O QUE APRENDI COM EFÉSIOS

INTRODUÇÃO

Com menos de um ano na Igreja eu já fazia esboços sobre todos os livros bíblicos e tentava organizá-los de forma prática e devocional, para que eu mesmo os entendesse melhor. Isso acabou sendo levado à Igreja e preguei durante os anos baseado nos esboços dos livros da Bíblia. Entretanto é a primeira vez que venho publicamente postar na Internet esboços sobre a mensagem dos livros biblicos, sendo que já fazem alguns anos que não fazia isso. Alguns esboços dessa série saíram em meio dia, como Romanos, outros, entretanto demoraram mais um pouquinho só de tempo, coisa de dois ou três dias. Porém eu senti um peso e uma responsabilidade maior em escrever sobre Efésios, que é considerada a Carta mais espiritual da Bíblia e a síntese de todo o pensamento de Paulo. Durante vários dias eu nem sabia como começar a carta e piorou elaborar um esboço prático e coerente.

Segui os dias orando a respeito e simplesmente numa hora veio a mim a idéia do Espírito Santo de como fazer isso. As minhas dificuldades estavam principalmente no capítulo 1, quando nos fala que “somos abençoados com toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo Jesus.”

Todos esses esboços não substituem você de fazer as suas meditações, o contrário deveria ser verdade e esses esboços devem levar a Igreja (você) a estudar mais os livros da Bíblia. Esses são os entendimentos que Deus me deu e sabendo que a revelação não é de particular interpretação, não são estanques e definitivos, assim como também a revelação é progressiva, quanto mais você aprende, mais o Espírito ensina; o que também reflete na história, pois desde a Igreja Primitiva (a Igreja de Atos) até a vinda de Cristo, a Igreja vai com o tempo tendo revelações que as gerações anteriores não tiveram, daí a importância também de pregarmos exatamente o que o Espírito Santo nos manda pregar e não outra coisa. Tenho comigo que as revelações que ainda sobrevirão ao mundo, são bíblicas, ou seja, quanto mais você estuda a Bíblia e seus livros, mais coisas o Espírito vai nos mostrando.

Esses esboços que estou fazendo em nada parecem com os primeiros de vinte anos atrás. O tempo me fez acumular algum conhecimento e revelação, assim como entender o que pode ser prático a ensinar para a Igreja, em detrimento a outros tantos textos que precisaríamos de mais tempo juntos e que não são para todos, mas para os mais estudiosos. Existem coisas na Bíblia que só dá pra falar pra quem entender a língua falada, que se reflete nos termos usados que alguns são extremamente técnicos, como são muitos em Gálatas e em Romanos. Alguma coisa da Bíblia o ouvinte p´recisa ter uma panorâmica da época, dos costumes, e muito de um entendimento razoável do Antigo Testamento, o que aliás a Igreja atual não está ajudando muito, pois a maneira que pregam o Antigo Testamento não é ensino, mas tem muito de fogo estranho.

Eu já alcancei o meu objetivo, aquilo que Deus colocou no meu coração, já no estudo anterior, a partir daqui é lucro. Pretendo ainda estudar nesse espaço sobre alguns dos livros do Antigo Testamento, com a visão do Novo Testamento.

A Igreja tem pregado em nossos púlpitos uma palavra de tal modo que até parece que não existe um Novo Testamento. O contrário precisa ser verdade. Com todo o conhecimento que temos do Novo Testamento voltamos a estudar o Antigo Testamento observando como a revelação foi se mostrando progressiva e onde a Trindade entra em cada uma de suas passagens. A Bíblia é coerente com ela mesma, portanto ao voltarmos para o Antigo Testamento, o texto não pode mais ser visto como uma final em si mesma: O Novo Testamento precisa explicar todo e qualquer texto no Antigo Testamento. Essa observação do Novo Testamento sob o olhar do Novo, além de prazerosa nos faz crescer em conhecimento e estatura espiritual.

Bom estudo.

CAPÍTULO 1 – ABENÇOADOS EM JESUS

1 - ABENÇOADOS COM TODA SORTE DE BENÇÃOS (1.3-14)

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.” (Efésios 1.3)

Me lembro que a alguns anos atrás li num livro sobre essa passagem, onde o irmão dizia que Deus já nos abençoou com toda a sorte de bençãos, mas que elas estavam no Céu, ou no Reino do Espírito e precisaríamos nos consagrar e orar até que essas bênçãos se tornassem realidade em nossa vida presente. Essa fala dirige até hoje a minha vida. Em Deus nos Céus, toda a sorte de bênçãos que eu precise para essa vida já existem, mas estão lá, no Céu. O problema então é: Como fazer que a benção que está no Céu venha até a minha vida?

O problema não é saber que temos bênçãos em Deus, isso a gente já sabe, A Bíblia está cheia de promessas, mas como fazer para tê-las hoje, e se não as temos ainda, como fazer para ter essas bênçãos? Não acredito que há uma regra geral, mas que existem princípios para todos, como consagração pessoal, ou seja: santidade, oração, jejum, e colocar racionalmente e espiritualmente em prática aquilo que Deus nos revela.

Recentemente ouvi um principio antigo dito por um pregador na TV: Quando não tiver uma nova revelação, ande na revelação que Deus lhe deu. Quando se diz: Se fiel no pouco e te colocarei no muito, tem a ver não só com dinheiro, mas também com muitas outras coisas e aqui nos cabe entender que nós oramos até Deus revelar alguma coisa e quando Ele nos revelar o que fazer, ou como agir, devemos pro em prática o que Deus nos orientou a fazer. E quando estivermos andando na revelação de Deus, podemos continuar buscando novas revelações, ou novos caminhos a trilhar.

Na prática me lembro que há alguns anos tive muitos problemas com o horário das minhas filhas na escola e orando a Deus Ele nos orientou a mudar de casa, a principio, depois colocamos as meninas em qualquer escola próxima de casa, o que ainda não estava bom, mas: “É o que se tem para o momento” (como a minha filha Elizabeth fala). Olhei na Internet o mapa da minha região e descobri algumas escolas próximas que poderiam atender a minha necessidade. Procurei saber de cada uma. Fui na rua delas, conversei com alguns educadores e até com vizinhos das escolas, até que ficou muito claro na minha mente o que fazer. Agora era questão de orar até que acontecesse o que eu precisava. Deus em levou até uma nova região em São Paulo e haviam duas escolas, para duas meninas que até aqui era o melhor para nós. Haviam grandes impecilhos práticos a serem vencidos ainda, como esperar o ano acabar, o histórico escolar que não saia, mas que foram todos vencidos em oração e jejum, juntamente com muitas idas e vindas nas escolas.

O que quero dizer aqui é que a oração que é espiritual nos deve levar a prática racional. Acreditamos espiritualmente na revelação e a revelação do que fazer precisa ser prática e coerente com a nossa realidade. Me vem à mente a passagem onde um anjo foi falar com Gideao, que acabou virando um líder em Israel e libertou pela guerra o povo de Deus. Aquela situação especifica necessitava de um líder belicoso e o homem era Gideao. O que o anjo disse levou Gideão à prática e Israel saiu vitorioso.

Pode ser que a revelação que Deus venha a lhe dar seja a coisa mais prosaica e comum do mundo, mas que se você fizer vai mudar a sua vida. Muito do que precisamos já está escrito na Bíblia, é só ler e colocar em prática. Outras revelações nos vem pela Palavra pregada na Igreja. Existem ainda revelações que nos vem através de sonhos e visões. Mas, entenda isso, a maior parte das revelações de Deus nos vem de uma maneira extremamente comum, que é uma impressão na nossa mente. Nós oramos a Deus e pedimos uma direção à Ele através de algo e continuando a ficar na Sua Presença, ficamos com os olhos e ouvidos prontos a ver e a entender quando Deus fala conosco e nos orienta a respeito daquilo que precisamos. Na maioria do tempo a gente ora e vem uma idéia na hora ou depois, na nossa mente.

No capítulo 1 de Efésios entendemos como Deus trabalha para a nossa salvação:

O Pai – nos escolheu 1.3-6

O Filho – nos remiu 1.7-12

O Espírito – nos selou 1.13-14

2- A PRIMEIRA ORAÇÃO DE PAULO PELOS EFÉSIOS (1.15-18)

Temos várias orações de Paulo, em suas cartas, entretanto, nessa oração Paulo nos mostra caminhos de oraçao que desconheciamos, até então.

Chama a atenção que essa é uma das quatro cartas da prisão, as outras são Colossenses, Filipenses e Filemon. Talvez se fosse conosco, nós estaríamos travados, depressivos e nada criativo poderia sair de nós, se estivessemos na prisão, como Paulo estava. Deus lhe dá forças para escrever também essa que é considerada a carta mais espiritual da Bíblia.

É muito claro o que é oração para Paulo.

DAR GRAÇAS - Ele começa falando que não cessa de dar graças pelos Efésios. Essa é a oração de agradecimento, onde reconhecemos que o que somos, temos ou estamos passando de bom vem da parte de Deus. O mundo é mau e jaz no maligno, quando ocorre algo bom, sabemos que vem de Deus, pois só Deus é bom e a bondade que temos é emprestada dEle.

O ESPÍRITO DE SABEDORIA E DE REVELAÇAO – Paulo orava para que Deus desse em seu conhecimento, em seu entendimento, na suas mentes, o Espírito de sabedoria e de revelaçao. Essa fala vem corroborar com a idéia de que o Evangelho é racional. Enquanto temos tanta gente buscando um misticismo além da Palavra, a Bíblia nos orienta a sermos racionais, a pensarmos, raciocinar com clareza. O Evangelho e a constante exposiçao à Palavra deve nos levar a sermos pessoas mais centradas, calmas e sábias e nunca o contrário.

Paulo ora pelos Efésios para que a sabedoria do Espírito Santo e a revelação do Espírito Santo estejam nas mentes dos Efésios. Essa oração, escrita numa carta circular, uma carta que deveria ser lida em várias Igrejas, como era a intenção de Paulo, nos indica que a resposta da oração deve ser clara em nossas mentes. Depois de orarmos devemos ter exatidao do que Deus nos orienta a fazer. É importante sim, gastar tempo em oração com Deus, mas precisamos de oração com qualidade, além de quantidade. E a gente conhece muito do crente, observando como ele ora.

SABEDORIA E REVELAÇÃO – Mais do que nunca, nesses que são dias maus, precisamos de sabedoria espiritual, para saber como se portar e ser. Muitos estao preocupados em comprar e ter e não em ser, sendo que o que importa é ser e não ter. A sabedoria de Deus é diferente da sabedoria humana. Dizemos que sabedoria humana é o aprendizado escolar e entre nós os mais sábios, entre aspas, são os que tem mais escolaridade. Mas duas ou três ou quatro faculdades, com cinco pós-graduaçao não garante sabedoria, talvez apenas acumulo de conhecimento, mas não sabedoria. A sabedoria aqui pretendida é saber em Deus, ter contato com Deus, ouvir dEle e falar por Ele. A sabedoria cristã dará um novo porte, um novo caminhar à pessoa que aceitou a Jesus. A sabedoria de Deus é diferente da sabedoria da Terra.

Quase nem precisava falar, pois sabedoria divina é sabedoria revelada, mas Paulo acrescenta que ele orava pelos Efésios para que tivessem sabedoria e revelação. A revelação ocorre quando Deus mostra o reino espiritual e entendemos espiritualmente sobre anjos e demônios. A Bíblia afirma que essa terra é a sombra dos bens futuros e a realidade é Cristo. Não é o mundo material que manda no mundo espiritual, mas é o mundo espiritual que manda no material. É o contrário. A revelação que Paulo mostra é aquela que nos faz ver além dessa vida. A Bíblia está cheia de visões e revelações, que nos mostram o que paulo quer dizer.

ILUMINADOS OS OLHOS DO VOSSO CONHECIMENTO – Essa iluminação do Espírito que Paulo fala, é o que nos converte a Deus. O pecado apagou a luz de Deus em todos nós e agora em Cristo, o Espírito Santo vem para iluminar os nossos espíritos que estavam nas trevas. Essa é a iluminação que nos tira das trevas e nos leva cada vez mais para a luz de Deus. Devemos orar para que Deus nos ilumine cada vez mais. E de novo: essa iluminação é na mente, é racional. A cada exposição a Deus precisamos sair mais claros, lucidos e sábios e não o contrário. O Evangelho não confunde, mas esclarece o homem.

QUAL A ESPERANÇA DA SUA VOCAÇÃO – A oração deve nos esclarecer a cada dia e nos firmar mais, sobre a nossa salvação. Quanto mais oramos, quanto mais exposição a Deus e à sua palavra, mais devemos ir tendo a certeza do nosso chamado eterno para a salvação e melhores pessoas precisamos ser. Deus espera de nós que cresçamos na graça e no entendimento, e deveríamos esperar isso de nós também, nos esforçando para tal.

3- O NOME ACIMA DE TODO NOME (1.19-23)

Muita coisa pode ser dita sobre Jesus estar a direita de Deus nos Céus, tendo conseguido com o seu sacrificio na Cruz e a ressurreição provida pelo poder do Espírito Santo que fez com que seu Nome estivesse aciam de todo nome. “O nome acima de todo nome” é um título que Jesus conseguiu, que quer dizer que ele é O Senhor.

O NOME ACIMA DOS INIMIGOS - Somos agravados muitas vezes pelos inimigos que nos cercam e ficamos sem saber o que fazer, mas poderemos nessas horas recorrer a Deus, em Nome de Jesus, para que Ele nos dê a vitória sobre os inimigos. Nenhum inimigo resistirá ao Nome de Jesus. Invocar o Nome é invocar a Pessoa de Cristo. Com isso queremos dizer para que Cristo entre em nossa história e nos ajude.

O NOME ACIMA DOS DEMÔNIOS - O Nome está acima das potestades espirituais, quer dizer, os demônios, que tem que se sujeitar a Deus, quando invocamos o Nome de Jesus. Poderemos orar pelos doentes em Nome de Jesus e eles serão curados, salvos, libertos de demônios. Em Nome de Jesus aquele demônio que nos acusa, ou nos atormenta tem que sair.

O NOME ACIMA DOS PASTORES - Dizer que o Nome de Jesus está acima de todo nome é importante nesses dias em que vemos Pastores Esquisofrênicos nos nossos pulpitos, num autoritarismo que poderia fazer os militares corarem. Existe muito abuso em nossas Igrejas por parte de pastores que se acham ser Deus na Terra. Essa questão só se resolve tirando um pouco do poder do pastor, com uma Igreja que confronte seus ditames, sua pessoa; só numa Igreja colegiada, com a liderança compartilhada evita-se pastores que digam, imaginando que é verdade: Quem manda aqui sou eu. Não, perdoa ai, mas na Igreja de Jesus, quem manda é Ele e não você. Você está servindo nessa posição só até quando Deus permitir. Se Ele parar de permitir, seu ministério acaba num instante, então ve lá como trata os seus comandados.

O NOME ACIMA DOS GOVERNOS – A leitura de Apocalipse, mais do que outros livros nos trás esperança de vitória com os governos que nos comandam. Eu estava lendo sob o comunismo que tão mal fez e está fazendo aos povos e no auge do comunismo parecia que ele não iria ser derrotado de maneira alguma. Alguns dados dizem que ele chegou a contaminar uma terça parte da terra, num sistema ditador, escravizante, que chacinou milhares de pessoas sob o seu regime. Os contra o regime eram perseguidos e mortos. O comunismo nos lembra muito o livro 1984 de George Orwel. Essa questão onde o Estado governa em absoluto todos os aspectos da vida coletiva e individual, e o franco exterminio dos opositores, assim como o engajamento compulsório (obrigatório) em empregos escolhidos pelo Estado, são puramente malignos. As perseguições que a Igreja sofreu ao longo da história, assim como os tantos outros regimes autoritários que temos no mundo, podem até parecer que não tem fim, mas estão também, todos, debaixo do Nome acima de todo nome. Em Apocalipse Jesus se mostrou glorificado, entronizado, no Céu, com todo o mando sob a Terra. A palavra de Apocalipse, mesmo que não o tenha dito, quis dizer: Não tenha medo, esse governo vai passar – seja ele qual for – o único que vai restar é o de Cristo.

CAPÍTULO 2 – A SALVAÇÃO É PELA GRAÇA

A respeito da salvação:

ANTES DE JESUS - mortos em delitos e pecados (2.1), filhos da ira de Deus (2.2), andando pelas nossas inclinações (2.3).

DEPOIS EM JESUS - nos deu vida (2.1 e 5), nos ressuscitou com Ele (2.6) e nos fez assentar em lugares celestiais – glorificação (2.6b). Tudo pela graça mediante a fé e para sua glória (2.8-10).

AGORA NA IGREJA - (2.11-22) Agora estamos unidos em um só corpo e devemos viver bem uns com os outros e juntos, para a glória de Deus.

O capítulo 2 de Efésios nos lembra como éramos antes de nos encontrarmos com Jesus. Ele nos fala em termos genéricos: estávamos mortos em delitos e pecados, éramos filhos da ira, ou guardados para a ira de Deus, destinada aos que não se convertem, e andávamos segundo as nossas inclinações, ou seja, andávamos do jeito que queríamos, sem freio. Apesar dessas generalidades, que abrangem tudo, nós sabemos exatamente o que fazíamos de errado antes de chegarmos à fé. Paulo nos lembra disso e devemos nos recordar também.

Sabendo quem éramos, Paulo nos fala de novo, em forma de situações gerais, do que somos em Cristo: Ele nos deu vida, nos iluminou, não estamos mais mortos nas trevas, mas o nosso espírito foi iluminado pelo Espírito de Deus. Pelo batismo fomos ressuscitados com Jesus, portanto aptos a viver uma nova vida. E espiritualmente estamos assentados em lugares espirituais. E tudo isso pela graça (o poder da salvação) mediante a fé (de nada adianta Deus fazer se não acreditarmos), para a sua glória. Quanto a isso nós sabemos o quanto a nossa vida mudou em Cristo, ou o quanto ela está mudando, pois ainda como um edifício, estamos em construção.

Saber quem era e saber quem somos, nos leva a um novo caminho, que é a Igreja. Paulo passa a falar então sobre judeus e gentios que são um povo unido através da Cruz de Cristo. Nessa passagem entendemos que não cabe nenhuma força de acepção na Igreja. Na Igreja não cabe dizer que o homem é melhor do que a mulher, ou de que o líder é mais do que o comandado, ou de que o branco é superior ao negro, ou de que o ocidental é melhor do que o oriental, ou de que o brasileiro é melhor do que o chileno. Nada disso cabe na Igreja.

CAPÍTULO 3 – O MISTÉRIO DA IGREJA

O MISTÉRIO DA IGREJA (3.1-13)

Essa é uma das cartas da prisão. Paulo está preso e considera-se prisioneiro mas não de Nero, mas de Cristo e isto por amor aos gentios.

Três vezes Paulo fala do mistério (3:3,4,9). Esse não é um mistério oculto, mas um mistério revelado. Era mistério enquanto não revelado, mas agora revelado sabemos o que é. Paulo chama esse mistério de “O Mistério de Cristo”. E o mistério que não foi descoberto lendo, ou estudando, mas lhe foi revelado, é que os gentios são co-herdeiros, de um mesmo corpo e participantes da promessa em Cristo pelo Evangelho. O mistério que tem a ver com a encarnação de Cristo neste tempo, revela que os gentios são também participantes das promessas. O mistério de Cristo é a união do judeu e do gentio, ambos em Cristo. E é essa dupla união, com Cristo e entre eles, que era a substância do mistério.

O mistério da união do judeu com o gentio em Cristo é algo que já vinha sendo mostrado aos poucos durante toda a Bíblia, desde o principio. Deus fez uma nação especial para si: Israel, e agora mostra que Israel deve estar junto com os gentios. A salvação não é exclusiva desse ou daquele povo, mas é para todos.

A SEGUNDA ORAÇÃO DE PAULO PELOS EFÉSIOS (3.14-21)

“Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,

Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,

Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;

Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,

Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,

E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.

Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,

A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.”

Depois de explicar o que éramos sem Cristo e o que somos nele, e cientes das bençãos decorrentes da nossa união com Ele, Paulo ora pedindo algumas coisas a Deus:

v.16 – fortalecimento em poder

v.17 – firmeza em Cristo (arraigados e fundados são palavras usadas)

v.18 e 19 – compreensão plena de Deus e de seu amor

v.20 e 21 – louvor exultante dos crentes a Deus

CAPÍTULO 4, 5, 6

Parte prática. Convívio harmonioso do cristão:

Capítulo 4 a 6 – O andar harmonioso dos crentes deve ser nas áreas seguintes:

Na igreja: fomos salvos para andar em unidade (4.1-6), capacitados com dons para o serviço dos santos (4.7-16), santificados para glória de Deus, necessitando abandonar a velha vida e revestir-se da nova (4.17-32). Imitando a Cristo (5.1-7), andando como filhos da luz em sabedoria (5.8-20), buscando plenitude do Espírito (5.18-20)

Na família: harmonia no casamento cristão (5.22-33), harmonia na convivência e educação dos filhos (6.1-4)

Na sociedade: convivência harmoniosa no trabalho (6.5-9)

Na esfera espiritual: 6.10-20 – estando sempre preparado para lutar e resistir no dia mau.

BIBLIOGRAFIA

André Boechat: http://esbocosbiblicosepastorais.blogspot.com.br/2013/02/visao-panoramica-da-carta-aos-efesios.html

Rev. Hernandes Dias Lopes: file:///E:/O%20maior%20mist%C3%A9rio%20da%20hist%C3%B3ria.htm#.VcvAvleb9Ok

Amém! Que Deus abençoe a todos.

Paulo Sergio Larios

pslarios
Enviado por pslarios em 12/08/2015
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