EM BUSCA DA ESPIRITUALIDADE
EM BUSCA DA ESPIRITUALIDADE
Para o novo ateísmo, é possível alcançar um arrebatador sentimento de elevação, a partir de um estado de consciência plena, sem que isso se aproxime de algo com uma dimensão mística. O que seria mística? A palavra mística refere-se ao estudo das coisas divinas e espirituais; devoção religiosa; crença fanática em uma ideia, doutrina, pessoa e carisma. O cristianismo, tanto quanto o islamismo, ensinam as crianças que a fé sem questionamento é uma virtude. Não é preciso defender aquilo em que se acredita. Para se ter essa convicção se faz necessário que se saiba o que vem a ser fé. É uma palavra que significa “crença”, “credibilidade”.
A fé é um sentimento de total crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa. Ter fé implica uma atitude contrária à dúvida e está intimamente ligada à confiança. Em algumas situações, como problemas emocionais ou físicos, ter fé significa ter esperança de algo mudar de forma positiva, para melhor. A fé é o remédio seguro do sofrimento, mostra sempre os horizontes do infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. Confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim.
Fé inabalável só o é a que pode encarar a razão, em todas as épocas da Humanidade. Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a humanidade tem que servir-se, para conseguir na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar. No contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua religião. A fé é também sinônimo de religião ou culto. A fé cristã na palavra de deus, e em todos os ensinamentos pregados por Jesus Cristo, o enviado de Deus.
“Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele” (Marcos 11:23; veja Mateus 17:20; 21:21; 1 Coríntios 13:2). Muitos se recusam a confiar nesta ousada promessa de Jesus. Alguns dizem que Deus já não responde a orações nesta maneira, mas o texto não indica que essas promessas fossem limitadas àquela época. Outros dizem que isto aconteceria se tivéssemos bastante fé, mas que dificilmente alguém conseguiria conjurar tanta fé. Este ponto de vista contradiz o texto: primeiro Jesus ressaltou, em Mateus 17, que uma pequena quantidade de fé (do tamanho de um grão de mostarda) poderia conseguir; e segundo, esta perspectiva tira a ênfase do poder do Senhor para responder, e a focaliza no poder de crer da própria pessoa.
Se não vemos esta promessa como atingível, perdemos o importante auxílio do Senhor Jesus não está se referindo a montanhas literais, mas a obstáculos maiores e mais poderosos. As montanhas são usadas simbolicamente na Bíblia para descrever forças poderosas (Isaías 2:2), tarefas enormes (Zacarias 4:7), e barreiras impenetráveis (Isaías 41:14-16; Zacarias 14:4). O texto clássico sobre a remoção da montanha se refere à obra de João Batista, reestruturando radicalmente as vidas das pessoas para preparar para a vinda de Cristo:
“Todo vale será aterrado, e nivelado, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados” (Isaías 40:4). As mudanças na paisagem, que João efetuou por sua pregação, foram muito mais fundamentais do que um equipamento para mover terra poderia cumprir. Deus remove montanhas quando seu povo pede com fé. Ele pode afastar montanhas de avareza, egoísmo, inveja, ódio e sensualidade. Ele pode remover as barreiras que inibem nosso crescimento espiritual e que retardam a expansão de sua palavra. Jamais nos sintamos limitados pelo que nossa débil força própria pode fazer; Deus pode mover montanhas!
A espiritualidade pode ser definida como uma ‘propensão humana’ a buscar significado para a vida por meio de conceitos que transcendem o tangível, à procura de um sentido de conexão com algo maior que si próprio. A espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. Segundo diversas confissões religiosas, a espiritualidade traduz o modo de viver característico de um crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o transcendental. Cada doutrina religiosa comporta uma dimensão específica a esta descrição geral, mas, no aspecto religioso, pode-se traduzir a espiritualidade como “uma dimensão do homem” como ser “naturalmente religioso e que constitui, de modo temático ou implícito, a sua mais profunda essência e aspiração”.
Atualmente, a espiritualidade tem sido bastante estudada no que se refere às suas relações com a saúde humana. A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem aprofundando as investigações sobre a espiritualidade enquanto constituinte do conceito multidimensional de saúde; atualmente, o bem-estar espiritual vem sendo considerado mais uma dimensão do estado de saúde, junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais Alguns autores, porém, defendem a existência de uma espiritualidade inclusive em meio ao ateísmo. O filósofo ateu Karl Marx fala de uma “espiritualidade sem Deus” no sentido de uma abertura para o limitado, um reconhecimento de sermos relativos, mas abertos para o absoluto.
Seria o reconhecimento da dimensão misteriosa e limitada da existência, que precisaria passar por alguma explicação religiosa, uma experiência que vai além do intelecto. Achamos que a espiritualidade sem a presença de Deus só serve para os ateus. Aí sim, seria uma espiritualidade que necessitaria de explicações contundentes. A ressurreição e ressuscitação tem causado certa polêmica em algumas religiões cristãs. Disse o apóstolo Paulo, o grande disseminador das palavras de Jesus, em suas cartas aos Coríntios, anotadas no Novo Testamento.
“Se Cristo não foi ressuscitado, nós não temos nada para anunciar e vocês não tem nada para crer (...).
Se Cristo não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão (...). Se Cristo não ressuscitou, os que morreram estão perdidos (...). Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo”. A Ressurreição é um dos grandes dogmas do cristianismo, mas Paulo em sua época quando se referia a ressuscitação queria dizer ressurreição, e Cristo realmente teve a sua ressurreição em Espírito. Basta que consultemos os dicionários e vejamos a diferença entre as duas sinonímias.
A ressurreição é a volta definitiva do Espírito à sua pátria eterna. Verifica-se , quando ele chega a tal grau de elevação, que não mais se vê obrigado a habitar mundos onde a reencarnação se opera segundo as leis de reprodução, como ainda se dá na Terra. Aquele, que haja transposto essa fase de encarnações materiais, não mais pode morrer. Os espíritos Puros, não reencarnam mais e sendo Jesus um Espírito Puro ele cumpriu a sua missão terrena e não mais reencarnará. As palavras – “ressuscitar” e “ressurreição” –(Jesus) sempre as empregou figuradamente, num sentido oculto aos homens e em acepções diversas, conforme aos lugares, aos casos, às circunstâncias; conforme se tratava de uma morte aparente, ou de dar um ensino.
Nunca, porém, as empregou não sentido que os homens as atribuíam, de acordo com o estado de suas inteligências, com as suas pressões, tradições e preconceitos, no da volta do Espírito a um cadáver, a uma podridão, depois de ocorrida a morte real. Para os cristãos a ressurreição tem mais valor do que os sermões e os milagres de Jesus em vida. Como disse Paulo aos coríntios, sobre ela foi erguida toda a catedral da fé do cristianismo, sem ela, toda a esperança humana se resume aos limites da vida terrena. Paulo sempre dizia que todo ser humano é dotado de um corpo espiritual. É o que na Doutrina Espírita chamamos de Períspirito.
“Do ponto de vista de convencimento dos fiéis, a ressurreição é a garantia de uma graça concedida a toda a humanidade”. Na verdade Paulo era altamente espiritualizado. Jesus foi enviado por Deus, seu pai, para viver como um homem comum. Sofreu as dores que um ser humano teria sofrido. Morreu sem misericórdia. De acordo com a Doutrina cristã, todos os seres humanos ressuscitarão no dia do juízo final. Vejam como é complicado o entendimento do que Jesus falava, pois as parábolas ditas por ele eram pouco entendidas.
Quando em companhia de Pedro, João e Thiago seus discípulos favoritos se dirigia Jesus ao Monte Tabor, encontra um jovem pelo caminho. Jesus fala para o jovem acompanha-lo. O jovem o responde: mestre eu vou acompanha-lo, mas primeiro tenho que enterrar o meu pai. De pronto Jesus respondeu: “Deixe que os mortos enterrem seus mortos”. Mas, como um morto pode enterrar outro morto? Morto para Jesus era todos aqueles que vieram a Terra somente para praticar o mal em detrimento do bem.
Jesus quando foi crucificado e morte e ressuscitou ao terceiro dia, ele fez em espírito e não como afirmam determinadas religiões. Ele teve que passar mais 40 dias e 40 noites na Terra e para isso se materializou usando o ectoplasma. No Monte Tabor Jesus conversa com os espíritos de Moisés e Elias materializados. Pedro que tinha mediunidade de vidência disse: mestre é preciso armar mais duas tendas para os visitantes e Jesus respondeu que não havia necessidade. Depois os dois Espíritos se desmaterializaram e desapareceram.
Jesus ao regressar com os apóstolos pediu que eles não conversassem nada sobre o acontecimento e assim foi feito. “Se nada houvesse ocorrido na Páscoa, os seguidores de Jesus jamais teriam sido levados a lançar um movimento religioso em seu nome”, Segundo o site significados.com.br/, Páscoa cristã é a festividade mais importante para a religião. Páscoa significa passagem e tem origem no termo hebraico Pessach. O "Domingo de Páscoa" celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. A data é comemorada após a primeira lua cheia que ocorre no início da primavera, no hemisfério Norte.
A data é sempre entre os dias 22 de março e 25 de abril. Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa - período conhecido como Quaresma - os cristãos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz. A Semana Santa começa com o Domingo de Ramos, que lembra a entrada de Jesus em Jerusalém - ocasião em que as pessoas cobriam a estrada com folhas da palmeira, para comemorar sua chegada.
A Sexta Feira Santa, é o dia em que os cristãos celebram a morte de Jesus na cruz. O Domingo de Páscoa celebra a Ressurreição de Jesus e sua primeira aparição entre seus discípulos. A Páscoa já era comemorada antes da época de Jesus Cristo. Tratava-se da comemoração do povo judeu por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou cerca de 400 anos. Segundo a Bíblia o próprio Jesus participou de várias celebrações pascoais, quando tinha doze anos foi levado pela primeira vez pelos seus pais José e Maria para comemorar a Páscoa, tendo participado sempre, nos anos seguintes.
A mais famosa participação relatada na bíblia foi a "Última Ceia" onde Jesus participou da comunhão do corpo e do sangue, simbolizados pelo pão e pelo vinho. A Páscoa Judaica - A Páscoa instituída entre os judeus - Pessach - é comemorada pela conquista da liberdade dos hebreus, que viviam como escravos no Egito. Essa libertação coincidiu com a Primavera, que ocorria no mês hebraico (Nissan) que corresponde mais ou menos aos últimos dias de Março e meados de Abril., quando na bacia do Mediterrâneo começava a Primavera.
As comemorações fundiram-se com as tradições religiosas de seu povo. Essa Páscoa foi ampliada pelo cristianismo com um novo sentido. Os judeus seguem a tradição descrita no livro do Êxodo. Durante as festividades da Pessach, um jantar especial de comemoração, chamado "Sêder de Pessach", reúne toda a família, onde o pão ázimo, o vinho e ervas são servidos. O Pessach judeu é comemorado durante sete dias. Se ainda existirem dúvidas procurem pesquisas diversas que os senhores poderão se estender melhor, pois se aqui fôssemos enumerar todos os detalhes seria preciso à confecção de uma enciclopédia. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE