A IMPORTANCIA DA RELIGIÃO PARA O DESENVOLVIMENTO QUESTIONADOR DA CIENCIA.

Para Albert Einstein, “A ciência sem religião é aleijada, a religião, sem ciência, é cega”, como entender essa afirmação do pai da desconcertante Teoria da Relatividade.

Imaginemos um mundo sem religião, não o mundo moderno, de hoje, mas o mundo desde suas fundações, desde os seus primeiros seres humanos, os chamados homens das cavernas.

É sabido pelos estudos antropológicos que os humanos pré-históricos começaram a compreender o mundo através das interpretações metafísicas dos fenômenos da natureza, onde tais povos atribuíam consciência as mais variadas manifestações naturais do clima e do espaço.

Nestes primeiros resquícios interpretativos, os homens pré-históricos através das manifestações do que foram chamados de divindades começaram a compreender que certos acontecimentos tinham um padrão regular, algo que parecia consciente, como a noite e o dia, o inverno e o verão, e que tais manifestações traziam consigo benefícios e também castigos.

Se esses mesmos homens pré-históricos não tivessem feito atribuições da própria natureza humana aos fenômenos naturais não haveria crenças e religiões, porém também não haveria o desenvolvimento de regras que surgiram a partir do medo exercido pelas supostas divindades, a própria formação social e suas regras que hoje conhecemos não existiam, pois tais regras foram forjadas através do medo e do respeito às divindades existentes nas crenças dos primatas.

Um mundo sem regras forjadas pelo medo e respeito aos deuses bravos, seria um mundo sem a formação das organizações sociais, e sem civilizações que controlaria as massas através do poder fascinante exercido pelos deuses. O poder da religião em controlar o curso das condutas humanas foram essenciais para o desenvolvimento das regras sociais que hoje temos.

Um mundo sem religião seria semelhante a um mundo de animais sem regras sociais, seria o verdadeiro caos, o próprio medo da morte não faria o menor sentido, em um mundo sem a religião, o medo da morte que hoje experimentamos, seja religioso ou ateus, foi desenvolvido através das possibilidades de castigos exercidos pelos deuses ao descumprimento das condutas e regras sociais.

Até mesmo um ateu moderno tem receio da morte, pois tais receios perpassam o medo imposto pela religião, na verdade faz parte de uma cultura construída através da crença dos nossos ancestrais primatas, neste caso o medo que para os nossos ancestrais era algo argumentativamente exercido pela crença, para um ateu moderno é um resquício inconsciente das lembranças instintivas de uma época de pavor.

Nisto, até um ateu moderno mais militante, não consegue se livrar dos instintos mais primitivos dos nossos ancestrais com suas crenças e rituais religiosos. Tais traumas psicológicos estão entrelaçados na mentalidade e na formação do caráter humano. Sem tais medos, correríamos o risco de ser um dos únicos animais a cometer suicídio de forma aceitável diante dos problemas mais elementares da vida, é neste cenário que se ver a importância do medo da morte, e essa importância só foi possível por causa da crença religiosa e dos rituais primitivos.

Outros argumentos científicos nos revela a importância da crença religiosa para a humanidade desde os seus primórdios, o progresso da própria ciência deve muito a religiosidade e as crenças mais elementares. Ora, para que haja dois ou mais pontos de vista, para que haja uma quebra no modo do pensamento é preciso haver algo que venha primeiro para duvidar e depois desconstruir.

A importância da religião para a ciência está no modo questionador que a religião começou a exercer nos mais variados povos e cientistas durante a história, a existência deste ponto questionador só foi possível diante das dúvidas e questionamentos que a filosofia começou a exercer, porem a própria filosofia é fruto das crises de fé de alguns indivíduos.

No âmbito de um mosteiro católico ou budista, os seres humanos de crenças sempre entraram em debates solitários e pecaminosos acerca das questões mais complexas da vida, os seus mais fieis guardiões da espiritualidade tiveram suas crises espirituais que na maioria das vezes culminaram em descobertas científicas alarmantes, por arriscarem a transpor os limiares dos questionamentos proibidos, e durante esses questionamentos sobrevieram como um acender de uma lâmpada a clareza da compreensão filosófica, era o princípio da ciência argumentativa e racional.

Entretanto, tais modos de pensamentos que delinearam e resultaram nos questionamentos duvidosos só foram possíveis através de uma quebra de paradigma, neste caso o paradigma religioso, sem as dúvidas não seriam possíveis os resultados, e diametralmente oposto, sem a religião não haveria o que questionar.

É neste cenário que começamos a enxergar a importância da religião em causar dúvidas e suscitar a busca por outros modos interpretativos dos fenômenos naturais. Os maiores cientistas da história foram inquietados por essas dúvidas que colocavam em questão suas crenças religiosas, assim aconteceu com Nicolau Copérnico, Isaac Newton etc.

O inglês Issac Newton (1642-1727) é um dos maiores gênios da História e um cristão amante da Palavra de Deus. Foi ele quem providenciou uma estrutura matemática para o cálculo dos movimentos de todos os corpos do Universo, quem formulou a Lei da Gravidade, quem criou o telescópio refletor e quem descobriu que a luz branca é uma mistura das demais cores e não uma cor separada como as outras, dentre tantas outras descobertas. Em sua obra Principia, afirma Newton: "Este mais belo Sistema do Sol, Planetas e Cometas poderia apenas proceder do conselho e domínio de um Ser inteligente e poderoso".

Estudante da Bíblia, ele escreveu estudos sobre as cronologias do Antigo Testamento e as profecias bíblicas de Daniel e Apocalipse. Disse ele sobre as Sagradas Escrituras: "Considero as Escrituras de Deus como sendo a filosofia mais sublime. Eu encontro mais marcas de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana, seja qual for".

O inglês e franciscano Roger Bacon (1214-1294) foi o precursor do método científico. Ele considerava a Teologia a maior de todas as ciências e foi o primeiro a reconhecer a existência de "leis" na natureza, ao falar sobre as leis ópticas de reflexão e refração, e seus escritos apresentam o primeiro caso claro de ciência experimental.

Galileu Galilei afirmou que: “A ciência humana de maneira nenhuma nega a existência de Deus. Quando considero quantas e quão maravilhosas coisas o homem compreende, pesquisa e consegue realizar, então reconheço claramente que o espírito humano é obra de Deus, e a mais notável”. Johannes Kepler “Os céus contemplam a glória de Deus” assim disse o cientista.

O escocês Charles Bells (1774-1842) foi o primeiro homem a mapear extensivamente o cérebro e o sistema nervoso. Ele foi o maior anatomista de sua época e um dos maiores da História. Foi Bell quem descobriu as diferentes funções dos feixes do nervo sensorial e motor. Ele era um cristão fervoroso que escreveu livros e artigos demonstrando que as coisas criadas refletiam a glória de Deus.

O apologista cristão Charles Babbage (1792-1971), criador do computador, era um matemático e inventor com ideias tão avançadas para a época que o governo britânico inicialmente recusou apoiá-lo por não compreendê-las. Babbage criou não só o primeiro computador automático com armazenamento e recuperação de informações, inclusive com a capacidade de tabular números com até 20 casas decimais, como também criou o primeiro velocímetro e o princípio do motor analítico.

Babbage se notabilizou também por sua série de escritos em defesa da fé cristã e dos milagres da Bíblia. Ele elaborou uma análise matemática dos milagres bíblicos para a série apologética Tratados de Bridgewaters.

O puritano inglês Michael Faraday (1791-1867) foi o descobridor da indução eletromagnética e fundador da Teoria do Campo Eletromagnético. No século 20, Einstein usaria os conceitos de Faraday para formular a sua Teoria da Relatividade. Os cientistas costumam dizer que se o Prêmio Nobel já existisse na época de Faraday, ele sozinho teria ganho cinco prêmios Nobel. Ele é considerado "o maior gênero experimental de todos os tempos". Faraday dizia que um de seus maiores prazeres era "encontrar as leis de Deus na natureza".

Conta-se que quando ele estava para morrer, um jornalista perguntou-lhe: "Quais suas especulações sobre a vida após a morte?". Ao que Faraday respondeu: "Especulações? Eu não tenho nenhuma. Eu descanso nas certezas. Eu sei em quem tenho crido e estou bem certo de que Ele é poderoso para guardar o meu tesouro até aquele dia".

O americano Samuel Morse (1791-1872), inventor do telégrafo, era outro cristão fervoroso. Ele dedicou a maior parte de suas finanças à obra missionária e à manutenção de escolas para pastores. No final de sua vida, afirmou: "Quanto mais me aproximo do final de minha peregrinação, mais clara é a evidência da origem divina da Bíblia, o esplendor e a sublimidade da solução de Deus para o homem caído são mais apreciados, e o futuro é iluminado com esperança e alegria".

William Herschel (1738-1822), descobridor do planeta Urano, está entre os maiores astrônomos da História. Ele construiu o maior telescópio de sua época e foi o primeiro a identificar sistemas estelares binários e que o nosso sistema solar está localizado dentro e na periferia da Via Láctea. É considerado o fundador da Astronomia Sideral. Herschel era um cristão fiel a Deus, nunca faltando aos cultos em sua igreja, onde participava também sempre tocando órgão durante os hinos. Dizia ele: "O astrônomo não devoto a Deus deve ser louco".

O que eu quero dizer com isso tudo é que, a ciência deve e muito a pensadores cristãos e religiosos, pessoas que tinham uma fé, mais não uma fé cega, uma fé que causa dúvidas, pois até as dúvidas fazem parte do espírito humano e fez bem para a sabedoria da alma, a fé pode e deve ser inteligente com a ajuda da dúvida, contato que a dúvida ela não se torne cega e extremista, assim como a fé não pode ser também extremista, ou retornaremos a idade média.

Lililson
Enviado por Lililson em 02/07/2015
Reeditado em 11/07/2022
Código do texto: T5296721
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