NA SUA PRESENÇA ATÉ A TRISTEZA SALTA DE PRAZER

Já ouvi muitos pregadores – até pregadores famosos – dizerem em suas mensagens que, “na presença de Deus, até a tristeza salta de prazer”.

Analisando o texto bíblico, de Jô 41: 22 e seus contextos, percebemos que, “a tristeza salta de prazer”, não é diante de Deus, pois na presença do Senhor não há tristeza; mas, sim, diante de uma criatura mitológica, que procuraremos, através dessa mensagem, melhor descrever sobre a mesma.

Jó se referia no texto ao Leviatã, uma criatura rara que na Bíblia, pouco se fala sobre ela, porém, Jó diz que do seu nariz saía uma fumaça tão quente que se parecia a uma panela fervente ou mesmo a uma caldeira; o seu hálito faz acender os carvões e da sua boca sai chama e ninguém seria capaz de pegá-lo no anzol.

Em pesquisa com mais tenacidade, encontramos a descrição desse animal incomum citado por Jó em seu livro, no capítulo 41, quando inicialmente diz: “Poderás tirar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com uma corda”?

Em outros textos bíblicos, encontramos referência a esse animal, por exemplo: Livro dos Salmos 74:14, diz: “Fizestes em pedaços a cabeça do leviatã, e o deste por mantimento aos habitantes da terra. E ainda no Salmo 104: 26, está escrito: “Ali passam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar; em Isaías 27: 1, diz: Naquele dia o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, a serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão, que está no mar.

Segundo comentário da Bíblia de Estudo, Aplicação Pessoal: “O leviatã era um monstro de sete cabeças, inimigo da ordem criada por Deus”. Já o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, diz: “que a figura desse animal, representa o mal e o mundo pecaminoso contra Deus”. E diz mais: “No final dos tempos, todos que se opõem contra Deus serão destruídos”.

Jó diz: “que tal animal não é brincadeira de criança, pois seus dentes são terror, suas escamas são excelentíssimas, fechadas são como selo apertado nem o sopro passa entre elas, da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela”.

A descrição desse animal é de uma criatura enorme e assombrosa. Alguém configura com um crocodilo gigante, outros com uma fera dominadora dos mares, uma espécie de dragão, sendo metade de besta e metade de peixe.

Não é à toa, que antes do século XV, quando as navegações marítimas eram exploradas apenas no Mar Mediterrâneo, os navegantes e marinheiros, receavam enfrentar os oceanos, como o Atlântico e o Pacífico, por acreditarem na existência de grandes feras que povoavam esses mares, capazes de naufragar qualquer embarcação independentemente do seu porte.

Segundo a história, nessa época não foram poucos os relatos de que tripulações inteiras eram tragadas por algum ser estranho, que descreviam como o leviatã referenciado no capítulo 41 do livro de Jó. Esse assombroso animal, era tido como a besta marinha por excelência que se escondia nas tempestades, destruía portos inteiros e afundava as embarcações.

Essa descomunal. Animal, que todos temiam nada lhe assustava, pois seus movimentos sob as águas provocavam ondas instransponíveis e gigantes ao mesmo tempo. Segundo estudiosos, “A tristeza se regozija ou salta de prazer diante dele, porque ele faz uma obra terrível onde quer que se vá. Ou, ainda, as tempestades que são a tristeza dos outros são as suas alegrias; o que é uma inquietação para os outros, é uma dança para ele”.

Concluímos dizendo que, a tristeza não salta de alegria ou de prazer diante de Deus, porque diante de Deus não tem tristeza! Como diz o poeta: “diante de Deus é só alegria”.

Luís Gonçalves
Enviado por Luís Gonçalves em 16/07/2014
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