NÃO EXISTÍAMOS ANTES, É NÃO VAMOS EXISTIR DEPOIS

Já que depois que o corpo MORRE os humanos irão para o Instituto Médico Legal, para a Funerária, para o Cemitério, ou para o Crematório, fica provado que não existe “VIDA APÓS A MORTE” DO CORPO, e sim, MORTE APÓS A VIDA BIOLÓGICA.

Até porque, somos apenas animais que nasceram sem nenhum propósito especial; mas que após milhões de anos evoluindo acumularam conhecimentos, e aprenderam racionalizar.

Foi muita sorte ter nascido um moderno ser humano; numa época cheia de confortos, de conhecimentos, e de liberdades; e não ter nascido como algum sofrido animal selvagem.

Embora no “ADAPTE-SE OU MORRA” da vida nada seja gratuito, tudo tenha um “Prazo de validade”, e a natureza só se interesse pelos que conseguem passar os seus genes adiante...

Para fugir de uma realidade incômoda, e para contrabalançar o fato de que "No longo prazo estamos todos mortos"; o eterno iludido fabrica mitologias infestadas de “milagres”, ou transforma lendas absurdas em intocáveis Dogmas.
Pois as religiões são o “casulo” onde se escondem os que têm dificuldades de viver num lugar competitivo, e cheio de armadilhas.

Por egocentrismo, instinto de sobrevivência, o chamado "Argumentum ad populum", e por imaturidade intelectual, o religioso não admite que a morte retira dos humanos a capacidade de manter os seus sentidos; e se agarra na ilusão de que a morte seria apenas uma passagem para a renovação espiritual...

Poucos aceitam deixar a vida e não mais retornar, sem se agarrar em amigos imaginários.
E mesmo com todo conhecimento acumulado pela ciência, a psique do religioso troca a realidade pela crendice de que a existência humana seria eterna.

Para minimizar a separação definitiva de tudo o que amamos, e fingir que o abismo do nada não se abrirá para sepultar as nossas esperanças; o eterno iludido se agarra a uma fé irracional, e usa as Rezas, os Cânticos, os Rituais, e as Mitologias, para fazer com que o seu cérebro produza Serotonina, ou entre no estado Alfa; pois em pleno Século XXI, a maioria conserva algum medo, solidão, ou instinto de seguir o líder, anterior a consciência humana de si mesmo.

Quanto mais compreendemos a natureza, com suas leis físicas, cosmológicas, matemáticas e piramidais, mais absurdas nos parecem à fé das multidões, com seus “milagres”, suas explicações mágicas, suas recompensas “após a morte”, seus devaneios, suas versões emocionais, ingênuas, simplistas ou medrosas.

O fato de darmos valor a inúmeras coisas que não duram para sempre, prova que a vida não precisa ser eterna para ter algum sentido, mas sim, ser relevante.

Se os humanos não tivessem medo da morte, hoje nem estaríamos aqui, pois a Natureza logo se descarta dos fracos, e dos que desiste de lutar para continuar vivo.
O fato da morte ser um acontecimento inevitável não significaria que a vida é uma porcaria, pois se a nossa existência, conforto, saúde, prazer e a posse temporária do que amamos, não fosse importante para nós, não ficaríamos frustrados com a certeza da nossa morte, e não faria diferença se um dia, nossa vida terá de findar.

Dê valor a tudo que você tem, aprecie a vida com sabedoria, e não fique triste pelo fato da vida ser só um minúsculo instante entre um nada antes e outro infinito nada depois...

Pois o homem que está livre das correntes que aprisionam os humanos comuns, tem uma oportunidade melhor de viver a vida.

Já o eterno iludido, por não conseguir se adaptar à realidade do mundo real, e ter necessidade de proteção, se agarra na convicção de que existiria algo melhor do que a vida biológica; nega o que lhe causa angustia ou aflição; e transforma as suas crendices numa fé irracional, porém agradável e glamorosa.

No casulo em que o eterno iludido se esconde, negar as evidências cientificas, desculpar o facilitismo, e só se interessar pelas versões religio$as, são formas de evitar o que poderia desmistificar as suas crenças.
RESUMINDO, o cristianismo é uma prisão/refúgio onde os “Bem-aventurados” são sempre os infelizes, os miseráveis, os passivos, os pobres, os decadentes, os sofridos e os arrependidos...

O eterno iludido é alguém que vive no mundo do faz de conta, escolhe o caminho da contemplação, e explica o que não sabe como sendo coisas do além.

Pois o que leva o eterno iludido buscar as bravatas doces e superficiais das versões religio$as é a angústia de penetrar numa verdade insuportável.

Para dá sentido à nossa morte, e a morte dos que amamos os fundamentalistas fantasiam que depois do óbito haveriam outras vidas...
Apesar da morte transformar em cinza o nosso corpo e impedir que continuemos vivendo, a morte é uma derrota insignificante, não impede que estejamos vivos agora, não impede que já tenhamos vivido, e não tira a importância de tudo que interferimos.

Se a morte é esquecimento, a sociedade será comemoração.
Se a morte é silêncio e ausência de significado, a vida biológica será o que dá
significado a si mesmo e ao mundo em que vivemos.