JULGANDO SEGUNDO A RETA JUSTIÇA
Será que devemos julgar? Acaso Deus não é o único juiz? Se isso fizermos, como devemos fazê-lo? É tempo de juízo? Vejamos:
Tenho ouvido e também lido sobre o tema. E parece que a opinião da maioria é que não devemos julgar a ninguém, já que o juízo pertence a Deus, o qual é o único juiz.
Entretanto todos os dias uma parcela considerável de pessoas faz julgamento. E, em muitos casos, eles são devidos. Aliás, se nós julgássemos a nós mesmos não seriamos condenados, segundo um texto do apóstolo Paulo. I Co. 11:31.
Alguns textos bíblicos sobre julgamento nos credencia isso fazer. Diz um deles: “Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos!” I Co. 6:1-6.
O texto fala de julgamento de demandas que por desventura haja entre irmãos, e que devem ser julgadas no âmbito da igreja e por ela, não por tribunais de ímpios.
Deus diz por Paulo que devemos condenar o pecado, e isso só é possível se fizermos ponderação e julgamento do que é justo ou injusto. Assim também quando reprovamos as más ações que vemos por publicações pela mídia tele jornalística ou midiática. Quando reprovamos estamos julgando.
Aliás, Jesus mandou que julgássemos. E disse como, veja:
“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” Jo. 7:24.
Que é ela? Os mandamentos de Deus.
O que ocorre é que podemos querer exercer juízo condenatório antes do tempo devido sobre determinadas questões que não nos compete. Porque, segundo Paulo, devemos julgar os da comunidade cristã, enquanto que o julgamento do mundo é atribuição de Deus. Veja:
“Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará.” I Co. 5:11 a 13.
A justificação ou condenação será atribuição de Deus, mas segundo critérios já definidos por ele e exarado nas Sagradas Escrituras. Mas ele dará a sentença, já que o julgamento será atribuição dos santos, os quais julgarão até os anjos caídos, veja:
“Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas?” I Co. 6:2.
Vede que instrução dá o Espírito Santo por Paulo:
“Julgai todas as coisas, retende o que é bom.” I Ts 5:21.
Portanto, não devemos ser precipitados no julgar, mas não devemos nos escusar de julgar. Isso sem descuidar que seremos julgados com mais rigor, pelo fato de termos conhecido a verdade, pela qual Deus vai julgar o seu povo e o mundo, segundo Sl. 96:13 e 98:9.
Oriximiná-PA, 03/09/2015
Por Oli Prestes
Missionário