A VERDADE SOBRE OS EVANGELHOS

A VERDADE SOBRE OS EVANGELHOS

“Ninguém pode renunciar ao mundo, às decepções, à ganância, ao orgulho e a vaidade, ao sexo material e animal, ao ódio e às paixões sem uma profunda disciplina espiritual! Não podemos sentar quietos numa caverna e ficar pensando nos prazeres do mundo... seria um erro e uma tortura. Para a renúncia... é preciso, antes d tudo, uma profunda disciplina espiritual e uma entrega consciente, firme e convicta a Deus Pai. Depois, sim, nos afastamos de todos o erros e ilusões do mundo”! (Raja Marausha).

A palavra argumento se distingue por dois tipos de conceitos. Qualquer razão prova demonstração, indício, motivo capaz de captar o assentimento e de induzir a persuasão ou a convicção. O tema ou objeto, o assunto de um discurso versa ou pode versar. O primeiro conceito foi amplamente utilizado pelo filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) e pelo famoso romano, tribuno e político Marco Túlio. Cícero (106-43 a.C.) afirmava: “O argumento e qualquer outra coisa que dá fé, credibilidade”. Tomás de Aquino considerava o argumento como aquilo que convence a mente, a assentir em alguma coisa.

O segundo conceito de argumento e mais abrangente, e está vinculado ao raciocínio lógico – matemático, sempre que indica os valores das variáveis independentes de uma função. Os argumentos podem ser classificados em indutivos, dedutivos e análogos. No indutivo os dados particulares (fatos e experiências) são considerados para se chegar a leis ou a conceitos gerais. Utiliza-se no processo uma sequência de operações cognitivas, e também conhecido como o método generalização. O argumento dedutivo, campo usual da matemática e da logica, determina a priori que uma ou mais premissas são verdadeiras. Nesta situação, faz-se uma conclusão geral a partir de um caso particular.

O argumento análogo e o raciocínio fundamentado na semelhança: faz--se um estudo indutivo das partes ou de fatos singulares, visando alcançar uma probabilidade, não uma certeza. A teoria das probabilidades do argumento análogo e muito utilizada nas invencoes8 e, também, nas sentenças judiciarias (direito penal, tributário) que utilizam a Doutrina Jurídica como fonte de argumentação (emissão de sentença jurídica com base na analogia). Por outro lado, deve-se considerar que todo processo argumentativo fundamenta-se na validade das premissas, na clareza da apresentação das ideias, na confiabilidade dos dados e na solidez da conclusão.

Somente assim, é possível dizer que o argumento é fidedigno. Em outras palavras: falsas premissas conduzem a falsas argumentações que apresentam conclusões falsas. Ou seja, para determinar se uma proposição e falsa ou verdadeira e preciso entender o seu significado, fugindo sempre das ambiguidades. Neste sentido, informam as autoras do excelente livro A arte de escrever bem: Faca declarações claras. Dificultar a compreensão e por pedra no caminho do leitor. Para que obriga-lo a gastar tempo e energia na transposição do obstáculo? Facilite-lhe a passagem. Nas declarações longas, não o deixe ansioso. [...]

A metodologia filosófica e cientifica esta atenta à questão das falácias, que devem ser consideradas quando da elaboração e uso da argumentação: “A falácia e um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter aparência de correção. E conhecido também como sofisma ou paralogismo, embora alguns estudiosos façam uma distinção, pela qual o sofisma teria a intenção de enganar o interlocutor, diferentemente do paralogismo.” 10 As falácias são ditas formais quando contrariam as regras do raciocínio correto. As falácias não formais acontecem pela desatenção, pela ambiguidade de linguagem, ou quando alguém simplesmente quer enganar o outro, aproveitando-se de sua ingenuidade, boa fé, ignorância, ou de suas emoções.

É condição muito comum em pessoas manipuladoras. O mestre da argumentação, e, portanto, da dialética, foi Sócrates, insuperável ate hoje. Sua capacidade argumentativa foi denominada maiêutica (parto). Sócrates usava o método de perguntas e respostas, induzindo uma pessoa com pouco conhecimento a raciocinar a respeito de um fato ou ideia para, em seguida, faze-lo deduzir (interpretar) corretamente. Deixando o argumento ou a argumentação de lado vamos dar um toque especial ao Evangelho. O Evangelho é a doutrina de Cristo. Cada um dos quatros livros principais do Novo Testamento, que deveria ser sem sombras de dúvidas a Bíblia dos cristãos.

O Evangelho trata de testemunhos referentes à vida de Jesus, compilados pelos seus apóstolos. É bom frisar que o Cristo nada escreveu. Suas palavras, disseminadas ao longo dos caminhos, foram transmitidas em diferentes épocas, muito tempo depois de sua morte. Uma tradição religiosa popular formou-se pouco a pouco; tradição que sofreu constante evolução até o século IV, Durante perto de mio século depois da morte de Jesus, a tradição cristã, oral e viva, é qual água. a corrente em que qualquer se pode saciar. Sua propaganda se fez por meio de prédica (diz-se do discurso com teor religioso) pelos ensinos dos apóstolos, homens simples, iletrados, mas iluminados pelo pensamento do Mestre.

Não é senão dos anos 60 aos 80 que apareceram as primeiras narrações escritas, a de Marcos a princípio, que é a mais antiga, depois as primeiras atribuídas a Mateus e Lucas, todos escritos fragmentários e que se vão acrescentar de sucessivas adições, como todas as obras populares. Foi somente no fim do século I, de 80 a 98, que surgiu o Evangelho de Lucas, assim como o de Mateus , o primitivo, atualmente perdido; finalmente, de 98 a 110 apareceu, em Éfeso, o Evangelho de João. Ao lado desses Evangelhos, únicos depois reconhecidos pela Igreja, grande número de outros vinham à luz. Desses são conhecidos atualmente uns vinte.

Encontra-se do primeiro ao quarto versículos no Evangelho de Lucas: “tendo, pois, muito empreendido por em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriam , segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram , desde o princípio, e foram ministros da palavra”. Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio, para que conheças a certeza das coisa que já estás informado. Léon Denis diz: “Em sua jornada pelo mundo os apóstolos se limitaram, pois, a formar, de cidade em cidade, grupo de cristãos, aos quais revelam os princípios essenciais, depois vão intrepidamente levar a Boa Nova a outras religiões”.

Cada grupo de fieis, cada comunidade, tem seus evangelhos, que diferem mais ou menos dos outros. O Papa Dâmaso confia a São Jerônimo, em 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo Testamento e do Novo testamento. Essa tradução deverá ser daí por diante, a única reputada ortodoxa e tornar-se-á a norma das doutrinas da igreja, foi o que se denominou vulgata. Esse trabalho oferecia enormes dificuldades. São Jerônimo achava-se, como ele próprio o disse, em presença de tantos exemplares quantas cópias. Essa variedade infinita dos textos o obrigava a uma escolha e a retoques profundas. Essa tradução oficial, que devia ser definitiva segundo o pensamento de quem ordenara a sua execução, foi, entretanto, retocada em diferentes épocas, por ordens dos pontífices romanos. (Fonte: Doutrina Espírita no Tempo e no Espaço de A. Merci Spada Borges).

Observa-se que, embora a história afirme ser o Evangelho de Marcos, o primeiro a ser registrado, outra é a informação do espírito de Emmanuel (PE: 215 e 243): “Quanto aquisição do Evangelho, somente a Igreja do caminho, em Jerusalém, poderíamos obter uma cópia integral das anotações de Levi”. Tenho uma cópia integra dos anotações de Levi-cobrador de impostos, em Cafarnaum, que se fez apóstolo do Messias – lembrança generosa de Simão Pedro a minha pobre amizade, presentemente não necessito mais desses pergaminhos, que considero sagrados. Para gravar na memória as lições do Mestre, procurei copiar todos os ensinos, fixando-os na retentiva (Faculdade pela qual o espírito conserva durante tempo mais ou menos longo as impressões recebidas; faculdade de reter na memória).

Para sempre. Já possuo três exemplares completos do Evangelho, sem a cooperação de escriba algum. Desse modo, por considerar a dádiva de Pedro como santificada relíquia de nobre afeição, quero depô-la em tuas mãos. Levará contigo as páginas escritas às páginas escritas na Igreja do Caminho, como fieis companheiras do teu rebanho. Conforme divisão de Allan Kardec, os fatos que compõem os Evangelhos foram divididos em cinco partes: Os atos comuns da vida de Cristo; os Milagres; as Profecias; as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja; o Ensino Moral.

Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável. O Livro de Esdras é um dos livros históricos do antigo testamento da Bíblia, vem depois de II Crônicas e antes de Livro de Neemias. Possui dez capítulos. Conta à história repatriados, desde o retorno do exílio até o ano 400 AC tendo por foco a vida de Esdras, copista das Escrituras Hebraicas, a saída do retorno do exílio (cativeiro) de Babilônia. Dizem os teólogos que Esdras teve um papel meio complicado, já que reuniu os povos da época para dizer que tinha recebido de Deus os tais ensinamentos. Os erros que existem na Bíblia podem ser atribuídos a São Jerônimo e a Esdras. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE -JORNALISTA

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 15/05/2015
Código do texto: T5242485
Classificação de conteúdo: seguro