A questão da dor e do sofrimento
A QUESTÃO DA DOR E DO SOFRIMENTO
Miguel Carqueija
Frequentemente deparamos com pessoas que negam, raivosamente, a existência de Deus, apresentando um argumento em si medíocre e descabido, e que pode ser sintetizado assim:
“Se Deus existisse não permitiria essas injustiças e crueldades, ou esses desastres, terremotos, tsunamis, as doenças e misérias e crimes etc.”
A primeira coisa que me vem à mente, diante de argumentação tão tola que chega a ser ridícula, é esta: não se pode negar que Deus existe por causa do mal e da dor em nosso mundo, porque a existência de Deus já está resolvida numa instância anterior — a própria presença do universo. Todo o raciocínio dos ateus esbate-se inutilmente nesse paradoxo inexpugnável. Afinal, uma das questões máximas da filosofia é esta: por que existem coisas em vez de nada existir? Como é que isto se explica?
Nenhum raciocínio ateu responde a esta pergunta ou justifica a existência do universo. Postos contra a parede, como eu constatei pessoalmente diversas vezes, eles saem pela tangente com a pergunta absurda: “Então quem criou Deus?” Ora, mutatis mutantis, Deus é Deus — um ser eterno — e o universo é o conjunto de seres que subsistem no espaço-tempo e não são eternos. O universo não pode ter brotado do nada. Foi um sacerdote católico, o grande cosmólogo Georges Lemaitre, quem desenvolveu a teoria hoje conhecida como do “big bang”, aprovada inclusive por Albert Einstein.
Outra “saída pela tangente” é esta frase que já virou clichê: “Um dia a Ciência explicará tudo”. E aqui está o grande argumento materialista: um cheque em branco! Pior, com um futurível (e futuríveis não são válidos como argumentos) pretendem comprometer a Ciência! Ora, a Ciência não assinou contrato com o Ateísmo e não tem nenhuma obrigação de endossá-lo. O compromisso científico é com a Verdade.
Voltemos então ao problema do mal e do dano. O que esperam de Deus os ateus? Que, diante dos desastres naturais por exemplo — causado pelo próprio caráter predatório da civilização materialista e hedonista (como a seca no Brasil, provocada pelo desmatamento) — iria Deus, num universo onde existem limitações, interferir a toda hora com milagres que não deixassem dúvida sobre a sua existência? A vida material é efêmera e nosso destino definitivo está além da morte corporal. Que homens somos, que não podemos enfrentar a vida num mundo onde há dor, sofrimento? Queremos que Deus seja nossa babá? Não podemos entender que o sofrimento purifica?
Nossos irmãos materialistas poderiam se inclinar ao exemplo de tantos santos que passaram por horríveis provações e sempre mais louvaram a Deus!
Quanto ao mal moral, é fruto do livre-arbítrio. Aliás nós preferimos assumir o risco da liberdade. Se não pudéssemos escolher entre o bem e o mal não seríamos seres humanos, seríamos fantoches. Não teríamos portanto mérito algum.
Quando deixamos de lado o orgulho e o ressentimento e buscamos conhecer a Deus e sua Palavra, tudo se esclarece e se acalma em nossas almas; e em vez de frívola revolta somos inundados pela paz que o Amor Divino nos oferece.
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2014.
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A QUESTÃO DA DOR E DO SOFRIMENTO
Miguel Carqueija
Frequentemente deparamos com pessoas que negam, raivosamente, a existência de Deus, apresentando um argumento em si medíocre e descabido, e que pode ser sintetizado assim:
“Se Deus existisse não permitiria essas injustiças e crueldades, ou esses desastres, terremotos, tsunamis, as doenças e misérias e crimes etc.”
A primeira coisa que me vem à mente, diante de argumentação tão tola que chega a ser ridícula, é esta: não se pode negar que Deus existe por causa do mal e da dor em nosso mundo, porque a existência de Deus já está resolvida numa instância anterior — a própria presença do universo. Todo o raciocínio dos ateus esbate-se inutilmente nesse paradoxo inexpugnável. Afinal, uma das questões máximas da filosofia é esta: por que existem coisas em vez de nada existir? Como é que isto se explica?
Nenhum raciocínio ateu responde a esta pergunta ou justifica a existência do universo. Postos contra a parede, como eu constatei pessoalmente diversas vezes, eles saem pela tangente com a pergunta absurda: “Então quem criou Deus?” Ora, mutatis mutantis, Deus é Deus — um ser eterno — e o universo é o conjunto de seres que subsistem no espaço-tempo e não são eternos. O universo não pode ter brotado do nada. Foi um sacerdote católico, o grande cosmólogo Georges Lemaitre, quem desenvolveu a teoria hoje conhecida como do “big bang”, aprovada inclusive por Albert Einstein.
Outra “saída pela tangente” é esta frase que já virou clichê: “Um dia a Ciência explicará tudo”. E aqui está o grande argumento materialista: um cheque em branco! Pior, com um futurível (e futuríveis não são válidos como argumentos) pretendem comprometer a Ciência! Ora, a Ciência não assinou contrato com o Ateísmo e não tem nenhuma obrigação de endossá-lo. O compromisso científico é com a Verdade.
Voltemos então ao problema do mal e do dano. O que esperam de Deus os ateus? Que, diante dos desastres naturais por exemplo — causado pelo próprio caráter predatório da civilização materialista e hedonista (como a seca no Brasil, provocada pelo desmatamento) — iria Deus, num universo onde existem limitações, interferir a toda hora com milagres que não deixassem dúvida sobre a sua existência? A vida material é efêmera e nosso destino definitivo está além da morte corporal. Que homens somos, que não podemos enfrentar a vida num mundo onde há dor, sofrimento? Queremos que Deus seja nossa babá? Não podemos entender que o sofrimento purifica?
Nossos irmãos materialistas poderiam se inclinar ao exemplo de tantos santos que passaram por horríveis provações e sempre mais louvaram a Deus!
Quanto ao mal moral, é fruto do livre-arbítrio. Aliás nós preferimos assumir o risco da liberdade. Se não pudéssemos escolher entre o bem e o mal não seríamos seres humanos, seríamos fantoches. Não teríamos portanto mérito algum.
Quando deixamos de lado o orgulho e o ressentimento e buscamos conhecer a Deus e sua Palavra, tudo se esclarece e se acalma em nossas almas; e em vez de frívola revolta somos inundados pela paz que o Amor Divino nos oferece.
Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2014.
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