UMA CONCESSÃO DE DEUS

Assim como uma concessão feita por um poder temporal xistente como autoridade terrestre, a vida também é uma concessão divina e privada, dada para um fim público. Por isso, do que fazemos com ela, teremos que prestar contas com aquele que nos fez essa concessão. E isso não é uma tese aventada, mas antiquíssimos registros bíblicos nos mostram que assim é, veja:

“Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.” Rm. 14:7.

Mas a ignorância humana sobre isso e a falta de temor ao Deus criador, devido não reconhece-lo como Senhor sobre tudo, leva alguém a pensar e dizer que a sua vida lhe pertence e que dela o tal faz o que quiser. Ainda que esse poder, também como uma concessão, possa ser exercido pelo cessionário. E um fato que pode provar que ninguém pode fazer da sua vida o que bem quiser, é que também ninguém tem o poder de viver pelo tempo que quiser, pois ninguém pode reter o espírito (fôlego de vida) no dia da morte. Ec. 8:8.

Ao cessionário foi dado livre arbítrio para fazer aquilo que lhe convém, já que o concessionário não o fez como um ser autômato. Entretanto o concessor além de ter elaborado regras comportamentais para nortear o ser a quem tem sido feito a concessão da vida, também deu-lhe a capacidade cognitiva (intelecto) a fim de poder julgar o seu modo de agir. Assim, cada indivíduo deveria saber a que fim veio, a fim de buscar cumprir o seu desiderato nesta curta existência.

Um grande exemplo dado pelo próprio criador do homem foi o de como ele viveu aqui entre eles quando cumpriu o seu ministério terreno. Ele poderia ter dominado sobre aqueles que detinham o poder recebido, os quais se haviam rebelado e se feito inimigos dele, mas não o fez. Também poderia ter mostrado aqueles a quem foi concedido poder de representa-lo, que Ele, Jesus, era quem mandava na criação. Já que tudo foi feito por Ele e para Ele. (Hb. 1:2). Mas também não o fez. Isso pode parecer a nós humanos que Ele não tinha esse poder. Entretanto, como ele falou aos seus discípulos em certa ocasião, Ele não veio para julgar o mundo, mas para salva-lo. Jo. 12:47, ú.parte. A sua missão, na ocasião, era dar a sua vida (sangue) para resgate de muitos. Mc. 10:45. Entretanto esses podem ignorar que se o autor da vida deu a sua vida para resgate do homem caído, esses, pelos quais ele morreu, não podem mais viver para si mesmos. Antes deveriam dedicar as suas vidas para servir ao autor e cedente dela.

Portanto, avaliemos os nossos comportamentos e ações, e voltemos para aquele que concede a vida, e que diz se-la. E vivamos segundo as suas regras de bom viver, a fim de que não venhamos a nos envergonhar no dia da prestação de contas, no juízo. Pois “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.” Ec. 12:14.