Revelações do Astral: Quem sou eu?
No interstício de meus sonhos,
Naquelas paragens alucinadas,
Onde ontem e depois são um só,
Vi-me naquele labirinto monstruoso de alamedas íngremes assentadas sobre pedras multicolores.
Estava posicionado em pé sobre uma pedra posta a uma margem observando o ir e vir de almas cabisbaixas, soturnas, recebendo cada uma um vaticínio de outras criaturas que, não sei por quê, detinham o poder de nos ¨ver por dentro¨ contando coisas do nosso passado que somente transpassavam por nossas almas. Nos intervalos entre as alamedas íngremes havia sempre uma vegetação baixa, similar a uma grama grossa e alta precisando de poda.
Daquele ponto em que estava, observava a larga distância até que, diante de mim, estacou uma mulher negra assemelhando-se a uma daquelas ¨mães-de-santo¨ dos terreiros do Candomblé.
Sentada sobre um assento que eu não via, começou a narrar fatos de mim, descrevendo-me a personalidade, desnudando-me até me sentir roído até o osso pela ¨vergonha¨ de me ver ¨por dentro¨, sem floreios ou falsas verdades tal como sou...
A experiência amarga, a princípio, quis encher-me de grande tristeza.
No entanto, lembrei-me que somente estava ali por conta da minha busca pela própria verdade. Afinal, não está escrito que ¨buscai e achareis¨?
Atônito, por saber tanto mais de mim por outra boca, descobri, também, da infinita pequenez que sou diante do Cosmos. Entretanto, de modo que não posso explicar, mesmo sabendo-me tão ínfimo, tão breve dentro da existência no temporário abrigo da carne, ainda assim tenho uma relevância tímida no plano cósmico, como todos os outros seres.
Seria como o elo de uma gigantesca corrente, ou mais judiciosamente, como um dos infinitos nós de uma teia gigantesca que segue em todos os planos e direções.
O conhecer-me assim revelou uma necessidade que poucos procuram nessa vida: a de ficar humildemente recolhido ao plano de minhas ações sem querer ser mais, sem sentir-me menos...
Assim a vida é...
Assim somos nós...
Namastê!
Naquelas paragens alucinadas,
Onde ontem e depois são um só,
Vi-me naquele labirinto monstruoso de alamedas íngremes assentadas sobre pedras multicolores.
Estava posicionado em pé sobre uma pedra posta a uma margem observando o ir e vir de almas cabisbaixas, soturnas, recebendo cada uma um vaticínio de outras criaturas que, não sei por quê, detinham o poder de nos ¨ver por dentro¨ contando coisas do nosso passado que somente transpassavam por nossas almas. Nos intervalos entre as alamedas íngremes havia sempre uma vegetação baixa, similar a uma grama grossa e alta precisando de poda.
Daquele ponto em que estava, observava a larga distância até que, diante de mim, estacou uma mulher negra assemelhando-se a uma daquelas ¨mães-de-santo¨ dos terreiros do Candomblé.
Sentada sobre um assento que eu não via, começou a narrar fatos de mim, descrevendo-me a personalidade, desnudando-me até me sentir roído até o osso pela ¨vergonha¨ de me ver ¨por dentro¨, sem floreios ou falsas verdades tal como sou...
A experiência amarga, a princípio, quis encher-me de grande tristeza.
No entanto, lembrei-me que somente estava ali por conta da minha busca pela própria verdade. Afinal, não está escrito que ¨buscai e achareis¨?
Atônito, por saber tanto mais de mim por outra boca, descobri, também, da infinita pequenez que sou diante do Cosmos. Entretanto, de modo que não posso explicar, mesmo sabendo-me tão ínfimo, tão breve dentro da existência no temporário abrigo da carne, ainda assim tenho uma relevância tímida no plano cósmico, como todos os outros seres.
Seria como o elo de uma gigantesca corrente, ou mais judiciosamente, como um dos infinitos nós de uma teia gigantesca que segue em todos os planos e direções.
O conhecer-me assim revelou uma necessidade que poucos procuram nessa vida: a de ficar humildemente recolhido ao plano de minhas ações sem querer ser mais, sem sentir-me menos...
Assim a vida é...
Assim somos nós...
Namastê!