A verdade do evangelho em nossos dias.

Em muitas igrejas nos dias de hoje, já não se ouve falar mais a respeito do encontro dos salvos com o Senhor nos ares; da necessidade de arrependimento; da santificação e nem do compromisso com a palavra de Deus e com o Deus da palavra.

A verdade acerca da volta iminente de Cristo tem perdido espaço em muitos púlpitos evangélicos. Para muitos, isso já virou mito; a maior tolice propagada pelos crentes. A mensagem que promete vida confortável nessa Terra, o sucesso no mundo dos negócios e a saúde perfeita, têm roubado o espaço da pregação cristocêntrica nos cultos, mas será que a palavra de Deus está de acordo com isso?

Se bem me lembro, a principal ordem deixada por Jesus era a de levarmos o evangelho a toda criatura e apresentarmos os frutos que Deus espera num mundo que está totalmente corrompido pelo pecado (Mc 16.15-16; Jo 15.16; Gl. 5.22-23). O apóstolo Pedro nos deixou bem claro que estamos somente de passagem nessa vida, portanto não seria sensato construir nossas casas sobre uma ponte.

Na verdade, precisamos é evitar as paixões e inclinações de nossa carne: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma...” (1Pd 2.11).

Devemos nos decidir o que é prioridade em nossas vidas, pois se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens (1Co 15.19). O que realmente precisamos para mantermos uma comunhão sincera e reta diante de Deus deve ser o nosso maior objetivo, porquanto a paz verdadeira, a alegria sem igual e o descanso eterno se darão somente quando o Senhor vier em glória. Até a própria natureza hoje geme com as calamidades decorrentes da queda de Adão (Rm 8.19-22). Ademais, o mundo todo jaz no maligno (1Jo 5.19).

Os sofrimentos e as angústias que enfrentamos diariamente podem ser vencidos pela fé e pela esperança da vinda de Cristo; a esse respeito, o apóstolo Paulo nos ensina que as tribulações produz para nós um eterno peso de glória, ou seja, uma ardente expectativa das coisas celestiais em detrimento das terrenas (2Co.17-18).

Num abrir e fechar de olhos, Jesus nos arrebatará e transformará nossos corpos corruptíveis a semelhança do seu incorruptível (1Co 15.51-54; Fp 3.21; 1Ts 4.16-17). O que não podemos permitir são as aparentes belezas e encantos desse mundo ofuscar as maravilhosas e insondáveis riquezas que Cristo preparou para os salvos no céu.

O cristão verdadeiro, a partir do momento em que nasceu de novo, deve buscar as coisas do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus e não se conformar com esse século (Cl 3.1; Rm 12.2). “A nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo..." (Fp 3.20).

Vejamos o que o apóstolo João declarou aos cristãos primitivos: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procedem do Pai, mas procedem do mundo. Ora, o mundo passa, bem como sua concupiscência; aquele, porém que faz a vontade de Deus permanece eternamente “(Jo 2.15-17). Isso também vale para nós hoje, no entanto as advertências de Jesus e de seus apóstolos têm se tornados obsoletos e irrelevantes para a vida de muitos.

O propósito real do evangelho genuíno, que é promover a transformação de vidas e a salvação de almas, ficou esquecido. Muitas linhas teológicas têm apresentado um evangelho que busca satisfazer as necessidades físicas das pessoas, um evangelho diferente daquele revelado pelo Senhor. Diante disso, como é que fica a vida espiritual dos crentes? E a santificação requerida? Como é que se encontram muitos na casa de Deus?

Hoje, Jesus nos convida a voltarmos às veredas antigas (Jr 6.16). O espaço que Satanás queria ganhar no meio evangélico está sendo conquistado dia após dia. Onde a palavra do Senhor já não está mais sendo pregada e respeitada, o inimigo faz o que quer com as vidas. Jesus em breve voltará para buscar a sua igreja, e quando ele vier, levará somente um povo escolhido, zeloso e de boas obras; somente aqueles que lavaram suas vestes no sangue do cordeiro e não se apartaram da simplicidade do evangelho de Cristo ( Tt 2.14; 1Co 6.11, 15.1-2; 2Co 11.3).