José, a interpretação de sonhos e a função dos sonhos
“Ora, tiveram ambos um sonho, cada um seu sonho na mesma noite, cada um conforme a interpretação do seu sonho, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam presos no cárcere: Quando José veio a eles pela manhã, viu que estavam perturbados. (...)Tivemos um sonho e ninguém há que o interprete. Pelo que lhes disse José: Porventura não pertencem a Deus as interpretações? Contai-mo, peço-vos”. (Gen. 40:5)
“Passados dois anos inteiros, Faraó sonhou que estava em pé junto ao rio Nilo; e eis que subiam do rio sete vacas, formosas à vista e gordas de carne, e pastavam no carriçal. Após elas subiam do rio outras sete vacas, feias à vista e magras de carne; e paravam junto às outras vacas à beira do Nilo. E as vacas feias à vista e magras de carne devoravam as sete formosas à vista e gordas”. (Gên. 41)
“Ouvi, peço-vos, este sonho que tive: Estávamos nós atando molhos no campo, e eis que o meu molho, levantando-se, ficou em pé; e os vossos molhos o rodeavam, e se inclinavam ao meu molho” (Gen. 37:6)
“E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mat. 1:20)
Vemos através da Bíblia que os sonhos tomam grande importância. Geralmente se ligam a faculdade mística da profecia. Tanto o José egípcio, quando o José que seria esposo de Maria, ambos tiveram grandes revelações por sonhos. Claro que o sonho relativo ao padeiro-mor, bem como em relação ao Faraó, tiveram mais algo a ver com o Egito, e com aquele exílio (galut) que seria um de muitos. Mas nem sempre os sonhos têm essa função espiritual, ou mesmo profética.
Segundo Maimônides, os sonhos podem ser falsos, ou proféticos. Já a Torá Or fala que os sonhos vêm da faculdade da alma de gerar fantasias. Já o Talmud (Berachot 1: 10B) diz que os sonhos muitas vezes não trazem a verdade. Existem dois tipos de profecias em sonhos: as que são trazidas por anjos e as que são trazidas por shedim (demônios). Assim se deve pedir a Deus e não confiar cegamente nos sonhos. Os sonhos podem ainda ser conseqüência do exílio, como lembra o Likutei Sihot. Porque o universo criado constitui uma pequena peça. Tudo está sujeito a Providência Divina. São poucos talvez os sonhos que se revelem legítimo serviço a Deus (avodá), talvez muitos deles nos ligando mais ao corpo, que a objetivos espirituais. Os sonhos são duvidosos porque permitem coexistência de situações contraditórias.
Todo o serviço a Deus no exílio é similar ao sonho. E todos os exílios são do Egito. Já falamos que o Egito é o ego, e o materialismo que afasta de Deus. E segundo o Zohar o sonho segue a interpretação. Por isso deve ser cuidadoso ao interpretar sonhos. Não raro já fui consultado por amigos, ou mesmo para tirar a curiosidade em relação a sonhos. Vejo que muitos símbolos são invertidos (como porco significar dinheiro, morte significar nova vida etc), e assim consigo satisfazer alguma interpretação. Mas José ao seu tempo tinha a cabeça a prêmio, e interpretar sonho de Faraó foi um grande fator de risco.
Vemos que sob aspecto místico existem sonhos que podem fazer uso da alma, outros da alma animalesca, e assim ter funções bem diferentes. Tivemos em Freud um expoente nesse sentido de interpretar, bem como Jung, de modo que os aspectos psicológicos são desvelados por sonhos. Mas muitas pessoas não lembram. Fato é que na Bíblia o contato com Deus se dá muitas vezes por sonhos, e todos os profetas assim o fizeram, com exceção de Moisés (Moshe), que teve um contato direto. Por fim, devemos saber que nosso anjo se comunica em sonhos, e que muitos sinais são dados por esse meio. A intuição leva a compreender esse canal de comunicação. E a Bíblia nos mostra a importância que foi interpretar um sonho para se reconhecer o messias (Machiach), quando do sonho de José.
Segundo Maimônides, os sonhos podem ser falsos, ou proféticos. Já a Torá Or fala que os sonhos vêm da faculdade da alma de gerar fantasias. Já o Talmud (Berachot 1: 10B) diz que os sonhos muitas vezes não trazem a verdade. Existem dois tipos de profecias em sonhos: as que são trazidas por anjos e as que são trazidas por shedim (demônios). Assim se deve pedir a Deus e não confiar cegamente nos sonhos. Os sonhos podem ainda ser conseqüência do exílio, como lembra o Likutei Sihot. Porque o universo criado constitui uma pequena peça. Tudo está sujeito a Providência Divina. São poucos talvez os sonhos que se revelem legítimo serviço a Deus (avodá), talvez muitos deles nos ligando mais ao corpo, que a objetivos espirituais. Os sonhos são duvidosos porque permitem coexistência de situações contraditórias.
Todo o serviço a Deus no exílio é similar ao sonho. E todos os exílios são do Egito. Já falamos que o Egito é o ego, e o materialismo que afasta de Deus. E segundo o Zohar o sonho segue a interpretação. Por isso deve ser cuidadoso ao interpretar sonhos. Não raro já fui consultado por amigos, ou mesmo para tirar a curiosidade em relação a sonhos. Vejo que muitos símbolos são invertidos (como porco significar dinheiro, morte significar nova vida etc), e assim consigo satisfazer alguma interpretação. Mas José ao seu tempo tinha a cabeça a prêmio, e interpretar sonho de Faraó foi um grande fator de risco.
Vemos que sob aspecto místico existem sonhos que podem fazer uso da alma, outros da alma animalesca, e assim ter funções bem diferentes. Tivemos em Freud um expoente nesse sentido de interpretar, bem como Jung, de modo que os aspectos psicológicos são desvelados por sonhos. Mas muitas pessoas não lembram. Fato é que na Bíblia o contato com Deus se dá muitas vezes por sonhos, e todos os profetas assim o fizeram, com exceção de Moisés (Moshe), que teve um contato direto. Por fim, devemos saber que nosso anjo se comunica em sonhos, e que muitos sinais são dados por esse meio. A intuição leva a compreender esse canal de comunicação. E a Bíblia nos mostra a importância que foi interpretar um sonho para se reconhecer o messias (Machiach), quando do sonho de José.