OS MORTOS PODEM SEPULTAR SEUS MORTOS?

OS MORTOS PODEM SEPULTAR SEUS MORTOS?

Certo dia, vendo-se no meio de grande multidão, ordenou Jesus que levassem para a outra margem do lago. Nisso aproximou-se dele um escriba e lhe disse: “Mestre seguir-te-ei te para onde quer que fores”. Respondeu Jesus: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. Outra vez um dos seus discípulos lhe disse. “Senhor deixa-me ir primeiro enterrar meu pai”, Jesus, porém, lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos sepultem seus próprios mortos”, (Mat. 8, 18-22).

Essa passagem de Mateus pode ser explicada de diversas maneiras, no entanto, uma pergunta sempre soará mais alto. Como pode um morto enterrar outro morto? Impossível! Jesus não deixou seu discípulo enterrar seu pai, mas viajou quatro dias para “ressuscitar” Lázaro já morto? Outra pergunta de difícil resposta. A ressuscitação só é possível ser realizada com certa rapidez, ante mesmo que o corpo entre em estagnação biológica e Lázaro já estava sepultado há quatro dias.

Segundo os textos, a ressurreição tomada no sentido espiritual é o renascimento na vida além-túmulo, a espiritualização da forma humana para os que dela são dignos, e não a operação química que reconstituísse elementos materiais; é a purificação da alma e do seu perispírito. Dogma dos judeus antigos e de algumas correntes cristãs pela qual, no final dos tempos, os despojos de todos os corpos humanos, já dispersos e reduzidos a pó, seriam novamente reunidos para a reconstituição daqueles corpos, e novamente unidos substancialmente às respectivas almas para o julgamento final de Deus.

Algumas religiões cristãs afirmam que Jesus não proibiu o discípulo que fosse enterrar seu pai. Jesus, o Nosso Mestre, apenas quis destacar, que, mais importante que enterrar o próprio pai é seguir a vontade de Deus. Jesus quis dizer, por meio dessa frase, que há uma ordem nos bens: que se enterrar os mortos é uma obra de insigne caridade, e muito melhor obra é a de enterrar o cadáver do próprio pai, acima até desse dever está o dever de seguir a Jesus Cristo. Esta é a explicação que dão os padres da Igreja, como, por exemplo, Santo Agostinho, para esse ensinamento de Jesus, O Cristo nosso Senhor.

A única explicação plausível para as palavras de Jesus é que elas se referiam aos homens de pouca fé. Morto para Jesus são aqueles seres humanos que vieram a terra somente para praticar o mal. Jesus na sua infinita bondade não iria proibir um discípulo de prestar as últimas homenagens de um filho para com um pai. O Mestre nunca foi dotado de egoísmo. Essa é mais uma lição para aqueles que não têm fé, pois um morto jamais poderá enterrar outro. Mesmo com o mandamento de “Amar a Deus sobre todas as coisas”, Jesus não seria capaz de contrariar esse ato de piedade humana.

Tomando como base essa afirmação Jesus quando foi crucificado quem iria sepultá-lo? Outro Morto? Uma coisa é certa Jesus “ressuscitou” ao terceiro dia, mas em Espírito e não em carne e sangue, visto que Paulo afirmava que no mundo espiritual não há lugar para esse tipo de matéria e, que todo ser humano é dotado de um corpo espiritual. Paulo entende a ressurreição como desencarnação, ou seja, que ao desencarnar o Espírito, se revestia ou se transformava em incorruptível, ou imortal.

“Quando tu semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas um simples grão, como, por exemplo, o trigo ou de qualquer outra coisa”. Devemos entender que o corpo físico é como a semente ou esse simples grão que carrega as informações que tem em germe, ou que tem em si e se desenvolve levando-se a árvore. (Fonte: http://kardeciano.blogspot.com.br/).

Se eu parto do principio que hoje entendemos que eu tenho no grão ou no perispírito, as informações que impulsionara o desenvolvimento do corpo. "Porém Deus dá-lhe o corpo, como lhe apraz, e cada uma das sementes o seu próprio corpo" “Mas nem toda carne é a mesma carne, mas uma certamente é a carne dos homens, e a outra dos animais, a outra das aves, e outra a dos peixes”. Mas se ele pregava que a ressurreição era desencarnação pura e simplesmente o que Paulo pensava da ressurreição carnal de Jesus?

O testemunho de Pedro e dos onze que virão Jesus e assim como ele tinha o visto na estrada de Damasco por ocasião de sua conversão, e este tratado que faz da ressurreição era pra afirmar que Jesus, ressuscitou em corpo espiritual, e que ele viu Jesus em corpo espiritual, e que assim se estrutura a nossa fé partindo da imortalidade, assim com Jesus, em Jesus a nossa fé, ou seja, em Jesus a nossa convicção de ressurreição ou desencarnação e sua atestando através de comunicação, dado ao encontro de Paulo com o Espirito de Jesus, e a tradução do espirito da palavras de Jesus. “Quando este corpo mortal se revestir da imortalidade, então se cumprira a palavra que esta escrita (Tragada foi à morte em sua vitória)”. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-JORNALISTA-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 29/06/2015
Código do texto: T5294303
Classificação de conteúdo: seguro