“Paz do Senhor”, minha opinião
Muitos já presenciaram os nossos amados irmãos pentecostais saudando-se mutuamente com estas expressões epigrafadas. Dirigem-na com e sem constrangimento. Alguns falam tão baixo que somente o seu interlocutor é que pode entender, porque talvez nem ele mesmo o entendeu audivelmente, tal é o acanhamento que muitos a emitem!
Bem o que eu vejo e interpreto de tudo isso, alinho nas notas abaixo:
01- Não é normativo, ou seja, não é regra para se observar impreterivelmente em todos os contatos. Há saudações com diversas palavras na Bíblia, sem que haja um padrão exclusivo para a saudação. (Exemplos: ...)
02- Não está disciplinado nas epístolas quaisquer saudações, a forma, a ocasião e as palavras competentes para serem ditas.
03- Em Lucas 10.4 (fine), Jesus pede para não haver saudação no caminho, em face da urgência em que os discípulos teriam que se empenhar ao levar a mensagem das boas novas.
04- Esta expressão “paz do Senhor, irmão”, não confere mais santidade, retidão, amor, fé ou quaisquer outras virtudes a quem a profere.
05- Quem não faz uso dela, não sofre nada em desvantagem, não se torna menos santo ou reto, não perde nada em termos de amor ou fé e nem é considerado desobediente.
06- Trata-se de exteriorismo ou simplesmente um dever social de quem enxerga o outro que atravessa seu caminho, desejando-lhe que a paz de Deus seja com ele também. É uma pitada de solidariedade e de interação interpessoal entre as pessoas, reconheço.
07- Não se trata de algo indispensável, “sui generis”, no relacionamento das pessoas.
08- Qualquer saudação que não se coadune com outros gestos (ou atos) subseqüentes não pode ter a aprovação de ninguém, muito menos de Deus. Exemplo: posso dizer “paz do Senhor, irmão”, mas ao mesmo tempo, passo, em seguida, a hostilizar o irmão ou jogá-lo contra outro – o que é diabólico!
Muniz Freire, 11 de outubro de 2007
Fernandinho do forum