A FELICIDADE ETERNA
A FELICIDADE ETERNA
Certo dia, um homem acordou mais bem disposto do que em outras ocasiões, mas, e momento entendeu o porquê desta tamanha disposição, vindo a saber instantes depois a causa: um parente muito próximo foi curado de uma doença grave, a concessionária lhe comunicou que o seu carro novo chegou e lhe será entregue hoje ainda e recebeu a notícia em seu trabalho que foi promovido e receberá um bom aumento salarial, isto tudo no mesmo dia, imaginem a felicidade deste ser humano. Porém, poucos dias depois após levantar-se de manhã com uma tremenda dor de cabeça, pois, se acidentara com o novo veículo com perda total sem seguro, seu parente na verdade não foi curado e a doença se agravou e, para finalizar aquela promoção no trabalho e o aumento salarial era uma brincadeira de seus colegas já que na realidade ele foi demitido, após dedicar seus serviços por vários anos.
E aí, aquela felicidade que transbordou num dia, tornou-se um sofrimento tempestivo em outro. Isto pode acontecer com qualquer um de nós, cristãos ou não, porque o sol nasce e desaparece para todos. E se acompanharmos o dia a dia de cada pessoa, vamos observar que passará por ela coisas favoráveis e desfavoráveis em sucessivos estados emocionais de alegria e tristeza. Esta é a nossa vida de homens e mulheres neste vale de lágrimas que nos proporcionam bons e maus momentos na nossa caminhada diária.
Naturalmente, existem tristezas maiores e que são tão profundas que chegam a corroer nosso corpo espiritual atingindo também o corpo físico e difícil de curarmos imediatamente, mas, existem na maioria tristezas menores e superficiais. Mas, por que então a tristeza é parte integrante de nossa vida a qual temos dificuldades de sobrepor, ao contrário da alegria que também faz parte do nosso cotidiano, porém é frequentemente passageira?
Não podemos jamais negar a realidade do mundo em que vivemos cada vez mais injusto, violento e de falta de amor ao próximo e, por isso somos sujeitos à alternância entre alegrias e tristezas, prazeres e sofrimentos. Há alguns dias, li um editorial da Revista Católica ‘Arautos do evangelho’ e acredito que responde parte de nossas indagações. Transcrevo aqui um trecho deste editorial:
“...No Céu, entretanto, não existe aflição: a posse de Deus, fonte absoluta de toda felicidade possível, só permite a alegria plena, intensíssima e definitiva... Tendo alcançado a meta das metas (II Tim 4, 7), depois de uma vida de semi-luzes e semi-sombras, como é possível estar triste?! Por isto, é também característica dos Santos Anjos, estarem sempre repletos de uma alegria sincera, profunda e comunicativa. Anjo triste? Não existe! Infelizmente, é muitas vezes para “anjos” de outra espécie que o homem se volta em busca de gozos terrenos; e pactuar com o demônio é assaz comum quando se trata de saciar a própria sede de dinheiro, poder ou sensualidade...
...Nesta Terra, o caminho da verdadeira felicidade se encontra, pois, em viver em função de Deus. Com efeito, a fé n’Ele e a esperança na vida eterna são as virtudes que nos alentam a enfrentar as agruras inerentes à condição de viajantes...”
Portanto meus irmãos em Cristo, a felicidade nesta vida é passageira bem como a tristeza e o sofrimento também. Se um dia estamos extasiados de alegria, no outro poderá ser só de tristeza e vice-versa e, assim é nossa passagem neste planeta. A certeza é de que se caminharmos nas estradas de Jesus Cristo e, acompanhados de Sua Mãe Santíssima, toda tristeza e sofrimento aqui vividos se transformarão na felicidade eterna quando completarmos a nossa missão terrena.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS!
Ailton José Ferreira
Policial civil aposentado, Bel. Direito, Pedagogo, Escritor e Educador.
Membro da Academia de Letras de Pará de Minas – Cadeira nº 07
ailtonferreira_assepam@yahoo.com.br
BLOG: www.literaturaparademinas.webnode.com