lhe falaram de um tempo em que viviam no Jardim do Éden e Deus lhes vinha ao encontro na viração do dia, todos os dias, Caim fez diferente e assumiu, com seu gesto, que era tempo de buscar a Deus, pois Deus já não estava tão acessível como outrora. O homem perdera a comunicação fácil, fluente, com Deus e agora precisavam buscá-lo e implorar o seu favor.

O gesto de Abel foi fantástico, ele matou um animal e ofertou a Deus, um animal inocente morria pelo homem pecador. Seu gesto aponta diretamente para Cristo e a Cruz, onde desde Gênesis 3.15, vamos entendendo que Deus provia para si uma satisfação para a absolvição do pecado do homem.

Abel apontou para um novo tempo. Abel apontou para a Era da Graça, o Novo Testamento, pois o que fez foi pela fé, portanto falou de Graça, de salvação. Abel foi inspirado pelo Espírito Santo, pois o homem nada pode fazer em prol da sua salvação. A salvação sempre vem de cima, de Deus e nunca parte da vontade terrena do homem. Qualquer ato que envolva salvação partiu de Deus e cabe a nós responder afirmativamente ao nosso chamado.

No primeiro culto do mundo, na primeira vez em que invoca-se a divindade (o que acabou sendo copiado por Satanás à exaustão), Abel ofereceu um presente a Deus, ou uma oferta, ou ainda, o dizimo. Dízimo é um negócio tão complicado que aquele que ofereceu o primeiro dízimo no Antigo Testamento morreu e no Novo ao se falar sobre a coleta, Ananias e Safira também morreram. Dízimo é coisa de vida ou morte.

Os acertos de Abel mostram os erros de Caim. Abel, inspirado por Deus e pela fé, sacrificou um animal inocente e o ofertou a Deus. Esse gesto aponta diretamente para a Cruz de Cristo. E se Abel aponta para a Cruz, aponta para o Novo Testamento, que é a Dispensação da Graça. Ou seja, Abel apontou para o futuro, ultrapassando em muito, não só de forma temporal, a dispensação da Lei que tinha o Sistema Sacrificial como coração.

Caim, movido pela inveja fez também um culto e apresentou a Deus o que tinha, do fruto da terra: frutos e verduras de dias. A sua oferta não era primícias, mas a sobra, o resto. A idéia de Caim era ofertar a Deus para que Ele olhasse do Céu e o aceitasse e não ao seu irmão. Ele ofertou com os motivos errados. Caim ofertou querendo superar a oferta do outro e não porque estava interessado em ofertar algo a Deus. Seus motivos eram egoistas, pois ele queria algo de Deus, portanto seu ato não foi movido pela fé, não foi inspirado, mas motivado pela ganância. E isso explica porque tanta gente dá o dizimo e nada recebe: Deus não pode ser comprado e não se vende por um coração motivado pelo pecado ganancioso.

De alguma maneira a aceitação da oferta de Abel foi patente, pois todos viram e ouviram. A oferta correta trás a aceitação da parte de Deus.

A simplicidade do culto de Abel deve nos chamar a atenção, pois tão diferente dos dias de hoje em que temos pastores estrela, dominadores, movidos por motivos que são verdadeiro fogo estranho; ou de irmãos estrela que pela quantidade ou volume de sua oferta acredita ser mais aceito por Deus do que outros que não fazem como ele, ou então aqueles que iludidos pela religião, acreditam que evitar fazer certas coisas, como ouvir musica, ou ir ao cinema e fazer outras, como usar paletó e gravata, num calor de trinta e poucos graus, ou usar saia até o pé vai comprar a Deus.

Abel não queria ser líder de nada e nem dominar ninguém. Abel não ofertou para os outros verem, mas movido pelo Espírito Santo. Abel mostrou um caminho melhor de se cultuar a Deus: pela fé e não por obras e não pelo seguir um Sistema Sacrificial, apenas, que não podia salvar, mas pela Graça, pela inspiração, pela revelação do Espírito Santo. O culto de Abel apontou diretamente para a Era da Graça.

Não entendendo nada disso, Caim acabou matando a Abel, seu irmão. A morte que já tinha entrado espiritualmente no mundo, agora era fato consumado. Depois da morte de Abel, Caim fugiu para a terra de Node. Alguns teólogos e historiadores acreditam que a terra de Node significa o mundo, ou andar vagueando e não propriamente uma cidade, ou uma localidade. Em prestar contas a Deus, ou à família, Caim poderia dar a completa vazão para o pecado que morava dentro de si. E ai a humanidade se corrompeu a tal ponto que Deus resolveu destruir a humanidade. Porém um homem achou graça diante de Deus: Noé.

A LIGAÇÃO DA ARCA DE NOÉ E A TORRE DE BABEL

Devido aos ensinos sobre a Arca de Noé e da Torre de Babel nos dizerem muito, não ligamos os acontecimentos, observando a Bíblia de uma forma global. Que ligação tem a Arca de Noé e a Torre de Babel? São acontecimentos encadeados, onde no primeiro mostra a provisão de Deus para a salvação humana e no segundo a tentativa frustrada do homem se salvar.

A ARCA DE NOÉ APONTA PARA A GRAÇA

“Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.” Hebreus 11:7

Hebreus 11 nos fala sobre a fé e sobre personagens bíblicos que agiram pela fé. Cada fé demonstrada tem uma realização diferente. A fé de Noé é a fé que condena o mundo. Noé era um homem justo que ensinou a sua família valores morais, dando encorajamento espiritual e apoio, frente a um povo violento e perverso que estava a seu redor.

A fé de Noé é a fé que busca a presença de Deus, que se converte e acredita no que Deus diz. Noé pregou pelo período de 120 anos, segundo alguns historiadores. Há controvérsias grandes sobre a maneira que ele pregava, pois não era a maneira dos profetas do Antigo Testamento e nem era uma pregação nos moldes do Novo Testamento. Presume-se que o seu ato de fazer a Arca, tenha sido a própria pregação. E isso é interessante, o que fazemos para Deus, ou o ir ao culto e viver uma vida cristã, já serve como uma pregação, frente a um mundo perdido no pecado.

A fé aponta para um novo tempo, sempre. Ao fazer a Arca, Noé acusou o mundo antigo e as pessoas que zombavam dele. A fé de Noé mostra um mundo perdido, sem solução, em juízo, condenado, e aponta para um novo futuro, um outro mundo.

A Bíblia nos diz que Deus avisou a Noé que um grande Díluvio estava vindo e que ele deveria preparar uma enorme Arca. A Arca de Noé não era um barco, mas antes uma enorme caixa que ficou a deriva nas águas do Díluvio durante 1 ano e 6 dias. Para ser um barco faltavam três coisas básicas: um leme, uma maneira de propulsão, que poderiam ser velas, e uma âncora.

Deus avisou em Gênesis 6 a Noé que o fim de toda a carne estava próxima e que ele e sua família deveriam entrar na Arca, assim como um par de cada animal. Sobre os animais entendemos o quão Deus achou importante preservar os ecossistemas, para a sobrevivência do homem na Terra. Vivemos na Terra e dependemos dos recursos que ela tem. É de chamar a atenção que um primeiro ato de Deus nesse mundo fosse fazer um Jardim. Em outras palavras, Deus preparou o ambiente para a existência do homem. Sob uma visão macro, o mundo é um Jardim, a nossa bioesfera e ecossistema, por isso deveríamos cuidar do mundo, da nossa casa, de maneira muito melhor, com uma maior preocupação de preservação.

Existem muitas lições na Arca de Noé, e uma das mais importantes é a da ordem dos seus habitantes. (Gênesis 7.7) Os homens e mulheres deveriam estarem separados dentro da Arca. De um lado estavam as mulheres e do outro estavam os homens. Isso tem um significado importante: apesar da preservação daqueles que agem direcionados pelo Espírito Santo, pela fé que é inspiração revelada, seria inaceitável viverem uma vida normal na Arca, tendo os casais relações sexuais, como se nada estivesse ocorrendo lá fora.

“Relações maritais são proibidas durante o tempo em que o mundo está submerso em tristeza e tragédia. Seria totalmente inapropriado para Noé e sua família, continuarem suas vidas como se tudo estivesse normal, em um momento em que a destruição literalmente chovia dos céus sobre o mundo. Mesmo que o dilúvio fosse inevitável, e que a corrupção humana o tivesse causado, os tripulantes da arca são proibidos de ignorarem a dor e o sofrimento que ocorria do lado de fora." Rashi.

A Bíblia freqüentemente nos avisa que é imoral para o homem viver em uma espécie de "vácuo" sentimental. Somos proibidos de ignorar a dor e o sofrimento dos outros.

A Arca de Noé prefigura um tipo de salvação, onde se condena o mundo corrompido no pecado e a salvação provida por Deus, para os que acreditarem nEle. A Arca também nos fala de Batismo nas águas, onde aqueles que mergulham nas suas águas são espiritualmente mortos para a antiga vida e vivos e prontos para uma nova vida em Cristo.

A Arca foi a provisão de Deus para salvação e refugio para escapar do juízo. Todos os que entraram na Arca foram salvos da ira de Deus.

A atitude de Noé, imediatamente ao eles saírem da Arca, mostra que ele era realmente um homem diferenciado na sua geração. Noé levantou um altar e sacrificou a Deus, subindo a fumaça como cheiro suave a Deus. A resposta de Deus a isso foi um arco-iris. Estava firmada uma aliança entre Deus e os seres humanos, desde então.

A ação de Noé de levantar um altar e oferecer um sacrifico é um culto, assim como o foi o de Abel e aponta para Jesus Cristo, portanto para o Novo Testamento.

A TORRE DE BABEL APONTA PARA A RELIGIOSIDADE

Enquanto que a Arca de Noé é a provisão de Deus para a Salvação, a Torre de Babel é a tentativa frustrada, portanto falha, de salvação humana sem Deus. A Arca aponta três coisas básicas para nós.

1- A TORRE DE BABEL COMO FORMA DE DOMINAÇÃO

Gênesis 11 fala que os homens encontrando uma localidade na terra de Sinar, decidiram fazer uma cidade e uma torre que tocasse os céus, para que não fossem espalhados pela terra. Esses homens que tinham uma mesma língua, quer dizer, tinham uma mesma idéia, ou plano, fazer uma torre.

A história da Torre de Babel remete-nos diretamente a Babilônia, que era uma mistura de astronomia, com astrologia, misticismo, feitiçaria e idolatrismo. A Torre de Babel funda as bases da Globalização, que é a tentativa do homem fazer suas alianças sem Deus.

Sempre que os homens se juntam para criar algo sem Deus, tem por detrás a vontade de dominação de outro ser humano. A idéia de uma cidade e de uma torre serviriam de comércio e de ponto religioso, assim como ponto turístico, que trariam divisas (dinheiro) aos seus habitantes. Com certeza o seu rei se proclamaria como líder religioso e a Torre seria uma grande religião idolátrica no mundo.

Deus acabou com a festa, dizendo palavras enigmáticas para nós: “Desçamos para ver o que estão fazendo”, como se Deus não fosse onipresente; entretanto essa fala denota por outro lado a revelação que Moisés, o escritor de Gênesis, tinha.

A maneira de Deus dispersar todo esse povo foi confundindo as suas línguas. A lição nos fala que todas as vezes em que os homens se reunirem para fazer algo, excluindo Deus e indo contra Ele, não falarão a mesma língua, ou seja, não se entenderão.

2- A RELIGIÃO COMO FORMA DE PODER.

É mais que óbvio que essa Torre tinha uma idéia idolátrica por detrás. Com certeza fora inspirada pelo Diabo para destruição daqueles homens. Se Deus não confundisse as suas línguas, ou seja, as suas falas e idéias, não haveriam mais restrições para os homens, em relação ao pecado.

A religião é algo muito bom, desde que esteja na direção de Deus, mas quando estão nas mãos de pessoas mal intencionadas, poderão ser uma forma de dominação pela religião. Vivemos rebatendo as idéias de alcançar a Deus pelas obras, apesar de que temos que ter obras de fé.

DÍZIMO - Uma das coisas mais perniciosas hoje em dia é a maneira como se prega o Dízimo. Existem muitas pessoas ensinando sobre o Dízimo de forma que algo espiritual e tão bom acabe sendo usado de forma castradora e dominadora. Devemos dar o Dízimo sim, para manutenção da Igreja, mas nunca deveríamos imaginar que nada do que possamos fazer irá comprar a Deus. Dar o Dízimo como forma de forçar Deus a nos abençoar pode é ter o efeito contrário. Deus não é um poder, mas é uma pessoa e mais Deus é Deus e portanto Ele pode ler a nossa mente e o nosso coração e ver os motivos que nos movem a entregar o Dízimo.

Tem um monte de gente frustrada por não entender que Deus não está abençoando a sua vida, apesar de ele ser é 100% dizimista. O problema é que entregar o Dízimo como forma de obrigar a Deus a fazer algo, como frases loucas como essa: “Deus tem que me abençoar, pois eu dou o Dízimo e não aceito falta de nada”, é a maneira mais rápida para Deus não abençoar.

O Novo Testamento nos mostra muitas vezes que o que conta com Deus é compartilhar com os irmãos. Deus dá riquezas, sim ele dá, se quiser, desde que estejamos com os motivos corretos e não egoístas. Deus prospera o seu povo para que ele possa ajudar outros. Quem quer ter prosperidade só como acumulo de riqueza pessoal, ou como forma de mostrara outros que tem e que pode, não entendeu nada até agora do que seja cristianismo e sinto dizer, que muitas Igrejas também não estão ajudando o povo a ser esclarecido.

LIBERTAÇÃO – Carecemos ainda de sermos libertos da dominação pela religião. Muitas Igrejas com liturgias antigas querem dominar as pessoas pelas roupas, pelo mau entendimento da santidade, ou pelas exclusões ou afastamento dos trabalhos, o que chamamos de “ficar no banco”. Infelizmente muitos pastores estrelas estão fazendo um desserviço para Deus e não estão ajudando. Quando a religião está dominando dentro da Igreja, espiritualmente saiba que uma Torre foi erguida e que por isso mesmo, não permanecerá.

Tem uma frase que diz assim: “Poderemos enganar algumas pessoas durante um tempo, mas não poderemos enganar a todos o tempo todo.”

3- A TORRE COMO FORMA DE SE PRECAVER DE DEUS

O fato mais importante e impressionante sobre a Torre de Babel é que ela era uma maneira de se precaver de Deus. A Torre era a maneira humana de salvação, pois havia nela a idéia de chegar aos Céus, sem Deus. Com certeza os homens daquela época ouviram falar do Dilúvio e quiseram fazer agora uma Torre que, estando num local alto, seriam mais alta do que as possíveis águas de um novo Dilúvio que poderia ocorrer no mundo.

Existem grandes seguimentos que dizem que Deus não existe, assim como a ciência que tenta provar de todas as formas eu o Inferno não existe, assim como o juízo divino é uma aberração e não deveríamos prestar atenção. Outros tantos seguimentos tentam deturpar os ensinos bíblicos de tal forma que amenizem as dores das pessoas, negando que o mal do homem seja o pecado e que o pecado acarreta juízo, se não houver conversão.

Quando as nossas Igrejas Evangélicas começam a pregar que ninguém deve sofrer mais, e que o seu sofrimento vai acabar agora, existe uma idéia de que Deus não vai mais te tocar. É a síndrome de Jó, que disse pra Deus o defender de Deus, quando invocou um advogado que o defendesse de Deus. Assim como para Jó ele entendia que o seu problema não era o Diabo, pois esse não o podia tocar, se Deus não permitisse, é essa a idéia que nós temos e entendemos: o nosso problema não é o Diabo, mas Deus, ou melhor dizendo, como anda o meu relacionamento com Deus.

DÍZIMO, DE NOVO - Alguns acreditam que podem ganhar o coração de Deus pelo tamanho do seu Dízimo. Outros acreditam eu ter uma Igreja cheia é sinônimo de uma Igreja que está no caminho correto. Eu até me arrisco a dizer que o contrário é o mais correto. A Igreja é para poucos e não para multidões. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Se temos uma Igreja cheia de gente, enquanto estamos pregando o verdadeiro Evangelho, ótimo (apesar de que acho bastante difícil isso acontecer), mas se a Igreja está abarrotada e nós pra isso temos que ficar recorrendo a truques, como rosas, óleos ungidos, bazares milionários, bingos, rituais, shows musicais, todo dia uma nova conversa ou conta para pegar o Dízimo dos outros, campanhas com os nomes mais absurdos possíveis, assim como os motivos mais fúteis ou egoístas possíveis, dessas campanhas, estão sob o olhar de Deus.

O absurdo maior é alguém recorrer a Deus, gastando todas as suas energias e dinheiro sendo fiel ao dizimo nos mínimos detalhes, para ter dinheiro e não sofrer, se Deus mandar sofrimento ao mundo. Entendeu isso ai? A prosperidade usada de maneira errada é uma forma de Torre de Babel, ou de prevenção para Deus não pesar a mão sobre o dizimista fiel. Eu já ouvi de gente sincera, mas ensinada errado, que se Deus não o abençoasse, sendo ele, ou ela, dizimista fiel, e não levasse para longe as suas contas e mazelas, ele, ou ela iria se desviar de Deus.

A pregação de hoje em dia tenta se precaver de Deus. As pessoas gostam de ouvir como não sofrer, não estar desempregado, não ter doenças, ou como não devemos aceitar certas coisas nem de Deus, incorrendo numa aberração que é exigir de Deus as promessas de Deus.

Infelizmente temos visto muitas Igrejas que pregam de tal forma e são aceitas por seus tantos fiéis, que comprovam que estão levantando suas Torres de Babel, dentro da Igreja de Deus e isso é inaceitável.

Amém? Fique na paz.

Paulo Sergio Larios

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Enviado por pslarios em 07/09/2015
Reeditado em 07/09/2015
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