O Romance da Eternidade

Prendia-nos o fôlego, aquela apresentação teatral da Rádio Nacional do iniciozinho dos anos sessenta. Ou quiçá, finalzinho dos cinquenta? A audiência então deveria deixar para trás esses índices fantásticos de que a Globoni andava se jactando quando se sua quase absoluta, e dissoluta, hegemonia no nosso mundo televisivo.

Retratavam-se então cenas bíblicas, que ia do quase sacrifício de Isac à comoção dos momentos pre-diluvais, da subida aos céus do profeta Elias no carro de fogo, sob as vista de um aterrado discípulo Eliseu, ao nascimento mais humilde e espetacular de Jesus judeu.

Rodolfo Marques ou era Mayer, ou era o Valentino…? era a voz de Deus, tanto no punir exemplarmente os pecadores de Sodoma e Gomorra, quanto no apascentar os inúmeros e afortunados ouvintes do Sermão da Montanha.

Achávamos, então que estava mais próximo o retorno de Jesus, mas, quanto imprevisto: pegaram-no para Cristo...

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 30/07/2015
Reeditado em 05/12/2021
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