Aquele que serve
“Estou no meio de vós como aquele que serve” Lc 22,27
Jesus encara toda sua vida como uma diaconia. Sua existência é um ser-para-os-outros. É um serviço voluntário, feito por amor à pessoa do outro. Tal conceito de diaconia (serviço) opõe-se radicalmente ao domínio que no mundo um exerce sobre o outro.
O poder com o qual Cristo é investido apresenta-se como poder de amor, bem diverso do poder-dominação dos homens. Ele é frágil, vulnerável, conquista pela fraqueza e pela capacidade de doação e de perdão. Jesus, por assim dizer, “desdivinizou” o poder, mostrando-nos que é na fraqueza que se revela o Amor de Deus e o Deus de Amor (1 Cor 1,25; 2Cor 13,4).
O primado da caridade está no centro da própria vida e da atuação de Jesus, um amor maior que consiste em amar algo superior a nós mesmos. Para o Cristo, esse algo que legitima e justifica o amor maior, a ponto de se dar a vida por ele, tem duas dimensões: a pessoa de Deus e a pessoa do irmão. A novidade do testemunho de Jesus é que Deus quer ser servido nos outros e não tanto em si mesmo.
O místico Ruijsbroeck (+1381) o exprimiu com profundidade: “Se estiveres em êxtase como São Pedro ou São Paulo e se um doente precisar de uma sopa quente, ou qualquer outro serviço do mesmo gênero, aconselho-te a abandonares o êxtase e esquentar a sopa. Abandonas Deus de um lado para encontrá-lo do outro lado. Tu o serves em seus membros e não perdes nada com a mudança”.
A História nos oferece na figura de São Vicente de Paulo (1581-1660), “Arauto da misericórdia e da ternura de Deus” (João Paulo II), um esplêndido exemplo da identificação do amor de Deus e ao próximo. Assim afirma às Filhas da Caridade: “Irmã, embora se a oração se é extremamente necessária a uma Filha da Caridade, dir-lhe-ei todavia que, sendo sua principal função o serviço do pobre, quando se trata de socorrê-lo e haja receio de que lhe sobrevenha algum dano se não for prontamente atendido, as senhoras estão obrigadas a deixar a oração. Porque a assistência ao pobre foi prescrita por Deus e praticada por Jesus Cristo”.
Aqueles que crêem em Jesus, devem ser ajudados a viver segundo a prática de Jesus. Isto é, a adquirir o “espírito de Jesus”. Sem a prática e as atitudes a ortodoxia é incompleta e incoerente.
Assim, a espiritualidade quaresmal de 2015 é a síntese entre o “espírito de Jesus” e a aceitação da sua pessoa e do seu Evangelho.
“Estou no meio de vós como aquele que serve” Lc 22,27
Jesus encara toda sua vida como uma diaconia. Sua existência é um ser-para-os-outros. É um serviço voluntário, feito por amor à pessoa do outro. Tal conceito de diaconia (serviço) opõe-se radicalmente ao domínio que no mundo um exerce sobre o outro.
O poder com o qual Cristo é investido apresenta-se como poder de amor, bem diverso do poder-dominação dos homens. Ele é frágil, vulnerável, conquista pela fraqueza e pela capacidade de doação e de perdão. Jesus, por assim dizer, “desdivinizou” o poder, mostrando-nos que é na fraqueza que se revela o Amor de Deus e o Deus de Amor (1 Cor 1,25; 2Cor 13,4).
O primado da caridade está no centro da própria vida e da atuação de Jesus, um amor maior que consiste em amar algo superior a nós mesmos. Para o Cristo, esse algo que legitima e justifica o amor maior, a ponto de se dar a vida por ele, tem duas dimensões: a pessoa de Deus e a pessoa do irmão. A novidade do testemunho de Jesus é que Deus quer ser servido nos outros e não tanto em si mesmo.
O místico Ruijsbroeck (+1381) o exprimiu com profundidade: “Se estiveres em êxtase como São Pedro ou São Paulo e se um doente precisar de uma sopa quente, ou qualquer outro serviço do mesmo gênero, aconselho-te a abandonares o êxtase e esquentar a sopa. Abandonas Deus de um lado para encontrá-lo do outro lado. Tu o serves em seus membros e não perdes nada com a mudança”.
A História nos oferece na figura de São Vicente de Paulo (1581-1660), “Arauto da misericórdia e da ternura de Deus” (João Paulo II), um esplêndido exemplo da identificação do amor de Deus e ao próximo. Assim afirma às Filhas da Caridade: “Irmã, embora se a oração se é extremamente necessária a uma Filha da Caridade, dir-lhe-ei todavia que, sendo sua principal função o serviço do pobre, quando se trata de socorrê-lo e haja receio de que lhe sobrevenha algum dano se não for prontamente atendido, as senhoras estão obrigadas a deixar a oração. Porque a assistência ao pobre foi prescrita por Deus e praticada por Jesus Cristo”.
Aqueles que crêem em Jesus, devem ser ajudados a viver segundo a prática de Jesus. Isto é, a adquirir o “espírito de Jesus”. Sem a prática e as atitudes a ortodoxia é incompleta e incoerente.
Assim, a espiritualidade quaresmal de 2015 é a síntese entre o “espírito de Jesus” e a aceitação da sua pessoa e do seu Evangelho.