QUARTA-FEIRA DE CINZAS
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
"Cristo é o Governador Espiritual da Terra, e encontra-se aqui desde a formação do planeta, presidindo-o. Não há ninguém com autoridade superior à dele, com exceção de Deus. Cristo é a face do Pai Celestial para os homens. É o Espírito escolhido por Deus para nos servir de guia e modelo." (José Carlos de Lucca).
Dizem alguns historiadores que uma grande maioria das festas cristãs tem um cunho pagão. Quem faz as afirmações baseia nas tradições dos povos antigos, pois os rituais eram mágicos religiosos e os religiosos usavam essa artimanha para controlar certos e determinados fatores que poderiam representar reveses em suas vidas. Com o passar do tempo tudo muda, no entanto, os desvios foram se sucedendo e nos dia de hoje esses rituais aparecem muito deturpados, nas mais diversas festividades cristãs.
Essas mudanças são frutos da evolução humana, principalmente a evolução espiritual que é a mais importante de todas. A Páscoa deriva do hebraico pesach pelo grego páscha e pelo latim clássico pascha. As sinonímias são parecidas e se denota alguma diferença pela aposição de um sinal agudo. Na época pré-mosaica, festa da primavera de pastores nômades. Festa anual dos hebreus, transformada em memorial de sua saída do Egito.
Festa anual dos cristãos, que comemora a ressurreição de Cristo e é celebrada no primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio de março. O cumprimento do preceito pascal, sobretudo quando feito coletivamente. O festejo da Páscoa com ovos de chocolate deixados pelo coelhinho, pulando no Carnaval; colocamos cinzas na testa na quarta-feira de cinzas e nos penitenciamos durante 40 dias da quaresma. Elsie Dubugras indaga: "Mas será que sabemos por que tudo isso e qual a verdadeira origem desses costumes e rituais"?
Uma pesquisa em profundidade foi feita para descobrir a sua procedência, e trouxe respostas das mais interessantes e curiosas. Uma indagação: Você sabia que a festa da Páscoa, não a dos hebreus, mas a de hoje, é uma representação das tradicionais religiosas e pagãs de vários povos desde a remota antiguidade? Devemos nos lembrar de que o paganismo deriva do latim paganus, 'pagão'+ - ismo, que representa o conjunto dos que não foram batizados. Religião pagã.
Alguns dicionários dizem que a palavra "carnaval" poderia ter se originado do latim medieval carnem levare, ou seja, "leve-se embora a carne" ou carnem levarium ("remova a carne"). A dedução não perece , mas tem lógica, pois o Carnaval antecede a Quaresma, quando a religião Católica recomenda a abstinência de carne. Será para quem tem fome e o único alimento disponível é a carne, o católico ou simpatizante vai ficar com fome? Incompreensível esse dogma.
A igreja católica já perdeu muitos fieis pelo excesso de dogmas no seio da religião. Outras fontes consultadas declaram que o Carnaval está intimamente ligado a uma festividade pagã da antiga Roma: a Saturnália, durante a qual os foliões dançavam e pulavam para o alto. Os romanos faziam também, em honra as suas divindades, bolos de farinha, queijo, mel aceite e ovos, derivando-se esse costume dos mistérios babilônicos.
Outro costume de origem pagã, o coelho como símbolo da fertilidade e fecundidade, apareceu por volta de 1215 na França, derivando-se também dos mistérios babilônicos. Uma mistura de mitologia pagã com a simbologia cristã segundo nos informa Jeovah Mendes. Modernamente, o costume pagão de presentear os amigos na Páscoa, continua, mas nas mais com ovos de galinha, enfeitados, mas sim com ovos de chocolate.
Este apareceu mais ou menos em 1929, quando este produto começou a ser industrializado em larga escala. São comuns nos dias atuais, presentes na grande mídia que incute no povão ignorante o hábito de dizer "Feliz Páscoa", dando mostra do que se fala sem se saber o que está dizendo. O verdadeiro cristão não comemora o Dia da Páscoa, especialmente a de hoje, que só visa o consumismo, contribuindo para o enriquecimento daqueles que não têm nenhum compromisso como Evangelho da Salvação.
Não precisamos de Páscoa "Porque Cristo, nessa Páscoa, foi sacrificado por nós". (1 Coríntios 5:7). Existem muitas histórias sobre o Carnaval, resta saber se todas elas têm um "Q" de verdade. Dizem que o carnaval não se destinava a divertir o povo como o Carnaval de hoje em dia, pois era um ritual mágico e homeopático para incentivar as plantas a crescer. Em alguns desses festejos, os foliões usavam máscaras e desferiam golpes para o ar. Por vezes os golpes eram dirigidos aos que estavam por perto, mas todos tinham uma só finalidade: assustar e afugentar os demônios que prejudicavam as colheitas do povo.
Na quarta-feira de cinzas, o primeiro dia após o Carnaval e o início da Quaresma, os padres da Igreja Católica Apostólica Romana costumam fazer uma cruz na testa dos fiéis com as cinzas conseguidas das palmas bentas do domingo de Ramos da Quaresma anterior. (Fonte: http://www.imagick.org.br). Diz Frazer que esse costume se origina no Antigo Egito, quando ainda se praticavam sacrifícios humanos.
A vítima era sempre um homem de cabelo vermelho, pois essa cor representava o cereal maduro. Depois de morto e queimado, suas cinzas eram espalhadas pelos campos para que as colheitas fossem abundantes. Todavia, quando se tornava necessário expulsar os demônios que infestavam o lugar, os egípcios também usavam ramos de plantas frescas ou as queimavam e aproveitavam as cinzas.
Deve se observar que a cerimônia das Cinzas só começou a ser usada pela Igreja nos primeiros séculos da era cristã. O ritual era a forma empregada pela Igreja para admitir os penitentes à comunidade; na ocasião, eles se vestiam com roupas de saco. Depois do século 10 d.C., toda a congregação cristã, as pessoas de fora que quisessem participar e até os padres podiam tomar parte no ritual e na aspersão de cinzas.
A quaresma propriamente dita equivale ao tempo em que as pessoas com doenças contagiosas ficavam em isolamento. Durante esse período, fazia se a limpeza e a purificação do lugar onde o doente morava a queimava se a sua roupa. De início, o isolamento era de trinta dias a chamava se trintena, mas ele foi depois aumentado para quarenta dias a passou a chamar se quarentena, palavra que ainda hoje é usada.
Um das versões sobre a Quaresma é a de que segundo a Igreja católica, o tempo de Quaresma define o período que Moisés esteve no monte aguardando as tábuas da lei e os dias que Jesus passou no deserto, orando e jejuando. Por este motivo, exortam se os fiéis a obedecer a certos rituais, fazer penitências, darem esmolas, orar e jejuar, tudo em preparação para a Páscoa, o dia em que se celebra a ressurreição de Cristo.
A palavra jejuar deriva do latim tardio jejunare que significa praticar o jejum; abster-se de comer: Abster-se de algo. Continuar na ignorância de algo. É costume no dia de quarta-feira de cinzas, muitas pessoas saírem de casa em casa pedindo o seu jejum. A Escritura não ordena que os cristãos jejuem. Não é algo que Deus peça ou exija dos cristãos. Ao mesmo tempo, a Bíblia apresenta o jejum como algo bom, lucrativo e esperado.
O Livro de Atos registra os crentes jejuando antes de tomarem importantes decisões (Atos 13:4; 14:23). Jejum e oração frequentemente andam juntos (Lucas 2:37; 5:33). Muito frequentemente, o foco do jejum é a falta de comida. Mas ao invés disto, o propósito do jejum deveria ser desviar seus olhos das coisas deste mundo, e então direcionar sua mente a Deus. Jejuar é uma maneira de demonstrar a Deus e a você mesmo que você leva a sério seu relacionamento com Ele.
Jejuar ajuda você a ganhar nova perspectiva e uma renovada confiança em Deus. O que impele as pessoas ou as comunidades religiosas a diminuir a ingestão de alimentos? Dizem os conhecedores do assunto que existem três grandes categorias de jejuadores. A primeira engloba os que fazem isso para conseguir poderes mágicos ou aumentar os que já possuem e, assim, dominar as forças da natureza a outras. Nessa classe estariam os xamãs, os pajés, etc.
Na segunda categoria encontram se os que praticam a abstinência com o intuito de fortalecer sua própria fibra moral e, também, a da comunidade a que pertencem. Um exemplo moderno é o hindu Mahatma Gandhi. Em terceiro lugar está às comunidades religiosas que tentam controlar seu(s) apetite(s) oferecendo penitência a Deus, categoria em que estariam enquadrados os cartusianos, as carmelitas, etc.
Queríamos agradecer as informações citadas nesse artigo que nos permitiu fazer um artigo explicativo sobre o carnaval, a quarta-feira de cinzas e a páscoa. E para encerrar temos a dizer que Qual a razão de festejar se a Páscoa com ovos? Porque os ovos simbolizam a vida nova e, portanto, a ressurreição. Antigamente, em especial no norte da Europa, o povo não costumava comer ovos durante a Quaresma, mas no sábado de Aleluia (o dia que antecede a Páscoa) as pessoas cozinhavam os ovos que tinham recolhido a os pintavam com cores alegres.
No dia da Páscoa, eles eram dados aos amigos a parentes ou escondidos nos jardins e quintais para que as crianças os procurassem. Dizia se que o coelhinho deixara os ovos lá...Nos Estados Unidos há um costume interessante: para ter sorte, as pessoas rolam ovos coloridos e pintados nos gramados da Casa Branca, a residência do presidente americano.
Mas como é que o coelhinho entrou nessa história toda? Porque esse simpático animal assemelha-se à lebre que, no Antigo Egito, simbolizava a fertilidade e a periodicidade humana e lunar. Aos poucos, a imagem da lebre chegou à Europa, transformou se em coelho a foi adotada pelo povo. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE