Visão Cristã da História
Entendemos por concepção cristã da história ou mais precisamente concepção teológica da história, aquela das doutrinas que tentam explicar a história humana como realização dos desígnios de uma Providência, ou como o caminho que nos leva a um reino divino. Trata-se, pois, de uma concepção providencialista, na qual fortemente se destaca o caráter temporal, dramático e irreversível do histórico.
Duas as posições centrais que nos revelam como o cristianismo abordou as ideias historiográfica grego-romana: A posição otimista da natureza humana e posição em que é revelada a ideia substancialista de entidades eternas subjacentes ao processo do decorrer histórico.
A posição substancialista deu origem a várias teorias, com grande multiplicidade de interpretações, enquanto a filosofia greco-romana foi inevitavelmente colocada em crise ao tentar abordar o aspecto substancial pela doutrina cristã da criação. Sob este prisma, o eterno foi caracerizado, tão somente, pela ideia de Deus e já não as coisas por Ele criadas.
A realização do homem, os seus projetos levados a efeito pala sua ação, o são sob a influência da inteligência divina e não pelos próprios desígnios do homem, mas, sim, pela diretriz ordenada e pré-estabelecida pela inteligência superior. Dessa forma, é inevistável que o homem tenha a sua atuação na obscuridade ,desconhecendo os resultados que advirão de seu trabalho.
A introdução das ideias cristã teve efeito sobremodo relevantes na concepção da história. Um deles, particularmente, seria a nova posição em que a história humana seria uma realização dos proósitos divinos, enquanto se pensava que o processo histórico estavam intimament relacionado, apenas, com a concretização das propósitos humanos.
A filosofia cristã, tanto a protestante como a católica, realizou uma verdadeira conversão filosófica, com o aparecimento da atitude existencialista, extramamente favorável à constituição de uma filosofia religiosa.
A filosofia católica francesa contemporânea desenvolvou a meditação sobre a transcendência vivida especialmente no arraigamento na história e na vida social, mostrando na imanência da história profana, a emergência da transcendência da história santa, que transporta e dá sentido à primeira.
Já o Padre Daniélou vai ainda mais longe no caminho do reconhecimento da história profana e de suas leis ao afirmar: A posição cristã a respeito da realidade social é clara. Esta realidade, que compreende os condiciomentos ecoômicos e políticos é importante. Em outros termos, há uma dialética da história. E é a parte válida da obra de Marx.
Este problema das relações do Cristinianismo e da história foi recentemente abordado por Henry Duméry, que procura aplicar à história do cristinianismo o método fenomenológico. Tenta extrair da história do cristianismo o sentido de que se institui nela tomando corpo no acontecimento.
Uma característa do pensamento católico francês de hoje seria o cuidado de separar o cristianismo da história e da vida social. Coloca uma série de agudos problemas que estão intimamente relacionados, não somente a essa dupla forma de leitura da história, mas e principalmente, também às atitudes comandadas por essa dupla leitura.
Assim nos diz Paul Ricoeur: "Na minha opinião, falta a este tipo de pensamento uma reflexão positiva sobre o sentido a técnica e da necessidade histórica que ela cria, e uma reflexão positiva sobre o sentido do direito e dos quadros abstratos de toda instituição humana... não me parece que se possa levar a sério as exigências do Eterno, nem que a fidelidade a esse Eteerno possa ser verdadeiramente criadora, se não se compreende nem se assume o movimento da história".
Duas as posições centrais que nos revelam como o cristianismo abordou as ideias historiográfica grego-romana: A posição otimista da natureza humana e posição em que é revelada a ideia substancialista de entidades eternas subjacentes ao processo do decorrer histórico.
A posição substancialista deu origem a várias teorias, com grande multiplicidade de interpretações, enquanto a filosofia greco-romana foi inevitavelmente colocada em crise ao tentar abordar o aspecto substancial pela doutrina cristã da criação. Sob este prisma, o eterno foi caracerizado, tão somente, pela ideia de Deus e já não as coisas por Ele criadas.
A realização do homem, os seus projetos levados a efeito pala sua ação, o são sob a influência da inteligência divina e não pelos próprios desígnios do homem, mas, sim, pela diretriz ordenada e pré-estabelecida pela inteligência superior. Dessa forma, é inevistável que o homem tenha a sua atuação na obscuridade ,desconhecendo os resultados que advirão de seu trabalho.
A introdução das ideias cristã teve efeito sobremodo relevantes na concepção da história. Um deles, particularmente, seria a nova posição em que a história humana seria uma realização dos proósitos divinos, enquanto se pensava que o processo histórico estavam intimament relacionado, apenas, com a concretização das propósitos humanos.
A filosofia cristã, tanto a protestante como a católica, realizou uma verdadeira conversão filosófica, com o aparecimento da atitude existencialista, extramamente favorável à constituição de uma filosofia religiosa.
A filosofia católica francesa contemporânea desenvolvou a meditação sobre a transcendência vivida especialmente no arraigamento na história e na vida social, mostrando na imanência da história profana, a emergência da transcendência da história santa, que transporta e dá sentido à primeira.
Já o Padre Daniélou vai ainda mais longe no caminho do reconhecimento da história profana e de suas leis ao afirmar: A posição cristã a respeito da realidade social é clara. Esta realidade, que compreende os condiciomentos ecoômicos e políticos é importante. Em outros termos, há uma dialética da história. E é a parte válida da obra de Marx.
Este problema das relações do Cristinianismo e da história foi recentemente abordado por Henry Duméry, que procura aplicar à história do cristinianismo o método fenomenológico. Tenta extrair da história do cristianismo o sentido de que se institui nela tomando corpo no acontecimento.
Uma característa do pensamento católico francês de hoje seria o cuidado de separar o cristianismo da história e da vida social. Coloca uma série de agudos problemas que estão intimamente relacionados, não somente a essa dupla forma de leitura da história, mas e principalmente, também às atitudes comandadas por essa dupla leitura.
Assim nos diz Paul Ricoeur: "Na minha opinião, falta a este tipo de pensamento uma reflexão positiva sobre o sentido a técnica e da necessidade histórica que ela cria, e uma reflexão positiva sobre o sentido do direito e dos quadros abstratos de toda instituição humana... não me parece que se possa levar a sério as exigências do Eterno, nem que a fidelidade a esse Eteerno possa ser verdadeiramente criadora, se não se compreende nem se assume o movimento da história".
Roberto Gonçalves
Escritor
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