A ÍNTIMA COMPAIXÃO DE CRISTO

“Segundo o dicionário, Íntima é: que está muito dentro, muito interno; que existe no ânimo ou no coração; muito cordial, tranqüilo ou aconchegante; que está muito próximo ou tem relações estreitas com. Já compaixão, vem do verbo compadecer, que nada mais é que: sofrer. Há quem diga que é sofrer junto”.

Nem todas as versões bíblicas, mencionam o termo “íntima compaixão” nos evangelhos. Porém, nas referências citadas a seguir, na versão Almeida Revista Corrigida, encontra-se a referida expressão, sendo, em duas parábolas, a do Credor Incompassivo, registrada por Mateus no capítulo 18: 23 – 35, e a do Bom Samaritano, registrada por Lucas no capítulo 10: 25-37. A fora esses textos encontramos Jesus movendo-se de “íntima compaixão”, em três ocasiões distintas, em Mat; 14: 13 - 21, quando presenciou uma multidão que lhe seguia, carente de seus ensinamentos, porém, faminta do pão cotidiano, o que levou a Jesus mover-se de “íntima compaixão” e providenciou o alimento para atender a necessidade de todos, realizando ali, o milagre da primeira multiplicação dos pães.

Mateus registrou ainda, o caso de dois cegos, nas proximidades da cidade de Jericó, Mat. 20: 29 – 34. Aqueles cegos fizeram tão grande clamor, que Jesus moveu-se de “íntima compaixão”, e imediatamente os curou. Um deles era tão conhecido da multidão, na versão de Mc. 10:46, que sabiam até o seu nome - Bartimeu e, nome de seu pai – Timeu.

Mas um dos casos mais comoventes, que levou a Jesus mover-se de “íntima compaixão”, foi o da viúva de Naim, registrado por Lucas, no capítulo 7: 11 – 17.

A bíblia não diz há quanto tempo aquela mulher estava viúva, mas com certeza, a morte de seu marido foi um prejuízo muito grande para sua família, o consolo daquela mulher, evidentemente, seria seu filho, que presume, ser ele, arrimo de sua mãe, pois no oriente, naquela ocasião, não era comum a mulher exercer qualquer atividade para sustentar-se, já que havia um homem na casa para tomar a frente do trabalho.

É, mas como se não bastasse a morte do marido, agora morrera também, o seu filho único. A mãe do rapaz chorava inconsolavelmente, e acreditamos que uma boa parte daquela multidão que acompanhava o cortejo, também chorava. Aquela situação levou a Jesus mover-se de “íntima compaixão”, razão porque, determinou que aquele defunto levanta-se, o qual passou a falar e Jesus, o entregou a sua mãe. Por conta desse milagre – diz o texto sagrado: “de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo”.

Todas as vezes que a bíblia fala de Jesus movendo-se de “íntima compaixão”, entendemos que Ele estava sofrendo junto com alguém que sofria. Isso significa dizer que Ele continua sofrendo junto comigo e com você, pois só pode sofrer “íntima compaixão”, por alguém, quem conhece o sofrimento do outro. A empatia de Jesus por nós é eterna.