A RELIGIÃO NO CONCEITO DE TIAGO O APÓSTOLO

Há um provérbio popular que diz: “Religião, Futebol e Política, não se discute”.

Mas, pensando bem, poucas são as pessoas que jamais discutiram ao se depararam com essas questões polêmicas, pois queiramos ou não, vez por outra, entramos em discussão sobre esses assuntos.

Porém, no presente artigo, estaremos falando sobre “a religião no conceito do Apóstolo Tiago”. É um assunto tão vasto, que se nos envolvêssemos com profundidade, teríamos que dispor de tempo, papel e tinta para tão ampla descrição; mas prometemos contextualizá-lo de forma superficial para não tornar o leitor cansativo.

Embora existam muitos conceitos sobre esse assunto, achamos por bem descrever o que falou, (ainda na metade do primeiro século da era Cristã), o Apóstolo Tiago, o meio irmão do Senhor Jesus. Em sua epistola, escreveu esse Apóstolo:

“Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes enganando o seu coração, a religião desse é vã. A Religião pura e imaculada para com Deus o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. (Tg. 1: 26-27).

No nosso entendimento, esse conceito que Tiago escreveu é de uma profundidade sem paralelo na historia das religiões. E isso foi escrito, como já descrevemos acima, mais ou menos, na metade do primeiro século da era cristã. Jamais, alguém falou com tanta profundidade, em época tão remota, sobre um assunto tão polêmico, como falou esse apóstolo.

Isso mostra o quanto é atualizada a Bíblia Sagrada! O norte americano, Billy Graham, um dos maiores pregadores do século XX, disse: “A Bíblia é mais atual do que o jornal que vai circular amanhã”.

Há quem diga, que Tiago, através do texto acima, “almejava fortalecer e consolar os cristãos, exortando-os acerca da profundidade da verdadeira, pura e imaculada religião para com Deus a qual é: a) visitar os órfãos e as viúvas nas tribulações; b) não fazer acepção de pessoas e c) guardar-se da corrupção do mundo”.

Com raras exceções, no primeiro século, os órfãos e as viúvas viviam uma situação de subsistência, ou extrema pobreza. Em alguns casos os parentes que tinham condições, as vezes contribuíam, com essas pessoas, apenas com o necessário; quando não apareciam tais contribuições, tinhas duas opções: se entregarem a escravatura ou então morrerem de fome; razão porque Tiago recomendou cuidados especiais aos órfãos e as viúvas, pois aqueles que praticavam esses recomendações, evidentemente, colocavam a palavra de Deus em prática, “pois quando damos sem pensar em receber, mostramos o que verdadeiramente significa servir aos outros”.

A religião, em um passado não muito distante, era mais praticada pela sociedade, havia mais frequência nas reuniões; os templos eram superlotados, e as pessoas eram mais tementes a Deus. Hoje essa prática, para muitos, está quase que obsoleta. Muitos frequentam ainda as reuniões religiosas, porém, na sua maioria é apenas para cumprir tabela.

Por conta disso, tem muita gente agindo de forma parcial, com base nessa recomendação de Tiago. Parcial porque, embora proceda as visitas e suprimento às viúvas e aos órfãos, não refreiam suas línguas do mal e terminam procedendo inconvenientemente. Podemos dizer que, estão arrancando o que por eles foram plantado. Significa dizer que, não basta apenas visitar as viúvas nas suas tribulações, ou suprir as necessidades dos órfãos, é preciso dedicar um pouco do seu tempo na adoração a Deus. Ninguém tem maior direito de ser louvado e adorado, senão Deus; e ninguém tem maior obrigação de louvá-lo e adorá-lo senão o homem.

Precisamos “voltar ao primeiro amor”. (Apocalipse, 2: 4). Aquele amor por Cristo e pela família; aquele amor que tínhamos no início de nossa vida cristã; um amor original, puro, fervoroso e cheio de alegria! Como diz a Cantora Aline Barros: “Precisamos voltar ao início de tudo...”.

Infelizmente, o homem inverte os papéis, adora a criatura em lugar do criador. Toda a nossa adoração deve ser endereçada a Deus. Está escrito no Livro de Isaías, capítulo 42 e versículo 8: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, eu não a darei a outrem, nem a minha honra as imagens de escultura”.

Conscientizemo-nos, de que a glória pertence somente a Deus, que criou todas as coisas e tem o poder de transformar vidas.

Luís Gonçalves
Enviado por Luís Gonçalves em 01/01/2015
Reeditado em 01/01/2015
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