Padre Geovane Saraiva, 26 anos de padre
Crônica do Prof. Jardel Silveira, Msc*
De Domingo a Sexta, exceto às segundas, a Santa Missa é celebrada pontualmente às 18hs. No Altar, alguns ícones nos chamam a atenção nesta belíssima Igreja, ao centro, uma cruz cujo eixo maior forma um tipo de arco, a base da mesa do altar claramente nos remete à mente a forma de um peixe, à esquerda um bonito e destacado quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, à direita uma estátua de médio porte de Santo Afonso Maria de Ligório. Vale a pena dar destaque para quatro belíssimos e enormes pinturas que nos lembram várias passagens da vida de Jesus, nos quais Maria, nossa Mãe, sempre estar presente. Mas há ainda dois ícones que estão ali colocados de uma forma mais humilde, um deles é um pequeno quadro do Padre de Foucauld e o outro é um banner com uma foto de Dom Hélder Câmara, o bispo vermelho, como também era conhecido, devido à sua devoção pelos mais humildes, os menores.
Ora pois, a Cruz é um símbolo que nos lembra o presente maior que Deus nos deu, seu único Filho e não poderia mesmo faltar na Igreja da qual Cristo é a cabeça. O peixe é também um símbolo fortíssimo do Cristianismo, que representa os Cristãos, os fiéis, "E disse-lhes: Vinde após mim e vos farei pescadores de homens." (cf. Mt 4, 19). As estátuas de Santo Afonso e o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro são ícones dos irmãos redentoristas, filhos de Santo Afonso, fundadores desta Igreja, e a estes o chefe da Igreja Católica, 150 anos atrás, confiou a guarda do quadro original de Nossa Perpétuo Socorro e a missão de difundir a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Mas donde viria a origem da presença tão marcante de Dom Hélder, Cardeal Aloísio Lorscheider e do Bem Aventurado Padre de Foucauld ? Esses três nomes são marcas indeléveis da espiritualidade do Pároco desta Igreja, o Padre Geovane Saraiva, homem de origem humilde, da localidade de Mazagão, cidade de Capistrano, no interior do Ceará. Esses três religiosos, que tanto souberam agradar a Deus, têm em comum um profundo amor pelo Cristo ressuscitado, destacado na face dos mais humildes.
Diariamente, no início da celebração da Santa Missa, há exatos vinte e seis anos, desde sua ordenação em Capistrano, em 14 de Agosto de 1988, o Padre Geovane intercede para que o Amor do Pai, a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo e a Comunhão do Espírito Santo estejam Conosco. Após isto, humildemente ele corre os olhos pelos bancos da Igreja e cumprimenta suas ovelhas, as quais conhece pelo nome, com um simples e grandioso gesto de cabeça. A verdade desta súplica, denunciada pela entonação da voz do Padre, e o seu humilde gesto de cabeça já são suficientes pra perceber o Amor que transborda do altar, e como este Padre se doa e se imola pela suas ovelhas. Durante a homilia, o Padre estar sempre a nos lembrar dos gestos grandiosos daqueles que tanto sabem agradar o Pai, destaque especial para os três religiosos que já citamos, mas sem esquecer dos santos e também do Papa Francisco.
O Padre Geovane tem formação em Teologia e Filosofia pela PUC-RS e conhece em profundidade a vida destes que tanto influenciam sua espiritualidade, daí as iniciativas de escrever diversos livros (mais de sete ao todo) sobre a vida destes religiosos, sendo o mais recente deles sobre o Papa, "Francisco, um sinal para o mundo". Não para por aí a atuação deste Apóstolo, no final do último ano, inaugurou a casa de Formação de Santo Afonso, um belíssimo espaço construído, como o Padre gosta de dizer, pela generosidade desse povo bondoso da parquelândia. Com seu exemplo de humildade e amor pelo Pai, o Pe. Geovane estar sempre a nos guiar pelo único caminho, o da verdade de Jesus Cristo, nosso Salvador. Está é uma singela homenagem aos 26 anos de ordenação do Padre Geovane Saraiva. Paz e bem.
--
Prof. Jardel Silveira, Msc.
Telefone fixo: (85) 3366-9608 Ramal 219
Celular da Oi: (85) 8852-5992
e-mails: jardel.silveira@gmail.com , jardel@ufc.br
"Dois amores fundaram duas cidades, a saber: O amor próprio, levado ao desprezo a Deus, a terrena e o amor a Deus, levado ao desprezo de si próprio, a celestial" Santo Agostinho.