A nossa casa mental
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Publicação: Opinião do Diário de Pernambuco 25/07/2014
A princípio jamais poderemos pensar em uma casa com amplos cômodos, pois neste caso estaremos equivocados. A nossa casa mental resume-se num espaço único e reservado, cujo compartilhamento só depende de nós.
É nesse ambiente enigmático e tão pouco explorado que abrigamos nossas ideias e confabulamos com nossa intimidade silenciosa. Desse convívio surgem os nossos atos que primariamente foram acatados em nossa mente que é o reduto responsável por nossas idas e vindas aos mundos da Criação.
Mas é bom ressaltar que esse ambiente só penetram influências que damos permissão. Essa interação “mente e universo” ocorre de forma ininterrupta e mesmo quando adormecemos, continua em plena atividade formando um ambiente sócio-espiritual. Esse intercâmbio pode ser modificado dependendo da nossa vontade.
Nesse mundo tão especial podemos escolher os caminhos que iremos trilhar em nossas existências e à luz dessa trajetória sutil, buscamos construir o nosso mundo ideal, onde reside a paz em sua plenitude. A ansiedade para alcançarmos essa grandeza faz parte do nosso cotidiano, tendo intima relação com a importância que dermos a esse trabalho incessante que nos propusemos realizar.
A tarefa não é fácil! Tanto é verdade, que ninguém a concretiza em uma única existência corroborando assim, que temos uma caminhada de progresso que será vencida por etapas tal qual a escalada de uma montanha, onde galgamos a cada passo o escopo pretendido.
Essa elevação gloriosa será tão menos penosa quanto maior for a nossa vontade de chegar ao topo. Se nos ajudarmos mutuamente estaremos edificando o nosso mundo almejado, e colaborando com os nossos irmãos para concluírem suas tarefas com o mesmo objetivo. A caminhada é única para todos, porém os percalços são aqueles que plantamos no passado...
Tendo plena consciência dessa verdade e buscando sempre o aperfeiçoamento, estaremos realizando uma alentadora trajetória, onde o fardo que carregamos será cada vez mais leve...